 E aê Galera... agora é comigo!
O final de semana passado gerou um textão que fez a minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, encarnar a Pomba gira, mas ter mais uma coluna que ultrapassou as 50 mil leituras costuma acalma-la durante a semana. Neste último final de semana ela teve um alívio. Como automobilismo na República Sebastianista de Banânia é uma bagunça (o advérbio não era bem esse...), a única categoria nacional com atividades neste final de semana – e vai ser fora do Brasil – é a Porsche Cup Gourmet, que foi disputar sua segunda etapa naquele autódromo argentino que fica numa estância hidrotermal chique. Vou ajudar a Chica e, agora que minha foto já cabe aqui do lado, vamos falar da corrida. Porsche Endurance O autódromo de Termas de Rio Hondo é um desses espetáculos que nossos Hermanos produziram nas últimas décadas. A categoria mais chique do Brasil teve sua segunda ida ao exterior neste ano depois da viagem à Portugal. Mais uma vez tive o prazer de ter a narração do melhor do Brasil, meu camarada, o Sinestro, que fez a transmissão ‘in loco’ para a Band, como sempre na volumosa companhia do bem apadrinhado Prosdócimo, numa corrida sob sol e forte calor. 
A pole position ficou com a dupla Lucas Sales e Rafael Suzuki, que tinha a seu lado a dupla Marçal Muller e Enzo Elias para puxarem o grid com 37 carros, com os pilotos correndo em duplas, com os pobrinhos trazendo diversos convidados famosos e alguns correndo em dupla com outros pilotos, como foi o caso da Moleca Sensação, Antonella Bassani, que correu em parceria com a Paquita do Skate e aprendiz de piloto, Letícia Bufoni, que largou apenas na P36. Depois das voltas de apresentação o Massaranduba, o diretor de provas, deu a largada e Lucas Salles manteve a ponta, mas Marçal Muller estava em cima e Werner Neugebauer veio junto. Lucas Salles se empolgou, errou a aproximação no final da reta de 1.070 metros e entregou a liderança pra Marçal Muller e não só, a P2 pra Werner Neugebauer e a P3 pra Francisco Horta. O pole caiu pra 4°! A Moleca Sensação ganhou 5 posições na primeira volta. Marçal Muller foi tentando abrir vantagem, mas Werner Neugebauer vinha junto e Francisco Horta ia segurando Allan Hellmeister, que tomou a P4, Lucas Salles e Hellmeister levou 2 voltas pra sair da P5 pra P3 numa grande recuperação. Os 2 primeiros abriram vantagem assim como Hellmeister abria de Thiago Camilo. Em 5 voltas a Moleca Sensação já era a P25, engolindo o pelotão. Não demorou para Allan Hellmeister chagar nos 2 primeiros e entrar na briga pela liderança e na volta 8 ele passou Werner Neugebauer e foi pro ataque sobre Marçal Muller. 
A janela da primeira parada estava sendo aberta na abertura da volta 13 e ficaria aberta por 8 minutos. Os 3 primeiros andavam juntos e a Moleca Sensação era a 23ª, mas ia ter que entregar o carro pra Paquita do Skate. Antes da parada Alan Hellmeister tomou a liderança e conseguiu abrir uma pequena vantagem. Os pilotos começaram a entrar para os boxes. Marçal Muller foi o primeiro dos 3 da frente a parar. A Moleca Sensação também parou. Na volta seguinte Hellmeister e Neugebeuer pararam. Com a parada tendo o tempo de 6 minutos, a pista estava às moscas até a abertura da volta 17. Depois da primeira janela de paradas o líder era Miguel Paludo, com o Decano Barrichello na P2 e Enzo Elias na P3. Os 3 primeiros abriram vantagem, mas quem voava na pista era Caio Collet, que é o piloto profissional em dupla com Eduardo Menossi. Guilherme Salas deu um passadão pra sair de P6 pra P4, que virou P3 na volta 19 com um pneu furado de Miguel Paludo. O Decano Barrichello assumiu a ponta, seguido por Enzo Elias. E bastaram 5 voltas pra tudo que a Moleca Sensação fez ir pelo ralo na mão da Paquita do Skate. Enzo Elias vinha colado no Decano Barrichello. Na volta 24 Luiz Souza foi pra brita e o Massaranduba botou pra fora o Safety Car, que ajudou Miguel Paludo com o pelotão agrupado e mais ainda Guilherme Salas, que tirou a diferença para os líderes. O Prosdócimo veio com uma passada de pano pra Paquita do Skate dizendo que ela estava gripada e “pilotando no sacrifício”... falo nada pra não me chamarem de misógino. A relargada veio na volta 28, que fechou o chamado 1° seguimento, que distribui pontos para o campeonato de endurance. O Decano Barrichello foi superado por Enzo Elias e Guilherme Salas foi com tudo pra cima do veterano, que não conseguiu segurar a P2. A segunda janela de paradas foi aberta logo em seguida, na volta 29 e já teve gente indo para os boxes. A disputa pela liderança estava feroz, com Guilherme Salas em cima de Enzo Elias, mas o parceiro de Alceu Feldmann entrou nos boxes primeiro, na volta 31. Elias só parou na volta 32. 
Veio aquela situação estranha de quase não ter carro na pista com a parada de 6 minutos. Depois que todo mundo voltou pra pista e teve a troca de pilotos (além de troca de pneus e reabastecimento), a liderança era de Marçal Muller, com Werner Neugebauer e Pedro Boesel, que vinha tomando sufoco de Thiago Camilo, que chegou a ganhar a posição, mas abusou da freada e devolveu a posição pra Boesel e também foi superado por Marcos Regadas. A Moleca Sensação voltou pra pista na P32, mas em 2 voltas já era a P29, só que as distâncias para os carros à frente estavam maiores. Marcos Regadas foi pra cima de Pedro Boesel e tomou a P3 e na volta seguinte Thiago Camilo ganhou a P4. Marçal Muller vinha com uma vantagem boa (mas não grande) sobre Werner Neugebauer e Miguel Paludo acabou abandonando. Na volta 46 foi aberta a última janela de pits obrigatórios e mesmo passando carros que estavam com volta à sua frente, a Moleca Sensação só conseguiu subir até a P25. Werner Neugebauer tirou a diferença para Marçal Muller antes deles pararem e quase bateram na entrada dos boxes quando Leonardo Hermann entrou na frente dos dois e por pouco Neugebauer não entrou na traseira do líder da corrida. 
Os líderes anteciparam suas paradas para colocarem os pilotos profissionais na pista. Enzo Elias e o Decano Barrichello iriam para a disputa nas voltas finais. Após todos pararem o P3 era Jeff Giassi, mas não por muito tempo, quando a briga pela P4 passou a ser de Guilherme Salas, Bobby Filho, Rodrigo Mello e Ricardo Mauricio. Bobby Filho levou a melhor na freada do final da reta, mas Guilherme Salas veio lambendo o parachoque de Bobby Filho até conseguir ganhar a posição. Duas voltas depois Ricardo Mauricio colou em Bobby Filho e os dois fizeram uma disputa sensacional, com direito a briga até na grama. 
Enzo Elias já tinha 3s de vantagem sobre o Decano Barrichello na liderança e Guilherme Salas deixou essa briga pra trás, mas estava longe de Jeff Giassi. Tudo se encaminhava para o final da corrida quando na volta 58 Cecília Rabelo foi parar na caixa de brita e o Massaranduba botou pra fora o Safety Car e agrupou o pelotão à 6 voltas do final. O resgate demorou muito e sobrou apenas uma volta pra decidir a corrida na base do tudo ou nada. Enzo Elias não deu chance para o Decano Barrichello. Mais atrás, os 16 metros de largura da pista foi pouco pra tanto carro. Vitória de Enzo Elias, com o Decano Barrichello em 2° e Ricardo Maurício saiu da P5 para a P3. Pra Moleca Sensação sobrou uma P30, mas como todo mundo recebe troféu na festiva categoria dos pobrinhos, elas também ganharam um. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Vou começar pela Porsche Gourmet pra defender a Moleca Sensação, que precisa de uma piloto de nível pra ser a parceira nas corridas de endurance. Tragam uma Iron Dame, a Simona de Silvestro, a Katherine Ledge. Querem dar quilometragem pra Paquita do Skate? Coloca ela com uma piloto da F4 Tapuia. - O Sinestro e o Prosdócimo fizeram um “pitstop” cada um na transmissão... durante algumas voltas enquanto o Sinestro ia no banheiro e tomava uma água, a narração ficou na goela do Prosdócimo... “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...). Se vocês acham que foi ruim, digo: foi muito pior! Sinestro, amarra uma bolsa plástica na perna para os 500 km de Interlagos. - A transmissão da F1 teve o Repórter Matador no lugar da Cadeiruda e bastaram meia dúzia de corridas pra ele pegar a manha e fazer entradas melhores que as dela. Só falta agora conseguir o trânsito que ela tem. No pré-quarto de hora antes do Qualy ele matou a pau. No da corrida, usou o Pietro Fittipaldi como muleta que mandou bem. - Falando do bom moço, Pietro Fittipaldi, Viva o Palavrão! (fica a dica, editoras) Se até ele assume que fala palavrão no rádio, como Cabeça de Trapézio”, presidente da FIA, vai querer proibir um Fugitivo da FEBEM de falar palavrão? - Depois do mundial de kart, Mr. Burns voltou às transmissões e, com o Prosdócimo na Argentina, tivemos mais informações técnicas (e com qualidade), mas não escapamos do “chove no molhado” do Dr. Smith, que fica buscando coisas no Google pra falar na TV. - Falando no Dr. Smith, ele deve ter ficado muito feliz com as respostas monossilábicas do Fugitivo da FEBEM nas respostas. Nos treinos e na corrida, como de costume, ele não conseguiu traduzir os rádios. - Mandei um “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) quando Mr. Burns fez uma analogia com os circuitos ovais. Felizmente Dr. Smith não pegou a oportunidade para fazer relativizações da F1 com a série C das corridas em monopostos. - Na manhã do sábado o Bandsports colocou entre o P3 e o Qualy o VT da “Fórmula Barbie”. O Martelo, narrador escalado, anda aprendendo com o pior (leia-se, Caprichoso) para não ler as informações na tela, distorcendo a punição que a piloto Bianca Bustamante tomou. Antes, só ele não viu que ela estava fora da posição de largada e “chutou” que havia um problema com sistema de largada. - Onde foi que o Bandsports arranjou a comentarista pra corrida? Ela conseguiu ser pior que o dublê que atrapalha as transmissões da NASCAR e pra isso tem que se esforçar muito! - Não demorou para nos lambedores de lápides de cemitério compararem a pintura que a McLaren levou para Singapura com o “o carro dos tempos do presuntinho”. Caso assistissem as corridas da série C das corridas de monopostos (não duvido que vejam), veriam que a pintura era a mesma usada no carro de Alexander Rossi. - No domingo pela manhã, enquanto preparava o café da manhã pra família, vi a segunda corrida da “Fórmula Barbie”, que foi “narrada” pelo Celsinho Vai Te Catar, que teve nos comentários a piloto Pomarolla, da Stock ex-Light, que corria na categoria feminina anterior e que ele, o narrador, mostrou desconhecer o fato. - No pré-quarto de hora, sobrou tempo até pra falar um pouquinho da Haas. Teve gente achando ruim... acharam ruim? Lembrem-se que nos tempos de transmissões da F1 pelos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) nem isso tinha: eles começavam a transmissão na volta de apresentação. - E o Dr. Smith apareceu no início da transmissão sem a sua cola nas mãos. Na volta dos comerciais, ela estava lá. Se com ela ele já é um perdido no espaço, imaginem sem... - Acordei os vizinho com uma gargalhada quando vi o Macarroni no grid lá em Singapura, entrevistado pelo Repórter Matador, voltou a fazer campanha para ter o deu título de “campeão moral” da F1. - O cérebro do Matuzaleme começou a travar na 5ª volta. Foram algumas vezes que ele começou um assunto, se perdeu no caminho e voltou com uma coisa que nada tinha a ver com o que ele tinha começado a falar. - Entre as distorções que o Dr. Smith costuma fazer com os rádios, a pior delas foi quando a mensagem do rádio disse que os pneus médios estavam piores que os pneus duros e ele, mesmo lendo a mensagem na tela, disse exatamente o oposto. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido em todo o Tocantins! - O Caprichoso continuou com seu “nível” de narração, deixando de prestar atenção no que acontecia na tela pra ler mensagens no celular. Já está de aviso prévio e fica falando bobagens (o advérbio não era bem esse...) na transmissão. - A melhor cena de disputa por posição na posta do final de semana foi protagonizada pelo lagartão! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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