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Endurance e chimarrão em Santa Cruz do Sul e Mercedes Challenge com pequi em Goiânia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 20 June 2022 21:07

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana teve dois eventos nacionais de categorias que a gente acompanha aqui na coluna do Ogro. Mas vamos ter que negociar, galera.

 

Como na semana que vem não tinha nenhum evento nacional programado, programei com a família uma viagem de folga para o Jalapão (quem nunca foi, eu recomendo). Mas não vou deixar a minha galera fiel sem coluna.

 

Depois do textão da semana passada, combinei com minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia e para não ficarmos sem coluna na próxima terça-feira, vou deixar para semana que vem o texto que já está pronto sobre a etapa do Mercedes Challenge, que saiu pela primeira vez de São Paulo este ano e veio para nosso autódromo de Goiânia.

 

Agora que já cabe a foto do Ogro aqui no canto da coluna, vamos contar como foram as 4 Horas de Santa Cruz do Sul, autódromo localizado próximo a esta pequena cidade gaúcha mas que segue o espírito do estado dos pampas e respira automobilismo, fazendo dos finais de semana no parque de eventos onde o circuito foi construído uma festa popular com os fãs acampando em volta da pista, assando seus churrascos e bebendo seu chimarrão (e outras coisas).

 

Foi um final de semana complicado. As coisas não foram fáceis pra ninguém e o Diretor de Provas, sim, ele mesmo, o PIROCA (Esse é o sobrenome dele...) trabalhou como nunca (será que rolou alguma ajuda azulzinha, rosinha ou de outra cor pra ele?) e começou na sexta-feira, com a chuva que desabou sobre Santa Cruz do Sul nesta sexta-feira e complicou as atividades de pista. Os treinos livres foram suspensos e o treino que definiria o grid foi adiado para a manhã do sábado, pouco antes da largada, inicialmente mantida para às 11:30 da manhã. Os boxes foram abertos no final da tarde para um único treino livre de 50 minutos, mas com a condição de pista muito molhada e perigosa, a maioria dos pilotos preferiu não se arriscar.

 

 

Pilotos e mecânicos tiveram que cair da cama e trocar os pijamas pelos macacões para buscar suas posições no grid de largada com um treino que foi quase uma loteria. Com apenas 10 minutos de duração, todos correram pra pista e com carros mais lentos e mais rápidos todos misturados, tudo podia acontecer, inclusive um acidente poucas horas antes da largada, o que – felizmente – não aconteceu. Mas o treino relâmpago podia provocar baixas e provocou! O Sigma de #12 Aldo piedade e Beto Ribeiro (com este último ao volante) bateu forte e ficou fora da prova.

 

Assisti a corrida apenas na manhã do domingo, prestigiando o Portal High Speed do meu camarada Pedro Malazartes, mas que reproduziu o áudio original com sempre excelente narração de Alexi Lalas, o ruivo tala larga da TV Cultura e mais uma vez, como convidado especial (especialíssimo) o seu parceiro das narrações da Fórmula Indy, o “enciclopédia” Taquara Rachada, que foi ao Rio Grande do Sul para a transmissão. Estava um frio desgraçado, com 9°C de temperatura e o asfalto também não estava essas maravilhas, lavado de borracha pela chuva e quase sem borracha. O pole position da GT3, Mauricio Billy rodou na primeira das duas voltas de apresentação... e isso foi só o começo. Vou adiantar – a nível de spoiler – para não me tornar repetitivo, que o diretor de provas, ele, o PIROCA (esse é o sobrenome dele...) botou pra fora o Safety Car 11 vezes durante a corrida.

 

O pole, Gustavo Kyrila, não deu chances para Gaetano Di Mauro na largada, tomou a ponta e abriu vantagem. Já teve gente na grama lá do meio pra trás do pelotão. Com 4 carros envolvidos em problemas com apenas duas voltas tivemos a primeira entrada do Safety Car. A bandeira verde veio rápido e a supremacia dos P1 era gritante e, não fossem as bandeiras amarelas os protótipos colocariam algumas voltas de vantagem sobre os demais competidores, carrões da GT3, inclusive. Os dois primeiros se destacaram e abriram vantagem. Na primeira meia hora, a GT3 começou com Marcelo Hahn na liderança e o McLaren foi ditando o ritmo. Com 15 minutos de corrida Gaetano Di Mauro superou Gustavo Kyrila e tomou a ponta, mas a disputa dos dois continuava dura até a parada forçada nos boxes do Ligier para limpar o parabrisa sujo com óleo. Com mais bandeiras amarelas, o prejuízo não ficou tão grande e na passagem da primeira hora foram muitas entradas do Safety Car e Vitor Genz com o P1 #1 assumiu a ponta, mas Vicente Orige vinha voando e os dois vinha abrindo muito até o Sigma remanescente chamar mais um Safety Car. Foi um final de semana pra esquecer para os Sigma. Os protótipos estavam apresentando problemas nos seus pneus traseiros esquerdos. A maior vítima foi Guilherme Bottura que tentava ir para os boxes e acabou acertado por Davi Muffato, o que acabou com a corrida do Ligier LMP3.

 

 

A briga pela ponta ficou entre Vitor Genz e Vicente Orige, que mesmo sendo carros da mesma equipe – a Motorcar – que programou paradas em momentos distintos na metade das quatro horas de prova, com uma volta de diferença. Gustavo Kyrila assumiu o volante do carro #444 e no #1, saiu Vitor Genz e assumiu Fernando Ohashi. Algumas voltas depois, Kyrila tomou a ponta. Pedro Queirolo assumiu o AJR #35 e eram o P3. Na GT3, Marcelo Hahn passou o carro para Allam Khodair na liderança, mas eles erraram na parada, saindo dos boxes com 3m58,5s... 1,5s a menos que os 4 minutos do regulamento. Logo em seguida Marcos Gomes passou por por Allam Khodair pouco antes de mais um Safety Car. Depois do carro de segurança, o McLaren da Blau pagou um “Drive Thru” e mesmo continuando na P2, ficou longe do líder. Um Safety Car (outro) veio com 1 hora e meia para o fim e trouxe Khodair de volta pra briga. Na frente, Fernando Ohashi chegava em Gustavo Kyrila, mas Pedro Queirolo também chegava e logo tomou a P2... e pra hora final ainda havia uma parada obrigatória, que veio com outra bandeira amarela!

 

 

Pra hora final vieram pra pista na P1 Vicente Orige, Davi Muffato e Vitor Genz, prometendo briga boa que já começou nos boxes, com Muffato tomando a ponta com uma parada mais eficiente. Com a bandeira verde, Orige atropelou e foi embora, deixando Muffato e Genz brigando pela P2. O show veio mesmo na briga da GT3, com Allam Khodair fazendo a ultrapassagem mais fantástica (o superlativo não era bem esse...) pra tomar a ponta, no miolo, com um 3-wide, quase 4-wide, superando Marcos Gomes, com Max Wilson, retardatário, andando na mesma balada. Vitor Genz passou Davi Muffato e veio voando para tentar brigar pela ponta. Algumas voltas sendo até 2s mais rápido que Vicente Orige. Na hora que viu Genz chegar no retrovisor, Orige acelerou e abriu frente para ir na ponta até a vitória e Davi Muffato veio para tentar recuperar a P2 nos 5 minutos finais de corrida. O drama veio com a entrada de Allam Khodair – que maldade – nos boxes por um pneu furado. Marcos Gomes voltou pra liderança e a vitória. Davi Muffato conseguiu a P2 e estragou a dobradinha da Motorcar. Vicente Orige e Gustavo Kyrila são mesmo a dupla a ser batida. Os P1 foram os 3 primeiros, com Orige, Muffato e Genz. Na GT3 o vencedor foi Marcos Gomes, seguido de Allam Khodair e Ricardo Maurício. Na GT4, quem também se deu melhor foi a Mercedes, com Marco Pisani, Renan Guerra e Leandro Ferrari. Já na P2, vitória de Fernando Poeta e Cacau Ricci. O trio formado por Leo Yoshii, Guga Ghizo e José Vilela venceu na P2 Light. 

 

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Com a corrida acontecendo na parte da tarde, além dos meus comentários ferinos, gargalhadas e palavrões (a vizinhança sofreu), para “ajudar”, a quantidade de álcool no sangue também está consideravelmente mais alta e, por conseguinte, o volume da minha voz e a pouca paciência com os absurdos (o adjetivo não era bem esse...) proferidos pelo trio da transmissão.

- Começando pelas gargalhadas, era impressionante como todas as voltas que os pilotos davam e que o três terrores (alusão ao três tenores) falavam que o tempo não seria bom, o piloto baixava o tempo da volta anterior e subia na classificação.

- Com o Goleiro de Pebolim participando do Brasileiro de Endurance, tivemos que aturar o Dr. Smith nos comentários e distorções (não traduções) dos rádios. A melhor delas foi quando ele fez um “mea culpa” e disse ter “falado besteira”... o que ele sempre fala!

- Mesmo sem a Chapolim Colorada, o Arrelia Jr. fala tanta bobagem (o advérbio não era bem esse...) que acaba influenciando que está com ele no programa, caso da jornalista e apresentadora do telejornal noturno da emissora (e namorada do Rubinho Barrichello), Paloma Tocci. Burrice é contagioso!

- E é tão contagioso que pode ser transmissível pela TV. A Cadeiruda Pererê, mostrando uma homenagem no asfalto para Gilles Villeneuve, no circuito que lava seu nome, disse que o piloto havia morrido lá... foi na Bélgica, em Zolder. O “Meu Jesus Cristo” (A expressão com três palavras não era bem essa...) foi ouvido em todo o estado do Tocantins!

- O Caprichoso também estava inspirado... falar que com os carros sob bandeira amarela “a diferença não seria tão grande” (ela deixa de existir) no momento que Filho do El Matador estava 3s atrás do Fugitivo da FEBEM e logo em seguida colou no holandês, que seguia o Safety Car.

- É impressionante a  cara de pau do Dr. Smith sempre que ele diz “esse rádio eu não peguei”. Ele NUNCA pega rádio nenhum! Até o piloto-tradutor do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) faz a gente ficar com saudades.

- Mas a melhor do final de semana veio da pista, com D. Choronso das Lamúrias praticamente pedindo que os boxes falassem no rádio: “Esteban, Fernando is faster than you!” A gargalhada que dei foi ouvida em toda Palmas!

- Parabéns para os promotores do Brasileiro de Endurance por trazer novamente o Taquara Rachada para comentar as corridas sempre bem narradas pelo Alexi Lalas. Agora só falta tirar o microfone do pitaqueiro que puxa o saco do patrocinador do evento trocando o sobrenome.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.