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Da MotoGP à Copa Truck, com Indy e NASCAR nos EUA, muita velocidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 06 June 2022 09:37

Olá leitores!

 

Final de semana com muita coisa interessante para acompanharmos, desde as leves motos do Motovelocidade até os pesados caminhões da Copa Truck.

 

No sábado as atividades já começaram lá em Goiânia com o TCR South America, e numa categoria em que (por uma série de motivos que não cabem ser discutidos agora) os argentinos dominam, tivemos vitória brasileira nas duas etapas. A sintonia entre o piloto Alceu Feldmann e o Seat Cupra esteve perto da perfeição, e no sábado ele só perdeu a liderança na largda. Duas voltas depois ele assumiu novamente a liderança e de lá não saiu até a bandeirada. Foi acompanhado no pódio por Fabricio Pezzini em 2º e por Raphael Reis em 3º. No domingo, com a ordem de largada sendo feita por meio da inversão dos 10 primeiros do grid, a vida de Feldmann foi um pouco mais difícil, mas com certeza a corrida foi mais divertida. Saindo lá do 10º lugar ele precisou escalar o pelotão para novamente subir ao degrau mais alto do pódio, e o fez com brilhantismo. Felizmente a narração da corrida não esteve a cargo do Quasímodo, caso contrário teríamos escutado até um “passou por fuera!” na parte final da prova. Dessa vez teve a companhia no pódio de Juan Manuel Casella, que fez a melhor largada da etapa e vendeu muito caro a posição, e no degrau mãos baixo estava Fabricio Pezzini, que com a soma dos resultados de sábado e domingo já era o líder do campeonato e ampliou um pouco mais essa vantagem. Como já escrevi anteriormente, é uma categoria que vale a pena acompanhar, as corridas são muito interessantes.

 

Aproveitando que o assunto é Goiânia, vamos para os pesos pesados da Copa Truck. Na primeira corrida, vitória relativamente tranquila de Felipe Giaffone, que apenas no começo recebeu pressão de Beto Monteiro, mas depois conseguiu abrir uma vantagem suficiente para se tranquilizar na posição. Beto tentou, mas teve que se contentar com o 2º posto na disputa. Em 3º terminou Roberval Andrade, que veio escalando o pelotão e contou com a providencial ajuda do Safety Truck para ganhar mais duas posições no final, afinal o reagrupamento dos competidores favorece essas manobras. Na 4ª posição terminou Paulo Salustiano e fechando o Top-5 tivemos Débora Rodrigues, posição que não faz jus à ótima corrida que ela fez. Sem a última intervenção do Safety Truck, provavelmente terminaria em 3º. A corrida 2 teve uma vitória com autoridade de Wellington Cirino, que assumiu a liderança no começo e lá estando não foi mais incomodado. Em 2º terminou Beto Monteiro, após se livrar de Salustiano e sua “tática da poeira” (regularmente e na mesma curva ele deixava o caminhão escapar para pegar o fim da zebra e começo da terra, jogando uma nuvem de poeira no competidor de trás), que chegou em 3º. O 4º lugar foi ocupado por Débora Rodrigues, pilotando o fino esse domingo, e encerrando o Top-5 chegou Felipe Giaffone.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até Barcelona para mais uma etapa, e definitivamente fazer corrida emocionante não faz parte do script daquela pista, seja qual for a categoria. Só quem conseguiu fazer algo interessante foi a molecada da Moto3, onde Izán Guevara venceu com quase 2 segundos de vantagem para o jovem David Muñoz, que conseguiu uma impressionante 2ª colocação em sua 2ª corrida na categoria. Para esse feito, ele superou a forte disputa com Tatsuki Suzuki, que tentou muito mas teve de se contentar com o degrau mais baixo do pódio. A Moto2 teve uma corrida mais burocrática, mas as voltas finais compensaram amplamente. Celestino Vietti na última volta garantiu a vitória com uma bela ultrapassagem sobre Aron Canet, e ambos foram acompanhados no pódio por Augusto Fernandez, que chegou em 3º lugar. Na MotoGP, vitória tranquila de Fabio Quartararo, o único piloto capaz de fazer essa Yamaha ter um desempenho decente. Foi acompanhado no pódio pela dupla da Pramac, Jorge Martin em 2º e Johann Zarco em 3º, dupla essa muito grata a Aleix Espargaró, que vinha na 2ª posição e confundiu o aviso de última volta com o aviso de corrida encerrada e começou a comemorar o 2º lugar logo no começo da última volta... ele percebeu o erro depois que as Ducatis e a Suzuki de Mir passaram como foguetes por ele, mas aí já não dava mais para buscar o pódio perdido...

 

A Indy foi até Detroit para a última corrida a ser disputada na pista de Belle Isle; a ilha pode ser bela, mas a pista, em minha modestíssima opinião, sempre deixou a desejar em termos de possibilidades de disputa de posições, então o anúncio de que a partir do ano que vem a corrida voltará para o centro da cidade foi muito bem recebida por este vosso escriba. E o último vencedor foi Will Power, que largou em 16º e se valeu de uma estratégia de 2 pit-stops executada à perfeição para prevalecer sobre Alexander Rossi, que vinha mais rápido (e numa estratégia com 3 paradas) ao seu encalço, mesmo com os pneus mais duros – afinal, Power estava com os macios, portanto para completar o total de voltas sem perder aderência ele tinha que ser muito cuidadoso com os pneus. Foram acompanhados no pódio (sempre bem mais tarde que nas competições europeias) por Scott Dixon, que na base da regularidade vem conseguindo se manter em boa posição no campeonato (está em 6º no momento, 53 pontos atrás de Power), 3º lugar também conquistado na estratégia de 2 paradas ao invés de 3. Agora é torcer para o traçado de 2023 de Detroit lembrar aquele da pista de Fórmula Um, que costumava ser interessante.

 

Já a Nascar Cup foi fazer sua estreia em uma pista já useira e vezeira da Truck Series: Gateway, interessante oval com curvas de raios diferentes e que exigem troca de marchas para o melhor desempenho, além das freadas mais pronunciadas que a média. O primeiro segmento ficou com Austin Cindric, ao passo que o segundo ficou com o Buschão, que aparentemente se encontrou muito bem na nova equipe e com o carro Toyota. Como seria de se prever em uma pista mais apertada (Gateway lembra uma Darlington suavizada), tivemos prorrogação ao final da prova, e foi uma intensa disputa entre Joey Logano e Kyle Busch, com Logano conseguindo prevalecer após Buschinho sair muito de frente numa tentativa de frear mais tarde e deixar Logano pra trás. Assim sendo, o título de primeiro vencedor na pista nova ficou com Logano, com os irmãos Busch (pela ordem, Kyle e Kurt) em 2º e 3º lugares, o competente Ryan Blaney em 4º e o futuro aposentado (já avisou que larga a categoria ao fim dessa temporada) Aric Almirola fechando o Top-5. O destaque da prova ficou para Ross Chastain, que devia estar com cabeça de melancia esse domingo e arrumou um bocado de inimizades na pista para quem pretende disputar o título: primeiro jogou com pouca cerimônia Denny Hamlin no muro (e ele deixou bem claro depois que não curtiu a manobra, fechando a porta do Chastain o quanto pôde sem levar advertência da direção de prova), e depois fez coisa semelhante com Chase Elliott, que também não se furtou a mostrar o descontentamento. Como diz aquele meme do Leônidas, “Você precisa parar de arrumar confusão, Chastain!”...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.