A resposta à pergunta do título é muito difícil. Mas uma conclusão parece definitiva: brasileiros em carros competitivos só daqui a uns 10 anos. Por uma razão muito simples: os melhores lugares estão ocupados por jovens pilotos de competência comprovada. Trocas entre as maiores equipes ocorrerão, mas prioritariamente envolverá os pilotos que estão atualmente na Fórmula 1.

Os jovens pilotos  Max Verstappen (24 anos), Charles Leclerc (24 anos), George Russell (24 anos), Carlos Sainz (27 anos), Lando Norris (22 anos), Esteban Ocon (25 anos) e Pierre Gasly (26 anos) dominam a principal categoria do automobilismo mundial. Entre os veteranos que mais se sobressaem encontramos Sergio Perez (32 anos), Valtteri Bottas (32 anos) e Lewis Hamilton (37 anos).

Considerando a juventude dos pilotos citados, se for feita uma projeção, se concluirá que daqui a 10 anos eles ainda estarão ocupando os melhores assentos. Essa situação significa que os espaços mais interessantes estarão sendo ocupados por eles, eliminando as chances de novos pilotos, incluindo os brasileiros.

Lewis Hamilton está vivento seus últimos anos na Fórmula 1. Precisará ser substituído. A Mercedes optará por um novato ou contratará um dos que se encontra em equipes menores, guiando com eficiência comprovada? Ocon e Gasly são muito competentes mas limitados pelos carros de que dispõem.

O piloto brasileiro Felipe Drugovich, brasileiro natural de Maringá-PR, 22 anos, venceu o importante GP de Mônaco de Fórmula 2. Está liderando o Campeonato, agora integrando uma equipe melhor estruturada, se encontra no último estágio para chegar ao topo. É um piloto que está pronto para enfrentar o desafio maior de sua carreira, o de ingressar na Fórmula 1. A concorrência é muito forte, inclusive por questões até financeiras, que às vezes se tornam mais importantes que a qualidade da pilotagem.

Se o piloto brasileiro conseguir vencer a concorrência e conquistar um lugar, dependerá de seu bom desempenho para tentar voar mais alto, tendo à disposição um carro vencedor. Tudo é muito difícil, mas se não deixar de lutar bravamente por seu espaço jamais o ocupará.

Ter um brasileiro na Fórmula 1 é muito importante para nosso Brasil, que desde Emerson Fittipaldi, jamais deixou de revelar pilotos talentosos para o mundo. Esse, inclusive, será o tema de um artigo, em futuro muito próximo.

Vem aí o GP do Azerbaijão, dia 12 de junho. Espero que sem as disputas de interpretação das regras, que opuseram FIA e as algumas equipes e criaram um péssimo clima, durante o GP de Mônaco. O apaixonado por corridas quer ver briga só dentro da pista.

Luiz Carlos Lima