E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana teve a guerra dos Brutos (que um certo narrador despreparado e cumprindo aviso prévio chamou de “brabos”).

Distantes 527 km uma da outra, as cidades de Viamão, na grande Porto Alegre e Rivera, no Uruguai, as margens da fronteira gaúcha e “cidade-irmã” de Santana do Livramento, em território nacional, tivemos duas etapas dos campeonatos disputados por caminhões: a Fórmula Truck e a usurpadora.

Lembro bem de quando a Fórmula Truck, no auge de seu sucesso, deixava furiosa a diretoria da VICAR e a direção dos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) ao fazer a Band – que transmitia as corridas de caminhões – vencer a audiência com suas transmissões, além de levar mais público para os autódromos do que as corridas da Stock Car, que eram propositadamente marcadas para o mesmo dia das corridas da Fórmula truck. Atualmente as coisas – ao menos nos autódromos – se repetem, com a verdadeira categoria das corridas de caminhões levando mais público para suas corridas do que a usurpadora.

Mas a minha coluna é democrática e eu falarei das duas. Lá no final, em “O Ogro tá na Pista”, falarei sobre a etapa da NASCAR Tapuia, como informarei os resultados da Copa HB20.

Assim como na semana passada, negociei com minha Editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, para publicarem o título (era um pouquinho diferente, mas aceitei) e ela vai colocar primeiro aqui abaixo a corrida da usurpadora.

Copa Truck

O tradicional Autódromo Internacional de Tarumã, na cidade de Viamão-RS, recebeu a 7ª etapa da usurpadora, categoria de corrida de caminhões que, inicialmente, havia sido planejada para o Velopark e com uma etapa noturna na noite do sábado, mas esta foi uma das várias mudanças que o calendário da categoria não oficialmente atrelada aos dirigentes e interesses da VICAR sofreu. Esta, quem sabe, para competir em mesmo horário da realização da etapa da Fórmula Truck em Rivera, Uruguai.

Como a corrida da usurpadora é mais rápida, espremida pela grade de programação das emissoras que a transmitem, assisti-a primeiro, também prestigiando o melhor narrador de automobilismo do Brasil, meu camarada, o Sinestro, ainda que acompanhado nos comentários pelo Prosdócimo. A etapa desde final de semana teve três baixas no grid. O Bob Esponja me mandou mensagem sábado dizendo que o Cabra não ia correr esta etapa por quase ter morrido do coração. Segundo ele, por excesso de buchada de bode nos almoços. Os outros que ficaram foram o Beato Salu, que subiu um barranco na curva 3, capotou o caminhão e viu de perto a galera com quem conversa lá no céu.

O caminhão ficou ferrado (o verbo não era bem esse...), mas o piloto ficou apenas a pé. Já o Quasímodo, que deu uma panca das boas no warm up antes da corrida e foi levado para o posto médico. Tanto um como o outro empenaram o chassi (se fosse para o lado certo, ia desentortar o Quasímodo... mas não foi!). Sem ter como recuperar o caminhão, foi procurar um sino pra tocar no alto da torre de controle.

A pole position foi do Marvado na classe PRO, tendo a seu lado o Dr. Smith pra puxarem o grid com 19 caminhões. Na classe Elite, a pole ficou com MamaBia, que tinha a seu lado PePePatrão, em um grid com 16 caminhões. No total, 35 brutos na pista. Depois da volta de apresentação eles se arrumaram na reta e o amigo do Adoniran, o Ernesto, diretor de provas, deu a largada e subiu o Fumacê. O Marvado e o Dr. Smith bateram rodas por 2 curvas até o Marvado ser mais Marvado e assumir a ponta. O Coach Cabeleira segurou o Corintiano Fake e manteve a P3. Mais atrás, na Elite, MamaBia deu seu show e era a líder. O Marvado não quis papo e foi abrindo na frente enquanto Dr. Smith era acossado pelo Coach Cabeleira e o Corintiano Fake vinha junto. PePeFeFê rodou na curva do laço, foi de cara contra o muro e ficou na grama, virado ao contrário. O amigo do Adoniran, o Ernesto, botou pra fora o Safety Truck. O Sucateiro já foi chamado aos boxes por excesso de fumaça. Repargada e o Marvado já abriu na reta onde ninguém passou ninguém. MamaBia também continuou líder, mas o Faro Fino vinha colado na mamãe do grid. Já a Vovó do grid, a Muié do Véio da Kombi, ia tomando de todo mundo. E nessa etapa, tinha companhia do marido, o Véio da Kombi, que correu no lugar do Cabra (participou... porque estava no rabo da cobra depois de 4 voltas... e cansou com 20 minutos, Safety Truck incluído, abandonando). O Marvado vinha sobrando e começaram as punições do Radar, com o Pivette e o Sucateiro estourando a velocidade e ganhando um ‘drive-thru’ sem direito a polenta frita. No final da corrida o Corintiano Fake vinha apertando o Coach Cabeleira e esfregando o caminhão no do Cabeleira. MamaBia também sobrava e brigava com os pilotos da PRO. O Marvado veio soberano, pra vencer de ponta a ponta a corrida 1, com o Dr. Smith em 2° e o Coach Cabeleira em 3°. Na disputa pela P8, o filho do Caipira Quebrado fez de tudo pra segurar o Gaúcho da Fronteira e conseguiu manter pole da inversão nutella da corrida 2. MamaBia sobrou e ganhou a corrida da classe Elite.

Aí veio aquele balé do bebum perneta para fazerem a inversão nutella do grid. Com isso tínhamos o filho do Caipira Quebrado na pole e ao seu lado o Tozzado para puxarem os sobreviventes da classe PRO e na classe Elite, a pole era do Pedro Alvarez Cabral. Depois de 3 voltas teve a largada e subiu o fumacê. Enquanto o filho do Caipira Quebrado manteve a ponta, o Abbatido foi pra cima do Tozzado e tomou a P2. Na Elite, o descobridor do Brasil manteve a ponta. O Abbatido foi pra cima do filho do Caipira Quebrado na abertura da 2ª volta e quem colou nos dois foi o Corintiano Fake, que passou o Tozzado. Duas voltas depois foi o Coach Cabeleira que passou o Tozzado e, como o ritmo do filho do Caipira Quebrado era lento, vinha todo mundo colado e o Coach Cabeleira tomou a P3 do Corintiano Fake. O Abbatido aproveitou um vacilo botou de lado, bateu portas e rodas pra tomar a liderança. O filho do Caipira Quebrado ficou perdido na roça e também tomou do Coach Cabeleira, do Corintiano Fake e do Tozzado, caindo pra P5. O Abbatido foi abrindo vantagem. O Coach Cabeleira deu uma vacilada e o Corintiano Fake tomou a sua P2. Criminosamente os ‘comissacos’ puniram o Abbatido com 10s pela ultrapassagem sobre o filho do Caipira Quebrado. Faltando 4 minutos pro fim o Pedro Alvarez Cabral perdeu o rumo com sua caravela de 6 rodas, escalou a barreira de pneus na curva 2, capotou o caminhão e o amigo do Adoniran, o Ernesto, botou pra fora o Safety Truck e assim a corrida ia acabar com bandeira amarela. PePePatrão foi o vencedor na classe Elite. Na pista, o Abbatido passou em 1°, o Corintiano Fake em 2° e o Coach Cabeleira em 3°. Depois da bandeira quadriculada e antes do pódio, os ‘comissacos’ puniram o Corintiano Fake em 5s pela ultrapassagem forçada em cima do Coach Cabeleira (outro absurdo). Com essa bagunça, a vitória ficou com o Coach Cabeleira, a P2 com o Tozzado e a P3 com o Filho do Caipira Quebrado.

Fórmula Truck

A verdadeira categoria de corridas de caminhões do Brasil, a Fórmula Truck, cruzou a fronteira e foi fazer a 7ª etapa da temporada em Rivera, no Uruguai, onde lotou o autódromo da cidade vizinha à gaúcha Santana do Livramento. A narração ficou com o Zé Trovão e os comentários com o Cascabulho, com transmissão pela internet e pela Rede TV. Diferente do que vimos nas etapas anteriores, os 35 caminhões que foram para o Uruguai largaram juntos, com as classes Injeção Eletrônica e Bomba Injetora largando juntas para 35 minutos de corrida na corrida 1 e depois teria a corrida da Copa Speedmax.

Na Classe Injeção Eletrônica a pole position ficou com Rafael Fleck, tendo a seu lado Tulio Bendo para puxar os 22 caminhões da classe. Entre os caminhões com Bomba Injetora o pole era Douglas Collet, largando na P16 ao seu lado, ficando à frente de 6 caminhões com Injeção Eletrônica. Após a volta de apresentação os pilotos entraram na reta e o diretor de provas não deu a largada para subir o fumacê com o grid muito desarrumado e com o narrador não percebendo que a largada não foi dada. Mais uma volta e dessa vez o fumacê subiu com força. Rafael Fleck tomou a ponta sem dificuldades, seguido por Tulio Bendo e Everton Fontanella. Pedro Muffato, que largava na P4 levou um toque de Ramiro Fontanella e rodou na curva 2, ficando atravessado na curva, perdendo muitas posições e milagrosamente não foi batido. O diretor de provas não colocou o Safety Truck na pista. Tulio Bendo foi atacando Rafael Fleck enquanto a disputa dos irmãos Fontanella acabou com Everton Fontanella indo para os boxes por excesso de fumaça. Douglas Collet, na P12, liderava entre os caminhões da classe Bomba Injetora. Pedro Muffato caiu para a P23, mas vinha se recuperando. Joãozinho Santa Helena subiu rápido, chegou na P4 e apertava Ramires Fontanella. Collet vinha fazendo uma grande corrida e com 5 voltas estava na P9. O inoxidável vinha escalando o pelotão e na volta 6 estava na P16. Rafael Fleck viu Tulio Bendo ter que entrar para os boxes e ficou tranquilo na liderança, com quase 8s à frente de Ramires Fontanella. Na metade da corrida Ramires Fontanella vinha reduzindo a diferença volta a volta para Rafael Fleck.

Pedro Muffato era o P13 quando o Safety Truck foi pra pista sem que o narrador tivesse a menor ideia do que estava acontecendo na pista, até que apareceu o caminhão de Felipe Fráguas virado de lado na saída da curva de entrada do retão. Para não acabarem com a corrida, pois em 17 minutos não iriam conseguir liberar a pista, a direção de prova deu bandeira vermelha. Após 16 minutos de paralização, os brutos voltaram a se movimentar e, após uma volta com Safety Truck, tivemos bandeira verde.

Rafael Fleck manteve a ponte, seguido de Ramires Fontanella e Joãozinho Santa Helena. Douglas Collet, 7° na Geral era o líder entre os caminhões de Bomba Injetora. Pedro Muffato largou bem e já era o P11 completando a volta. Joãozinho Santa Helena, que venceu na abertura do campeonato superou Ramires Fontanella e ganhou a P2, mas no final do Retão ele deu o troco, só que Santa Helena deu no meio do caminhão de Fontanella, que rodou na entrada da reta dos boxes numaação nada desportiva. Rafael Fleck se deu bem e botou 5s de vantagem para Joãozinho Santa Helena (que não recebeu uma punição até então). Pedro Muffato era o P7 e Douglas Collet na P8 tinha 15s de vantagem para Fabricio Rossato, quando depois de 3 voltas Joãozinho Santa Helena foi punido pelos ‘comissacos’, de forma justa, não com aquela nutellada da usurpadora, tendo que pagar um Drive Thru sem direito a cuia de chimarrão. Com o caminhão avariado, Ramires Fontanella começou a ser apertado por Alex Peixeiro. Pedro Muffato, numa recuperação sensacional, chegou na P4 nos minutos final da corrida. Rafael Fleck venceu de ponta a ponta. Ramires Fontanella segurou a P2 e Alex Peixeiro foi o P3. Nos caminhões de Bomba Injetora o vencedor foi Douglas Collet.

Na Copa Speedmax, com os pilotos que ficaram fora da 6 primeiras posições entre os caminhões de Injeção Eletrônica e Bomba Injetora, após a corrida de 20 minutos, Joãozinho Santa Helena foi o vencedor.

O Ogro tá na Pista

Dentro da programação da usurpadora em Tarumã tivemos também a penúltima etapa da NASCAR Tapuia. O traçado de alta velocidade garantiu boas disputas e na primeira corrida, na manhã do domingo, Cayan Chianca largou bem e seguiu na ponta após o início, seguido de Léo Torres e Vitor Genz. Gabriel Casagrande vinha babando e nas primeiras voltas era o quinto colocado. Léo Reis, que começou na 21ª posição, era o 15º. Com 16 minutos para o final, Giovani Girotto parou seu carro na reta principal, levando o Safety Car para a pista. Na relargada, Casagrande já se aproximava de Genz, na briga pela terceira colocação, com os quatro primeiros próximos.

Na penúltima volta, Casagrande superou Genz e acidentes em pontos separados trouxeram novamente o Safety Car pra pista e provocou a prorrogação da corrida. Edson Reis e Luan Lopes se tocaram e saíram da pista na reta principal. Além disso, Brendon Zonta também escapou e bateu na barreira dos pneus. Na relargada decisiva, Chianca conseguiu segurar Torres e venceu, enquanto Genz conseguiu emparelhar com Casagrande e passar na linha de chegada com míseros  três milésimos de vantagem pra ser o P3. Léo Reis, foi o sexto colocado depois que Jorge Martelli (P6 na pista) foi punido em 20 segundos, dando a vitória da classe Challenge para Victor Andrade.

À tarde tinha cheiro de título no ar (além do de carne assando na brasa). Cayan Chianca até largou bem novamente, mas não consegui segurar Léo Torres desta vez e perdeu a ponta ainda na 1ª volta. Alex Seid vacilou e perdeu posições enquanto Léo Reis avançava pra P5 e tomou a P4 do portuga Beirão 3 voltas depois. Após tentar recuperar a liderança, Chianca deu mole e perdeu a P2 para Vitor Genz. Os 3 primeiros abriram do pelotão, mas um Safety Car agrupou todo mundo.

Na relargada, Torres saiu à frente e Reis pressionava Genz pela segunda colocação. Chianca, que tinha perdido a P3 pra Léo Reis depois de tentar passar Genz recuperou a posição. Léo Torres e Vitor Genz foram abrindo na frente e Com duas voltas para o final, Guilherme Backes saiu da pista e bateu na barreira de pneus, trazendo o Safety Car novamente e com as voltas adicionais de prorrogação. Na relargada, Torres conseguiu segurar Genz para a vitória, mas a P2 era suficiente para Vitor Genz garantir o título com uma etapa de antecedência. A P3 ficou com Cayan Chianca. Pela classe Challenge, Jorge Martelli foi o campeão ao chegar na sétima posição, mesmo com a vitória de Victor Andrade, que terminou em quinto na geral.

A Copa HB20 também esteve na programação, com uma corrida no sábado e outra no domingo. A categoria monomarca teve um grid de 35 carros em suas classes PRO, Elite e Super. Na corrida do sábado teve seu resultado alterado pelas decisões (melhor chamar de confusões) dos ‘comissacos’. A vitória ficou com Alberto Cattucci, Enzo Falquete ficou na P2 e Marcus Indio na P3, todos da classe PRO. A vitória da classe Elite ficou com Gabriel Moura (7° na geral) e o vencedor da classe Super foi Wagner Pontes (18° na geral).

No domingo, a corrida também teve seu resultado alterado mais uma vez pelo nutellismo das interferências dos ‘comissacos’, com Adilson Jr. sendo o vencedor, seguido por Felipe Gama e Felipe Malinowski, todos da classe PRO. O vencedor da classe Elite foi Pedro Garcia (7° na geral) e o vencedor da classe Super foi Claudio Harmuch (15° na geral).

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Das notícias que bombaram esta semana uma foi que a Fofolete pulou fora do barco da Band. A jornalista largou o Arrelia Jr. (que depunha contra sua imagem de jornalista séria) e assinou contrato com o canal do bispo “dá ou desce”. Espero que para poder voltar a ser jornalista e não coadjuvante de programa de humor sem graça.

- A outra saiu logo depois que minha coluna passada foi publicada. D. Corleone vai ter as pernas enfiadas num bloco de concreto e vai ser jogado da ponte estaiada no fundo do rio Pinheiros no final do ano. O dono da Camorra e ex-presisidente dos EUA, o Lincoln, se desentendeu com o Capo e vai limá-lo... e isso é só a boca da privada. Aguardem os próximos capítulos.

- Para quem acha que eu fico de marcação com a usurpadora, no início da coluna eu falei que o público da corrida foi menor que o público da Fórmula Truck em Rivera. Apesar do esforço da transmissão em mostrar aglomerados de pessoas, nos vacilos do diretor de imagens podemos constatar que metade da arquibancada da reta dos boxes estava vazia. Como uma imagem vale mais que mil palavras, ficamos com as imagens.

- Para não fazer comparações injustas, em 4 semanas a Fórmula Truck vai correr em Tarumã e as fotos do autódromo lotado estarão aqui na minha coluna.

- A dupla de narração e comentários da Fórmula Truck é muito perdida... a categoria merece coisa melhor.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.