E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana teve um dono só (na verdade, uma dona). A VICAR de D. Corleone e sua Camorra desembarcou em Belo Horizonte depois de enfrentar muitas polêmicas, protestos de vários seguimentos da sociedade e o apoio oficial das autoridades para colocar seus carros nas ruas da capital mineira e realizar abrir a segunda metade da temporada 2024 nas ruas da capital mineira no entorno do “Mineirão”, o estádio de futebol mais conhecido da cidade, e algumas avenidas próximas.

Apesar de não declarado, ficou evidente que o atrevimento teve limites ao levar a categoria mais badalada do país para um circuito urbano numa grande capital: a Stock Car foi a única atração entre todas as categorias sob o guardachuva da promotora que foi deslocada até Belo Horizonte neste final de semana (vai que dava alguma coisa errada...). “Mineiramente”, preferiram ir na cautela!

Com uns assuntos particulares a tratar na hora das corridas, comecei pelo sábado vendo a corrida Sprint pelo youtube, prestigiando a narração poderosa e celestial do Filho do Deus do Egito e aturando os comentários do Zé Goteira além das impertinências do Chucky, o Brinquedo Assassino, que o meu camarada aqui do site, Taz, o Diabo da Tasmânia, iria dar uma mordida, mas o General não autorizou seu pedido de credencial (meus respeitosos protestos à gestão do site por não pedirem credencial para ele).

Como o grid da corrida Sprint tem a inversão dos 12 primeiros colocados do treino de classificação, quem largava na pole position era Thiago Camilo, tendo a seu lado Enzo Elias, para puxarem o grid com 28 carros. Volta de apresentação, carros espremidos entre as muretas na reta e o diretor de provas, o CASETTA (sim, esse é o sobrenome dele...) deu a largada. Thiago Camilo não deu mole e segurou a ponta, sendo seguido por Enzo Elias e Rafael Suzuki, que por pouco não tomou a P2. Na primeira passagem na chicane, Lucas Foresti saiu avariado e Rafa Teixeira se espremeu no corredor de escape. Meu piloto, o Zezinho, era o P14. Thiago Camilo foi abrindo no uso do push nutella e Enzo Elias fugia de Rafael Suzuki com o mesmo expediente.  Na volta 7 os pits foram abertos e Thiago Camilo foi logo para os boxes, enquanto Enzo Elias e Rafael Suzuki ficaram na pista. Na volta seguinte Enzo Elias Parou e Suzuki ficou. Enzo Elias por pouco não conseguiu tomar a posição de Thiago Camilo. Rafael Suzuki entrou na volta seguinte. Os pilotos foram parando e eles tinham 10 voltas de boxes abertos para a parada obrigatória. Com 11 voltas, apenas Gianluca Petecof e Átila Abreu eram os únicos que não haviam parado. Átila Abreu parou na volta 15 e o Decano Barrichello colou em Rafael Suzuki que estava perdendo rendimento e estava longe de Enzo Elias. Não demorou pro Decano tomar a P3 e quem vinha atrás ia passar também. Gianluca Petecof fez a parada na última volta possível. Assim, voltamos a ter a definição de posições reais pós-parada, com Thiago Camilo na liderança, Enzo Elias na P2 e o Decano Barrichello na P3. Thiago Camilo venceu sua 40ª corrida na categoria, sendo o maior vencedor entre os pilotos em atividade e igualou o número de vitórias de Paulo Gomes. Detalhe: até hoje ele não conseguiu o título da temporada! Enzo Elias foi o 2° e o Decano Barrichello (pra fazer aquela imitação de ataque epilético) completou o pódio.

No domingo tivemos a corrida principal, que por compromissos aqui em Palmas (casamento da filha do meu compadre) também assisti no VT, mas dessa vez com a imagem e som da Band com a narração do melhor do Brasil, meu camarada, o Sinestro, que continua tendo que carregar o mala sem alça e sem rodinhas do Prosdócimo nos, por assim dizer, comentários e para espremer mais a cabine, levaram o Matuzaleme pra Belo Horizonte. Pior que isso, só o “xou de horrores” do Arrelia Jr. e da Fofolete (que um dia foi uma jornalista séria).

A pole position era de Daniel Serra e ao seu lado estava Felipe Baptista para puxarem o grid com 28 carros. Volta de apresentação, carros lado a lado espremidos entre as muretas e o CASETTA deu a largada. Daniel Serra manteve a ponta, seguido de Felipe Baptista e Cacá Bueno. Lucas Kohl perdeu uma roda, Rafa Teixeira bateu em Julio Campos no hairpin e abrindo a volta 2 Felipe Baptsta aproveitou um vacilo de Daniel Serra, usou o push nutella e tomou a ponta pouco antes CASETTA botar pra fora o Safety Car. Julio Campos e Rafa Teixeira foram pra box com os carros no “modo procissão”. Rafa Teixeira, que espremeu Lucas Kohl no muro e provocou seu abandono tomou bandeira preta. Relargada na volta 5 e Felipe Baptista segurou a ponta com Daniel Serra e Cacá Bueno atrás dele. Os 2 primeiros foram abrindo e Cacá Bueno ia segurando a fila atrás dele. Na volta 7 os boxes foram abertos para a parada obrigatória e Felipe Baptista foi logo para os boxes. Daniel Serra parou na volta seguinte e tiveram problemas na parada com o pneus dianteiro direito Cacá Bueno que entrou junto com Serra voltou na P3, porque o P4, o filho do estoquista de muamba, foi pra 2. Enzo Elias bateu de lado no muro da chicane e o CASETTA botou pra fora o Safety Car. Quem fez as paradas antes, se deu bem e só 6 pilotos não haviam parado, entre eles o meu piloto, o Zezinho. A bandeira verde estava demorando pra vir. Depois de 7 longas voltas e consumirem 20 minutos dos 50 de corrida, o CASETTA deu a bandeira vermelha na volta 17 e interrompeu a corrida (deviam ter parado bem antes). Retirado o carro de Enzo Elias e arrumada a barreira de pneus, os pilotos voltaram pra pista atrás do Safety Car, que logo saiu da frente, liberando o Decano Barrichello pra acelerar e puxar o pelotão. A direção de prova informou que seriam mais 8 voltas para as paradas e depois de 2 voltas Gaetano Di Mauro perdeu a freada na chicane e sem mesmo bater ficou parado em local perigoso. Lá foi o CASETTA botando pra fora o Safety Car novamente. Felizmente foram só duas voltas sob bandeira amarela e faltavam Atila Abreu, Allam Khodair e meu piloto parar. Abrindo a última volta fo que Abreu e Khodair pararam. Felipe Baptista reassumiu a liderança e foi pra vitória. O filho do estoquista de muamba ficou com a P2 e Cacá Bueno fechou o pódio.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Terminadas as olimpíadas os canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) eles estão enchendo a programação de VTs. Meu moleque falou que a grade do domingo tinha mais de 2 horas de Stock Car. Imaginem o que é aguentar o Nhonho Peitolas falando por 2 horas!!!

- Eu nunca aliviei e não vou aliviar aquele site das grandes pataquadas, matador de pilotos de véspera, mas chegou pra mim pelo meu camarada Bob Esponja de que eles tiveram jornalista descredenciado por ter feito uma matéria sobre os impactos da corrida nos laboratórios de vida animal que existem próximos ao local escolhido para fazer o traçado. Mais um pouco, jogariam o jornalista preso a um bloco de cimento na Lagoa da Pampulha?

- Quem foi o “jênio” (agradecimentos ao meu camarada Alexandre Gargamel) que criou um hairpin, menor que o diâmetro de giro dos carros? O errado e o “remendo” acabou dando certo e a saída da curva virou ponto de ultrapassagem.

- Matuzaleme quis dar uma “passada de pano” no corte das 64 árvores chamando de “poda”. Como não é pra perder o emprego, o Sinestro e o Prosdócimo também deram as suas passadas de pano.

- Como já virou praxe, cortaram a transmissão do pódio para voltarem ao “xou de horrores” com os mais sem graça da TV, no melhor estilo que era a marca registrada dos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...).

- E as viúvas do presuntinho vaiaram o filho do estoquista de muamba quando ele foi anunciado para ir ao pódio e quando recebeu o troféu. Que coisa ridícula.  Organizem uma excursão e vão chorar lá na lápide!

- Em um circuito com árvores nas proximidades ter folhas na pista é normal, mas diante da quantidade de folhas, não tinha como colocar os garis da cidade para uma varreção umas duas vezes no dia? Fica a dica pra 2025.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.