Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse final de semana não tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial. Na Emilia-Romagna, a FIA Fórmula 4 italiana disputou a sua segunda rodada tripla e Matheus Ferreira ia em busca de seus primeiros pontos na temporada. Nos Estados Unidos, Caio Collet, em busca de sua chegada à Fórmula Indy encarou as ruas de Detroit pela Indy NXT, categoria de acesso ao topo dos monopostos no continente americano. Indy NXT A etapa nas ruas de Detroit, com partes do traçado bastante estreitos, era um novo desafio para o piloto brasileiro Caio Collet, mas nosso representante mostrou sua capacidade de adaptação rápida nas condições da pista que variava o piso entre asfalto e concreto, conseguindo a P4 no primeiro treino livre, realizado na sexta-feira, com 1m07,470s, 6 décimos acima do melhor tempo da sessão. Ele poderia ter melhorado, mas Bryce Aron bateu no final do treino, provocando uma bandeira vermelha no final da sessão. A segunda sessão de treino livre aconteceu na manhã do sábado e nos 45 minutos de tempo de pista para os pilotos vimos muitos deles escapando nas poucas áreas de escape de algumas esquinas. Caio Collet não demorou para fazer a P2 provisória, com 1m07,367s. Tivemos duas bandeiras vermelhas, quando Salvador de Alba parou em posição perigosa e depois com Milles Rowe, a 10 minutos do final. Tivemos poucos minutos no final e Caio Collet caiu para a P4, mesmo tendo melhorado seu tempo para 1m06,009s, pouco menos de 3 décimos do P1. No treino de classificação tivemos uma sessão frenética e os pilotos divididos em dois grupos, um com 10 outro com 11 carros, cada um deles com 15 minutos para marcar seu melhor tempo. Alguns acidentes provocaram bandeiras vermelhas no primeiro grupo e o mais rápido no final foi Jacob Abel, com 1m06,005s, o tempo a ser batido para Caio Collet e os pilotos do segundo grupo. No grupo de Caio Collet, Miller Rowe provocou uma bandeira vermelha Caio Collet estava numa complicada P4 no grupo, mas nos segundos finais marcou 1m05,492s e subiu pra P2. No final da manhã do domingo tivemos a corrida, transmitida pela ESPN. Caio Collet estava largando na P3 e Nolan Siegel teve problemas para a largada. Bandeira verde para as 45 voltas (ou 55 minutos de corrida) e Caio Collet chegou no final da reta num 3-wide e conseguiu segurar a P3. O brasileiro não demorou a assumir a P2, atacando o líder do campeonato e ganhando a posição no braço nessas ruas estreitas estilo traçado de Fórmula E. Mas uma bandeira amarela logo no início neutralizou as disputas Bryce Aron pregou no muro e o safety car veio pra pista e agrupou o pelotão. A relargada veio no início da volta 8 e brasileiro foi para o ataque sobre Louis Foster, mas as ruas estreitas não ajudavam em nada as ultrapassagens. Independente disso os dois primeiros seguiam próximos e iam abrindo vantagem para o P3, Jacob Abel. Com 1/4 de prova, Caio Collet tinha mais de 1s sobre Jacob Abel, mas também estava a 1s de Louis Foster. Caio Collet foi mantendo o líder com algo em torno de 1s de vantagem à sua frente e os dois iam abrindo vantagem volta a volta para Jacob Abel, que na volta 20 bateu roda com Michael D’Orlando (e esse levou a pior), com a vantagem dos dois subindo pra 7s. Os líderes chegaram em Jack Miller, retardatário e sem bandeira azul de F1, mas Miller errou sozinho e passou reto no mesmo ponto pela segunda vez. Na volta 25 tivemos outra bandeira amarela e o safety car na pista... a troco de nada! Na volta 28 veio a relargada. Caio Collet tentou, mas não conseguiu tomar a liderança. Jacob Abel perdeu a P3 e só não perdeu a P4 porque tocou o pneu de Jamie Chadwick, que teve o pneu furado. Callum Hedge era o novo P3, mas o enrosco entre eles deu 2s de vantagem para os dois primeiros. Qum vinha escalando o pelotão era Milles Rowe. Com 13 voltas para o final a vantagem de Louis Foster para Caio Collet subiu para 2,2s, mas a vantagem para o P3 era muito tranquila. Caio Collet foi pra aproximação nas voltas finais e enquanto reduzia a diferença, faltando 7 voltas para o final, Yuven Sundaramoorthy escapou e Christian Bogle atravessou numa das curvas, bateu de traseira e com isso agrupou o pelotão. Se dava para atacar Louis Foster tinha que ter cuidado com Callum Hedge. Bandeira rápida, relargada e Caio Collet foi para o ataque, sendo beneficiado pelo ataque de Milles Rowe pra cima de Callum Hedge. Uma panca feia de Jamie Roe rodou e bateu no muro, travando o Nolan Allaer e Niels Koolen, que quebrou a asa dianteira. Nova bandeira amarela e safety car faltando 3 voltas para o final, com o relógio na regressiva levando a prova a terminar por tempo e sem cumprir as 45 voltas. Um ótimo segundo lugar para o piloto brasileiro. Que saiu de Detroit na P4 no campeonato com 149 pontos. A próxima corrida será em Elkhart Lake. FIA Fórmula 4 Itália A categoria mais disputada entre as categorias de entrada na corrida pela Fórmula 1, a FIA Fórmula 4 Italiana, inovou na última quinta-feira, dividindo os pilotos em pequenos grupos para treinos livres. Foram 9 testes, três para cada grupo com 12 ou 13 pilotos. No final do dia, tivemos um treino livre com 39 pilotos na pista e neste treino Matheus Ferreira foi o mais rápido, com 1m45,416s. Na manhã do sábado tivemos as duas sessões de classificação para as corridas do sábado e domingo. Na primeira sessão, para a corrida do sábado, Matheus Ferreira não conseguiu repetir a mesma performance e ficou com a P17, com 1m45,942s, 689 milésimos mais lento que o pole. Na segunda sessão, realizada na sequência, o brasileiro conseguiu melhorar para a P12, marcando 1m46,349s, a 518 milésimos do pole. Em ambos os treinos mais da metade do grid ficou no mesmo segundo. A primeira corrida do final de semana aconteceu na tarde do sábado e o brasileiro Matheus Ferreira tinha mais uma vez o desafio de buscar uma corrida de recuperação para sair da P17 até o top 10 e aos pontos nesse grid de 38 pilotos. Após a volta de apresentação os pilotos voltaram para as suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta programadas, tivemos a largada. Matheus Ferreira largou de forma segura para evitar confusões (e tivemos confusões na primeira passagem na Tamburello, com vários carros envolvidos. Na brita ficaram 4, mas foram 6 abandonos). Matheus Ferreira ganhou uma posição e era o P16. A confusão foi depois dele. Safety car na pista e a equipe de resgate tendo muito trabalho para colocar a pista novamente em condições e isso tomou boa parte do tempo de corrida. A relargada veio com 21 minutos para o final, num belo trabalho do resgate. Matheus Ferreira relargou bem e manteve sua posição. Alex Powell foi para os boxes e o brasileiro subiu para a P15. Na volta seguinte com o carro de Andrija Kostic8 ficando na brita da Tamburello, o safety car voltou pra pista. O resgate foi rápido e a relargada veio com 13 minutos e meio para o final da prova. Matheus Ferreira relargou bem novamente e manteve sua posição. Ele aproveitou a escapada de Alvisse Rodella para ganhar a P14 e estava em cima de Davide Larini, sendo o último do pelotão que brigava pela P8. Larini estava atrapalhando o brasileiro e eles perderam 1s para o pelotão que brigava pela P7. As ultrapassagens estavam difíceis com os carros virando muito parecido. Davide Larini e Ferreira chegaram novamente no pelotão faltando 7 minutos para o final. O desgaste de pneus nessas voltas finais poderia fazer alguma diferença para se conseguir ganhar ou perder posições e Matheus Ferreira foi pra P13 quando ele e Davide Larini superaram Lucas Sammalisto após ele dar um passeio na grama e voltar atrás do brasileiro, que depois de muita luta conseguiu superar Larini e ganhar a P12. Faltavam 2 minutos e meio e 2 posições pra chegar nos pontos, mas eram 3s de desvantagem. Matheus Ferreira andou forte e foi atrás de Olivieri, mas não conseguiu superá-lo. O brasileiro subiu pra P11 com a punição do vencedor (desclassificado). A segunda corrida aconteceu na manhã do domingo. Estava um dia lindo, sol, temperatura agradável. Matheus Ferreira estava classificado na P12 para a largada e com melhores possibilidades para conseguir conquistar seus primeiros pontos no campeonato, mas a transmissão informou que o piloto brasileiro não iria largar e estava retornando para o Brasil no momento em que os carros estavam alinhados no grid. Com o retorno para o Brasil, Matheus Ferreira também ficou fora da corrida 3. Até eu fechar essa coluna, não havia nenhuma comunicação oficial sobre o motivo do piloto não disputar as corridas no domingo. Apenas na segunda-feira, sua assessoria de imprensa informou que o afastamento se deu por uma forte virose e que o piloto correrá a próxima etapa do campeonato. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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