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Mesmo sem corridas, o ano está longe de acabar e a chapa está quente PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 24 December 2024 00:33

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana que antecede o natal não teve corridas no calendário nacional. Essas terminaram na semana passada, mas o Espaço de Eventos Aleatórios de Interlagos ainda colocou os campeonatos locais na pista para decidir seus campeões.

 

Quem não decidiu seu campeão na pista (pelo menos ainda não), foi a Stock Car. No dia 16, dia seguinte a etapa de encerramento da categoria, pleno do STJD fez uma sessão e decidiu pele manutenção da punição às equipes TMG Racing e Crown Racing pela adulteração dos pneus na etapa do Velopark. O problema é que cabia recurso e as duas equipes estão entrando com recurso. Como a justiça na República Sebastianista de Banânia é “uma caixinha de surpresas” a gente pode esperar tudo.

 

Sendo pragmático, a condenação das duas equipes é justa e correta. Eles cometeram a infração. Os pneus foram mandados para a Coreia do Sul, para a sede da Hankook e o laudo do exame que comparou as borrachas dos pneus da Crown Racing e TMG Racing com outras que foram recolhidas junto a outras equipes e verificou uma menor dureza dos pneus de TMG e Crown, com uma alteração na composição química neles identificada, provocando alterações na viscoelasticidade em média 39,7% abaixo dos índices especificados pelo fabricante. De posse do parecer, a CBA desclassificou os carros das duas equipes. Entretanto, no dia 21 de novembro, o STJD revogou a penalidade das equipes (que são co-irmãs). Na ocasião, o mérito da questão não chegou a ser julgado, isso porque questões processuais, como formatação de provas contra as duas equipes, não estavam em conformidade, conforme apontaram os advogados, que também alegaram cerceamento de defesa uma vez que as equipes não tinham representantes acompanhando o exame dos pneus na Coreia do Sul.

 

 

Sendo assim, não adianta a assessoria de imprensa da VICAR distribuir releases dando o título à Gabriel Casagrande (título merecido) enquanto essa questão legal não for decidida. Não acredito que algum leitor meu defenda a “malandragem” (o advérbio não era bem esse...) que as equipes fizeram para levar vantagem (sem falar na suspeita de que houve alguma coisa em corridas anteriores). Aqui não tem confete e o campeonato da Stock tem seu título subjudice, independente do que “o dono do mundo” (vulgo D. Corleone, Il Capo) mandar.

 

Falando nele, os anos foram passando e Lincoln Oliveira (que tem se apresentado “em tom de brincadeira”, mas aproveitando o fato, de Lincoln Bortoleto), Pai do nosso novo piloto titular na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto (sobrenome da mãe... será uma superstição pra ver se dá sorte, tipo Piquet ou Senna?), que começou como “paitrocinador” do filho mais velho – Enzo – como piloto de kart e depois uma rápida passagem em monopostos na Inglaterra como piloto da F3 e de andar na Porsche Gourmet foi ser dono de equipe (a KTF começou na Stock Light – hoje Ex-Light – em 2018, foi tricampeã em 2019/2020/2021). A KTF está na categoria mais badalada do automobilismo nacional desde 2022, mas o patriarca, empresário do ramo de comunicação digital, meteu a mão no bolso e comprou o controle da VICAR em 2020.

 

A mão do Capo parece ser boa pra fazer negócios. A Stock Car cresceu em visibilidade (na TV e redes sociais. Já no autódromo... todos viram as arquibancadas às moscas na final da categoria na semana passada), como plataforma de negócios e o projeto do carro da “Fórmula Camburão Txunado” vai desde mudar a cara da categoria indo ao plano de “vender o projeto” para categorias no exterior. Como o céu é o limite (ou não) no mundo dos negócios, a VICAR nestes anos sob a edge do Grupo Veloci, que engloba a Audace Tech, controla tudo. Compraram a alma do criador da Turismo Nacional, Ângelo Corrêa, pasteurizou a categoria fazendo uma mecânica e eletrônica monomarcas e criando (esse foi o ponto positivo) uma escada, um caminho para os pilotos jovens que entram para os carros de baixa cilindrada ter como fazer um caminho, com os vencedores das categorias recebendo suporte financeiro para irem subindo até chegar na Stock Car e agora, a partir de 2025, ter a opção de seguir para o TCR, primeiro no campeonato nacional e sul americano e com planos de ajudar o piloto brasileiro que se destacar poder chegar no TCR World Tour, o mundial da categoria.

 

 

Mudando completamente de assunto, nesta semana pré-natalina passei mal, tive um pico de pressão e quase fui parar no hospital de Sinop quando li ter sido fartamente noticiado que GaGaBueno estaria negociando sua ida para a Bandeirantes para ser o narrador da Fórmula 1 em 2025. Se está impossível aguentar o Caprichoso, o “remédio” pode ser pior ainda. Acho que as pessoas não lembram das últimas narrações do GaGaBueno (seja na Fórmula 1, seja em outros esportes). Não faltaram os “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...). Jamais esquecerei a sua “não narração” do gol sofrido pelo Brasil em um “amistoso” contra a Argentina, fato que repetiu, desta vez num gol a favor, num amistoso contra a África do Sul. Este último foi cantes da copa de 2014. Imaginem como ele está hoje, quase 11 anos depois? Imaginem uma dupla quase bicentenária – no somatório das idades – com o Matuzaleme?

 

O que estaria passando pela cabeça dos “cabeças” da Band? Há uma linha de raciocínio lógica (difícil é acreditar em lógica por parte deles da direção de jornalismo). O ponto é que se a usassem, já teriam limado o caprichoso no início deste ano. Na base do “antes tarde do que nunca”, o nome do GaGaBueno é um chamariz de patrocinadores, o que ajudaria a vender as cotas de patrocínio. Como Tapuia mediano (agradecimentos ao meu camarada Alexandre Gargamel, colunista aqui do site) acha que o GaGaBueno vai narrar bem as corridas ou mesmo não narrando, vai estar lá, a Band deve estar considerando um aumento na audiência, o que deixaria patrocinadores e a Liberty Media felizes. Havendo então retorno financeiro, a Band trabalharia para manter o contrato – o que seria um alívio para todos nós – e deixaria os canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) longe da categoria e de todo o pacote que o acompanha. Da minha parte, acho que é um preço muito alto a pagar. Preferia ver o Sinestro, o Filho do Deus do Egito, o Alexi Lalas ou o Tenente Mironga na narração com o Taquara Rachada nos comentários (ia ser divertido ver quantas corridas ele levaria para perder a paciência com o Dr. Smith). Em todo caso, se for esse o “preço a pagar” pra não ver a Fórmula 1 indo para os canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...), eu estou disposto a entrar na vaquinha e com uma cota gorda!

 

Encerrando essa coluna pré-natalina tivemos a distribuição de presentes (veremos a partir de maio se alguns serão presentes de grego). No basquetebol nos EUA existe uma coisa todos os anos chamada de “draft”. É um processo onde os times são colocados em uma certa ordem e eles tem um grupo de atletas potencialmente bons o campeonato e nesta ordem vão escolhendo os atletas. Na República Sebastianista de Banânia, inverteram essa lógica (é o modus operandis no território) e a VICAR, agora com 3 montadoras, criou o seu “draft” para ser decidido com qual modelo de camburão txunado as equipes correriam.

 

 

A lógica seria as equipes estarem, por exemplo, num ranking (a pontuação final do campeonato, por exemplo) e irem escolhendo uma das três montadoras. Algo como a Equipe A escolheu a montadora X. Assim, a equipe B teria que escolher entre as montadoras Y ou Z e, dependendo da escolha da equipe B, a equipe C ficaria com a montadora que sobrou. Então a equipe D teria novamente as três montadoras para escolher, seguindo-se até a última equipe e em seguida as estreantes. Seria algo tão lógico que fizeram exatamente o contrário: as montadoras, em uma determinada ordem, foram escolhendo as equipes! Chevrolet teve o direito de abrir o draft, seguida pela Toyota e, depois, pela Mitsubishi, marca que retorna ao grid no ano que vem (alguma lógica na insanidade). A Chevrolet ficou com as equipes TMG Racing, A.Mattheis Vogel, Cavaleiro Sports, Scuderia Chiarelli, Scuderia Bandeiras. A Toyota com as equipes Crown Racing, Ipiranga Racing, Full Time Sports, Full Time Cavaleiro, Car Racing KTF e a Mitsubishi com as equipes RCM Motorsport, Eurofarma RC, Blau Motorsport, KTF Sports, WOKIN Garra Racing. O campeonato só começa em maio e as montadoras vão esperar os carros ficarem prontos até lá.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Andei assistindo uns “podcasts” de umas pessoas entrevistando outras pessoas sobre automobilismo. Entrevistados como o Caprichoso, o Matuzaleme, o Macarroni, etc. Um festival de erros históricos do Matualeme, choros do Macarroni e bobagens (o advérbio não era bem esse...) do Caprichoso que pareciam não ter fim.

- O Matuzaleme lançou um excelente livro (Muito Além do Grid) e que está à venda pela internet. Ganhei um exemplar da D. Patroa e vou ler. Certamente está bem revisado e bem editado – o que não dá pra fazer numa transmissão ao vivo – e que eu vou ler antes do final do ano. Desde já, recomendo a compra!

 

- Nesta segunda-feira foi a leilão o Autódromo Vigílio Távora, localizado na cidade de Eusébio, próximo a Fortaleza. O terreno, com uma área de 260 mil metros quadrados e de propriedade do governo do estado já havia passado por um processo de leilão há alguns anos, mas não foram feitos lances. Nesta segunda feira, 23/12/2024, também não houve quem oferecesse o lance mínimo pedido (61,2 milhões de reais). A questão é que os abutres querem pagar muito menos por uma área muito valorzada, hoje cercada de condomínios, shoppings e centros empresariais.

- Li nessa segunda-feira, 23/12/2024, a retrospectiva das corridas internacionais brilhantemente escrita pelo meu camarada e colunista aqui do site, Alexandre Gargamel. Na próxima semana eu vol fazer uma “retrospectiva” dos campeonatos das categorias nacionais. Acredito que o Gargamel vai fazer algo do gênero. A dele, uma versão light, a minha, uma versão “heavy”. Preparem-se.

- Também já está em preparação uma “minisérie” que pretendo publicar aqui no site (mas a oposição está forte). É uma obra de ficção chamada “Souza: as estórias de vida de um herói”. Se não sair aqui na minha coluna, vou publicar no Facebook... e talvez a minha coluna passe a ser lá.

 

Felicidades e velocidade, um grande Natal a todos.

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.


Last Updated ( Tuesday, 24 December 2024 11:39 )