Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!
Nesse final de semana tivemos uma nova maratona de corridas programadas que envolviam os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial. Depois de duas colunas que me renderam cobranças das editoras e tendo 11 corridas para comentar, precisei negociar um acordo com elas e deixar as corridas de Toronto do Road to Indy e a 5ª etapa da FIA Fórmula 4 Itália para serem comentadas nas “férias de verão”, em agosto. Desculpa, galera, mas ordens são ordens. Com isso vamos comentar a etapa da Hungria da FIA Fórmula 2, com Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi buscando subir na pontuação do campeonato e em Paul Ricard, a 6ª etapa da Fórmula Regional Europeia onde Rafael Câmara precisava voltar a vencer para frear o avanço de Tuukka Taponen e Pedro Clerot crescer ainda mais como o melhor novato do ano em um traçado rápido, mas de difíceis ultrapassagens. FIA Fórmula 2 No final da manhã da sexta-feira, após o treino livre da FIA Fórmula 3, os pilotos da FIA Fórmula 2 foram pra pista encarar o travado circuito de Hungaroring, bem diferente do veloz Silverstone, por 45 minutos e buscar o melhor acerto para o treino de classificação e as corridas deste final de semana em um traçado onde as ultrapassagens são difíceis e largar na frente é fundamental para conquistar bons pontos. Um grande desafio, especialmente para Enzo Fittipaldi.
Disparado o cronômetro os pilotos foram pra pista com os pneus duros (os pneus do final de semana seriam os duros e os macios). Na primeira passagem rápida Gabriel Bortoleto virou 1m34,889s e Enzo Fittipaldi fez 1m34,891s, mas estes tempos certamente iriam baixar bastante. Fechando o primeiro terço de tempo, os mais rápidos estavam virando na casa de 1m33s e Enzo Fittipaldi voltou aos boxes. Gabriel Bortoleto fez uma boa volta abrindo o 2° terço de treino com 1m33,709s antes de Josep Maria Marti provocar um virtual safety car enquanto Enzo Fittipaldi continuava nos boxes, agora em companhia de outros pilotos, Gabriel Bortoleto entre eles. A bandeira verde veio com 25 minutos para o final, mas a maioria dos pilotos continuavam nos boxes. Com 20 minutos para o fim os brasileiros voltaram pra pista, mas deu apenas uma volta e retornou para os boxes. Algo não estava bem... mais uma vez. Enquanto isso, Gabriel Bortoleto fazia 1m33,221s e tinha a P2 provisória.
Entramos nos últimos 15 minutos de treino e faltando 8 minutos Enzo Fittipaldi finalmente saiu dos boxes, enquanto Gabriel Bortoleto entrava nos boxes depois de perder a melhor volta por track limits e, após alguns ajustes, voltou pra pista. Enzo Fittipaldi abriu uma volta rápida e marcou 1m33,288s enquanto Zane Maloney entrava na casa de 1m32s. Depois de uma volta pra resfriar os pneus Enzo Fittipaldi fez uma super volta em 1m32,928s. Gabriel Bortoleto não abriu nova volta antes do final do treino e a sessão terminou com Enzo Fittipaldi na P3 e Gabriel Bortoleto na P9, mas com potencial de melhora. Na tarde, depois da classificação da FIA Fórmula 3 os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para o treino classificatório para as corridas do sábado e domingo. No treino livre tivemos 14 dos 22 pilotos no mesmo segundo e qualquer vacilo seria a diferença entre ter uma boa posição de largada ou ficar fora do top-10. Agora era a hora de colocar os pneus macios e esperar que os pilotos brasileiros conseguissem bons resultados.
Aberto os boxes e foi todo mundo pra pista buscar um bom tempo de volta e evitar uma bandeira amarela ou vermelha que comprometa as suas tentativas. Enzo Fittipaldi marcou 1m31,055s em sua primeira tentativa, mas Gabriel Bortoleto conseguiu sua primeira volta rápida em 1m30,269s. Enzo Fittipaldi precisava melhorar e depois de resfriar os pneus ele tentou outra volta e conseguiu 1m30,942s, pouco antes de Josep Maria Marti provocar uma bandeira vermelha faltando 19 minutos para o final do treino. Provisoriamente, Bortoleto era o P1 e Fittipaldi o P9. Todos foram para os boxes e teriam mais tempo para se prepararem na colocação do segundo jogo de pneus macios e tentar melhorar suas voltas. Assim que abriram os boxes, alguns pilotos deram uma volta de pneus duros e retornaram aos boxes. Gabriel Bortoleto tentou com o primeiro jogo de pneus, mas não melhorou seu tempo e voltou para os boxes. Faltavam 12 minutos quando os pilotos começaram a sair dos boxes para as tentativas finais do treino.
Enzo Fittipaldi saiu logo, Gabriel Bortoleto levou algum tempo para sair. 16 carros estavam no mesmo segundo. Enzo Fittipaldi puxava a fila e marcou 1m30,096s. Gabriel Bortoleto melhorou para 1m30,237s e após uma volta de resfriamento dos pneus eles tentaram uma nova volta rápida. Enzo Fittipaldi recolheu para os boxes enquanto Gabriel Bortoleto tentou novamente, mas não vinha melhorando e seguiu para os boxes. Final de treino e excelentes P2 para Enzo Fittipaldi e Gabriel Bortoleto ficando na P4, com os 10 primeiros separados por meio segundo! Depois do treino livre 2 da Fórmula 1 era chegada a hora da corrida Sprint da FIA Fórmula 2 em Hungaroring. A temperatura estava um pouco mais baixa que notreino da sexta-feira devido a algumas nuvens sobre o autódromo, havendo até algum risco de chuva. Com a inversão do grid Enzo Fittipaldi largava na P9 e Gabriel Bortoleto na P7. Alguns pilotos estavam largando de pneus duros e outros de pneus macios. O P3, Zane Maloney ficou no grid na saída para a volta de apresentação.
Após a volta de apresentação os pilotos voltaram para suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 28 voltas programadas, foi dada a largada e Gabriel Bortoleto, de pneus macios, ganhou a P7 e na primeira volta passou Isack Hadjar pra ganhar a P6. Enzo Fittipaldi foi seguro na largada e manteve a P8, mas usou seus pneus macios pra atacar e passar Isack Hadjar e ganhar a P7 na abertura da volta 2. Gabriel Bortoleto atacava Dennis Hauger e abria uma distância segura para Enzo Fittipaldi que ainda não era atacado por Isack Hadjar, que estava de pneus duros.
Gabriel Bortoleto foi ficando distante de Dennis Hauger e na volta 6 Enzo Fittipaldi foi pra cima, chegou em Gabriel Bortoleto e na volta seguinte passou pelo outro brasileiro. Na 10ª volta os pneus duros nivelaram a performance com os macios. Enzo Fittipaldi estava a 2s de Dennis Hauger e tinha 2s de vantagem sobre Gabriel Bortoleto e Isack Hadjar começou a se aproximar de Gabriel Bortoleto, estando a 1,3s do brasileiro. Na volta 13 Enzo Fittipaldi foi pra cima e superou Dennis Hauger que dava indícios de que estava sem pneus, com ambos de pneu macios. Isack Hadjar de pneus duros, ganhou a posição de Gabriel Bortoleto na abertura da volta 14, a metade da corrida. Bortoleto tinha 2,5s de vantagem para Oliver Bearman pra se manter nos pontos, mas vinha virando mal e a diferença vinha caindo. Enzo Fittipaldi vinha virando parecido com Victor Martins e precisava começar a se preocupar com Isack Hadjar. Os pneus de Kimi Antonelli acabaram e ele vinha despencando na classificação.
Na volta 17 Enzo Fittipaldi tomou a P4 de Kimi Antonelli, que foi para os boxes colocar pneus duros. Gabriel Bortoleto ganhou a P7, mas estava a quase 8s de Isack Hadjar, mas na volta 18 foi superado por Franco Colapinto, voltando pra P8 e pra ser atacado por Oliver Bearman, que também tinha pneus macios, foi superado e ficou sob ataque de Rafael Villagomez. Na volta 20 o brasileiro não tinha mais pneus e foi perdendo posições.
Dennis Hauger e Isack Hadjar chegaram em Enzo Fittipaldi, com Hadjar de pneus duros e Hauger de macios. Gabriel Bortoleto foi para os boxes e colocou pneus duros, pagando o preço da estratégia errada. Na volta 22 Enzo Fittipaldi passou do limite, foi superado por Dennis Hauger e viu Franco Colapinto chegar nele e também passar o brasileiro que caiu para a P7. Na volta 24 o pneu dianteiro esquerdo de Enzo Fittipaldi destalonou e estourou. O brasileiro precisou ir para os boxes, perdendo tudo que fez na corrida. Final de corrida e tivemos Gabriel Bortoleto na P17 e Enzo Fittipaldi na P22, pagando alto pelas suas estratégias. No final da manhã do domingo os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para a Feature Race, com a parada obrigatória para troca de pneus. Enzo Fittipaldi largava na P2, na primeira fila, e Gabriel Bortoleto na segunda fila, na P4, precisando se recuperar da corrida do sábado onde o erro da estratégia de suas equipes obrigaram os dois a trocarem pneus depois de largarem com pneus macios.
Após a volta de apresentação (Isack Hadjar largou dos pits) os pilotos voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 37 voltas programadas, foi dada a largada e os brasileiros largaram bem, com Enzo Fittipaldi assumindo a P2 e Gabriel Bortoleto a P3, ambos com pneus macios, seguindo Victor Martins e com o pole, Paul Aron, errando e caindo pra P7. Alguns pilotos largaram com pneus duros e teríamos jogos de estratégia. Enzo Fittipaldi foi pra cima de Victor Martins, tentou a ultrapassagem na abertura da volta 3, mas não conseguiu tomar a ponta. Atrás dos 3 primeiros, com pneus macios, outros 9 fizeram a mesma opção enquanto 10 pilotos largaram com os pneus duros. O céu estava nublado e o asfalto mais frio deveria dar uma vida mais longa para os pneus macios. Os 3 primeiros foram abrindo vantagem graças a briga pela P4, mas Paul Aron acertou Zane Maloney, tirando os dois da corrida e o safety car foi pra pista no início da volta 7 e todos que estavam de pneus macios fizeram suas paradas para colocar pneus duros com o ritmo mais lento.
Enzo Fittipaldi voltou na P7 e Gabriel Bortoleto na P8 e todos seguiram atrás do safety car até a abertura da volta 11 e Gabriel Bortoleto atacou Enzo Fittipaldi, tomando a P7. Ele foi pra cima de Ritomo Miyata. Enzo Fittipaldi vinha a 1s de Gabriel Bortoleto, evitando o vácuo e o desgaste de pneus e logo Gabriel Bortoleto foi pra cima de Amauri Cordeel, tomando a P6, com Enzo Fittipaldi conseguindo passar também, graças a uma escapada do piloto belga depois da curva 3. Os brasileiros estavam perdendo tempo atrás de pilotos mais lentos que ainda não haviam parado. Gabriel Bortoleto tentava, mas não conseguia passar o piloto japonês e os dois foram apontados com uma infração enquanto estavam atrás do safety car. Na volta 19, finalmente, ele conseguiu superar Ritomo Miyata, que agora era problema de Enzo Fittipaldi. Em relação aos pilotos que já haviam parado, Gabriel Bortoleto estava a 6s de Victor Martins. As voltas e o tempo iam passando e Enzo Fittipaldi não passava Ritomo Miyata.
Na volta 22 uma batida forte de Amaury Cordeel, sozinho, provocou nova entrada do safety car e quem não tinha parado foi para os boxes e colocou pneus macios. Gabriel Bortoleto voltou pra P2 e Enzo Fittipaldi pra P3. A pista estava cheia de detritos entre as curvas 4 e 5. Veio a informação de não ter mais investigação sobre Miyata e Bortoleto e a relargada veio na abertura da volta 27, com 10 voltas para o final da corrida. Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi mantiveram as suas posições na relargada, mas Fittipaldi logo foi superado por Kimi Antonelli, que estava de pneus macios. Na volta seguinte a vitima foi Gabriel Bortoleto. Com as intervenções do safety car a corrida ia terminar por tempo e não pelo número de voltas. Gabriel Bortoleto chegou em Victor Martins. Mais atrás, Enzo Fittipaldi precisava cuidar da P4 e evitar um ataque de Dennis Hauger e mais atrás, Richard Verschoor que estava com pneus macios na P6 e passando o norueguês, foi pra cima do brasileiro da Van Amersfoort.
Enzo Fittipaldi não conseguiu segurar Richard Verschoor e o holandês vinha voando pra cima de Gabriel Bortoleto. Enzo Fittipaldi vinha sob pressão de Dennis Hauger (de pneus duros) e Kush Maini (de pneus macios) enquanto Richard Verschoor colou em Gabriel Bortoleto na penúltima volta e não deu pra segurar a P3. Gabriel Bortoleto recebeu a bandeirada na P4 e Enzo Fittipaldi na P5, que poderiam ser P2 e P3 não fosse a segunda entrada do safety car. Os brasileiros deixam a Hungria com Gabriel Bortoleto na P3 com 110 pontos e Enzo Fittipaldi na P10 com 58 pontos. Próxima etapa, Spa Francorchamps no final de semana que vem. Fórmula Regional Europeia A Fórmula Regional Europeia chegou a Paul Ricard para a 6ª etapa do ano com os brasileiros em situações bastante distintas, apesar dos bons resultados que estão conquistando. Apesar de estar na liderança do campeonato desde a primeira rodada dupla, a vantagem que ele tinha para os adversários – em particular para Tuukka Taponen – vem caindo corrida a corrida e ele teria que reagir rápido. Pedro Clerot, que também vem conquistando bons resultados, está mostrando condições para brigar pelo título na próxima temporada.
Na manhã da sexta-feira tivemos. Na sessão da manhã, com pista seca, Rafael Câmara ficou com o 2° melhor tempo, com 1m59,703s. Pedro Clerot mostrou-se muito bem, ficando com a P9 marcando 2m00,191s e Álvaro Cho, ainda substituindo Jesse Carrasquedo ficou com a P32, fazendo sua melhor volta em 2m02,445s. Na parte da tarde tivemos a segunda sessão, também com pista seca. Todos melhoraram seus tempos e Rafael Câmara ficou novamente com a P2, marcando sua melhor passagem em 1m59,053s. Pedro Clerot estava mesmo bem e fez o 8° melhor tempo, com 1m59,393s. Álvaro Cho ficou com a P33 fazendo sua melhor volta em 2m01,564s. Sábado pela manhã os pilotos foram à pista para o treino classificatório da corrida que aconteceria na parte da tarde. No Grupo A estava Rafael Câmara, o líder do campeonato, que além dele tinha Álvaro Cho. Após as primeiras voltas para condicionar os pneus os pilotos partiram para as voltas rápidas apenas nos 6 minutos finais e estavam quase todos juntos, num jogo de vácuo complicado.
Na sua primeira passagem, Álvaro Cho marcou 2m01,562s, sendo detonado por Rafael Câmara que marcou 1m1m58,479s. Eles continuaram acelerando e na sua segunda passagem Álvaro Cho melhorou para 2m00,713 e, voando na pista, Rafael Câmara 1m58,027s. Depois de uma volta resfriando os pneus ainda houve tempo para mais uma tentativa de volta rápida, mas Rafael Câmara não conseguiu melhorar sua volta. Ainda assim, manteve a P1. Álvaro Cho melhorou para 1m59,969s e ficou na P15. Em seguida vieram os pilotos do Grupo B, onde estava Pedro Clerot. Assim como no Grupo A, eles primeiras voltas para condicionar os pneus os pilotos partiram para as voltas rápidas apenas nos 6 minutos finais e estavam quase todos juntos no jogo de troca de vácuo... e ninguém queria puxar a fila. Na sua primeira volta rápida, Pedro Clerot marcou a P11 provisória (não mostraram seu tempo de volta).
Os tempos iriam cair, seguramente, na segunda passagem o brasileiro tinha provisoriamente o 4° melhor tempo do grupo, com 1m58,708s, mas ainda havia tempo para resfriar os pneus e fazer mais uma tentativa (o que não funcionou para os pilotos do Grupo A). Ainda assim todos tentaram e Pedro Clerot conseguiu melhorar para 1m58,494s, mas ficou na P5 do seu grupo, largando na 5ª fila. No início da tarde os 33 pilotos retornaram à pista para a primeira corrida do final de semana tendo Rafael Câmara largando na pole position e Pedro Clerot na P10. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram às suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta, Rafael Câmara fez uma grande largada e manteve a liderança deixando uma briga sinistra pra trás. Pedro Clerot evitou confusões e perdeu 2 posições nas primeiras curvas, mas acabou fechando a primeira volta na P13.
A transmissão estava péssima nas primeiras voltas, mas Rafael Câmara estava ótimo e ia com alguma folga para Michael Belov. Pedro Clerot não estava bem e foi superado por Enzo Deligny, caindo pra P14. Rafael Câmara ia abrindo vantagem para disputa de Michael Belov e Brando Badoer enquanto Pedro Clerot não conseguia se aproximar de Enzo Deligny com 1/3 de prova disputada e, depois das posições bem estabelecidas, ultrapassar era complicado.
Na metade da corrida a vantagem de Rafael Câmara na liderança chegava aos 2s para o segundo colocado. Pedro Clerot conseguiu se aproximar um pouco de Enzo Deligny, mas ainda estava longe de uma posição de ataque, mas na volta 8 Deligny e Zachary David se enroscaram e Pedro Clerot passou os dois e subiu para a P12, tendo Enzo Peugeot à sua frente quando faltavam 10 minutos para o final da corrida, mas a distância para a P11 era de 3,6s.
Rafael Câmara tinha a corrida sob controle em seu terço final, com 2,5s de vantagem para Michael Belov e via seu principal adversário apenas na P5. Pedro Clerot não conseguia se aproximar e seu carro foi perdendo rendimento até seu abandono. Faltando 5 minutos do final uma batida no final do pelotão entre Enzo Deligny e Edgar Pierre por pouco não provocou uma entrada de safety car, que felizmente não aconteceu e Rafael Câmara venceu de ponta a ponta.
O domingo tinha o céu nublado na hora do treino de classificação e uma condição de menos desgaste par os pneus. O Grupo B foi o primeiro a ir para a pista e nele estava Pedro Clerot. Os carros foram para pista nos seus 15 minutos e durante esse período a chuva começou a cair com os pilotos estando de pneus slick. As saídas de pista foram inevitáveis. Apesar da chuva que não parecia molhar toda a pista, os pilotos permaneceram na pista. Os tempos estavam altos. Pedro Clerot fez sua primeira passagem em 2m11,700s. Na segunda passagem o piloto brasileiro, com a condição de pista melhorando, virou em 2m08,769s e rinha a P5 provisória faltando 3 minutos para o final do treino e isso era tempo suficiente para todos tentarem mais uma volta – pelo menos – e Pedro Clerot conseguiu virar em 2m08,479s, precisando melhorar, pois os mais rápidos estavam na casa de 2m06s. Na última tentativa o brasileiro marcou 2m07,613s, mas isso deu a ele apenas a P9 no grupo.
Logo em seguida os pilotos do Grupo A vieram pra pista, com Rafael Câmara e Álvaro Cho torcendo para a chuva parar ou ao menos diminuir e, com isso, virarem mais rápido que o grupo B. Uma nova pole position seria fundamental para o brasileiro da Prema. Depois de condicionarem seus pneus os pilotos partiram para as voltas rápidas na segunda metade dos 15 minutos e a pista estava claramente mais seca, com as voltas vindo na casa de 2m03s.
Na primeira passagem rápida, Rafael Câmara marcou 2m03,976s por perder o carro na curva 11. Álvaro Cho fez 2m04,047s. Sem errar, na segunda passagem, Rafael Câmara marcou 2m00,848s e assumiu a P2 provisória a 3 minutos do final da sessão. Álvaro Cho virou 2m02,640s e tinha a P13 provisória. Ainda havia tempo para tentar mais uma volta rápida e Rafael Câmara, mostrou quem manda e marcou 1m59,245s e ficou com a P1. Álvaro Cho baixou para 2m01,456s e ficou com a P15. Algumas horas depois os pilotos voltaram à pista para a corrida do domingo e a chuva veio com eles. Rafael Câmara largando na Pole precisaria largar bem para jogar o spray na cara dos outros pilotos e aproveitar a vantagem de enxergar tudo para repetir a vitória do sábado. Pedro Clerot tomou uma punição de 3 posições por “impeding” (ele chegaram a se tocar na classificação) James Wharton e largava na P21. Álvaro Cho largava na P30.
A largada foi dada atrás do safety car, sem volta de apresentação, com os 30 minutos +1 volta já iniciados e isso era uma vantagem a mais para o piloto brasileiro. Após 3 voltas atrás do safety car ele deixou a pista e tivemos a bandeira verde. Rafael Câmara manteve a ponta largando bem e escapando da briga pela P2 e 1/3 da corrida já tinha ido embora. Pedro Clerot subiu para a P18 e Álvaro Cho para a P27. Na volta 5 Enzo Peugeot e Tuukka Taponen se tocaram e isso era bom para o brasileiro, mas Alessandro Giusti estava se aproximando do nosso futuro campeão.
Pedro Clerot subiu para a P17 e Álvaro Cho vinha voando e era o P25 quando o safety car voltou pra pista pelos detritos na pista. Já estávamos com metade do tempo de corrida expirado. A relargada veio com menos de 9 minutos para o final e Rafael Câmara não relargou bem como no início e perdeu a liderança para Alessandro Giusti. Pedro Clerot manteve a P17 e Álvaro Cho a P25. O brasileiro precisava usar a cabeça e a P2 era um ótimo resultado para o campeonato. Ele precisava evitar os que vinham atrás, com Kanato Le e Ugo Ugochukwu brigando pela P3. Álvaro Cho ganhou a P24 de Enzo Peugeot e com apenas 8 voltas em 26 minutos de corrida, Ugo Ugochukwu vinha em cima de seu companheiro da Prema e acabou ganhando a posição de Rafael Câmara, que também foi superado por Kanato Le e Noah Stromsted.
A P5 era uma posição segura sobre o P6, Evan Giltaire, 3,6s atrás. Pedro Clerot caiu para a P19, superado por Nicola Lacorte e Ruiqi Liu e Enzo Peugeot recuperou a posição sobre Álvaro Cho. Giltaire chegou rápido e passou Câmara, mas foi por fora da pista e Enzo Deligny também superou Rafael Câmara, jogando-o para 7° na reta de chegada. A categoria deixa a França com Rafael Câmara ampliando sua vantagem na liderança para 50 pontos, com 210 pontos e Pedro Clerot, que ficou zerado na etapa, caiu para a P9 com seus 61 pontos. Álvaro Cho também não marcou pontos. A próxima etapa será em setembro, em Ímola. (fechamento) E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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