Olá leitores! Como vocês estão? Espero que todos bem. Vosso colunista continua com problemas de ansiedade, agora devidamente medicado – e dormindo de monte. Acho que o princípio farmacológico da medicação anti estresse deve ser a mesma da medicação anti enjôo: se você está dormindo, o problema não aparece. Não sei se faz muito sentido, mas... Vamos começar com a grande atração do final de semana, o retorno do WEC para o Autódromo de Interlagos. Não pude ir, mas o Capitão esteve lá e capturou matérias interessantíssimas que oportunamente serão publicadas para a leitura aqui no Nobres do Grid. O BoP pegou pesado com os vencedores de Le Mans, e os Ferrari 499P estavam consideravelmente mais pesados que os concorrentes. Sorte da Toyota e da Porsche Penske, que se alternaram nas 4 primeiras posições na bandeirada final, com os Ferrari oficiais em 5º e 6º. Vitória do Toyota #8, com o Porsche #6 em 2º, o Porsche #5 em 3º, e o Toyota #7 em 4º, com os Ferrari #51 e #50 chegando em seguida. Na LMGT3 vitória da equipe Manthey, cujo carro #92 andou forte a prova toda e terminou com uma volta de vantagem para o segundo colocado, o carro #27 da Heart of Racing, que por sua vez colocou mais de um minuto de vantagem para o terceiro colocado, o carro #95 da United. O melhor colocado entre os brasileiros foi Nicolas Costa, 4º colocado no carro #59 da United, posição conquistada após resistir bravamente aos ataques do carro #46 da WRT, no qual estava uma das grandes atrações da corrida, Valentino Rossi. Dois amigos que são muito fãs dele desde a época do mundial de Motovelocidade conseguiram autógrafos dele e ficaram encantados com a oportunidade de ver e falar com o ídolo. A outra grande atração da corrida na LMGT3 foi o carro rosa da Iron Dames, que como de costume nessa temporada conquistaram a pole na categoria com a muito veloz Sarah Bovy, e lideraram a corrida até a primeira parada para troca de pilotas. Nessa, o carro da Manthey que já vinha se aproximando delas assumiu a liderança com uma parada mais rápida, e na última troca ao volante o carro apresentou problema numa mangueira de radiador, forçando o prematuro abandono das guerreiras do asfalto. Aliás, fica o público agradecimento à atenção disponibilizada ao representante do Nobres do Grid na cobertura do final de semana, vocês são demais. Augusto Farfus, no carro #31 da WRT, terminou em 10º na categoria. Tivemos rodada dupla da Indycar em Ohio, estreia dos carros híbridos em oval, e confesso que a hibridização deu um alento a mais na dinâmica da corrida, que costumava ser maçante (para dizer o mínimo) antes e que foi bem mais interessante esse ano. No sábado o pessoal se empolgou e tivemos uma quantidade razoável de bandeiras amarelas, inclusive uma causada por um toque absolutamente desnecessário do Will Power no Pietro Fittipaldi já nas voltas finais. Power me lembra muito o Mansell, e não necessariamente só pelo lado positivo... a vitória ficou com Scott McLaughlin, sua primeira em ovais, e foi acompanhado no pódio por Pato O’Ward em 2º e por Josef Newgarden em 3º. Já no domingo, ao menos aguardaram passar a volta 100 para começar a chamar a presença do pace car... em compensação, o acidente da última volta foi impressionante, no pior sentido da expressão: o carro de Alexander Rossi perdeu velocidade repentinamente e Sting Ray Robb não conseguiu desviar, bateu na roda traseira e decolou sobre a traseira do carro de Rossi, capotando em seguida. A equipe de resgate chegou logo, desviraram o carro de Robb e ele saiu do carro consciente, mas vai passar algumas horas em observação no hospital para melhores averiguações. A vitória ficou com Will Power, acompanhado no pódio por Alex Palou em 2º (ainda não foi dessa vez que veio a vitória em ovais) e por McLaughlin em 3º. A NASCAR foi até meu oval favorito, Pocono, para mais uma etapa. Lembram que eu reclamei do excesso de amarelas nas ruas de Chicago? Pois bem, aqueles intelectuais do volante resolveram fazer parecido num absurdamente largo oval de 2 milhas e meia... sério, eu não quero sair espalhando críticas por atacado, mas os outros também precisam fazer a parte deles nessa minha tentativa de evolução espiritual. Não dá pra entender pilotos profissionais, com ampla experiência em circuitos ovais, pilotando como os iniciantes nas provas de midget em ovais de terra. Enfim, quem saiu vencedor – se utilizando de uma inteligente estratégia de economia de combustível que foi muito ajudada pela quantidade de bandeiras amarelas no último segmento – foi Ryan Blaney, que se impôs perante as tentativas de assumir a liderança por parte de Denny Hamlin, que teve de se contentar com a segunda posição. Em seguida uma dupla da Hendrick, com Bowman em 3º e Byron em 4º, e outro carro da Penske encerrou o Top-5, no caso o de Logano. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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