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GP do Canadá: Jenson Button e outras análises PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 15 June 2011 01:20

Amigos, esta análise do GP do Canadá tem que obrigato-riamente começar por Jenson Button.

 

O grande vencedor da prova da América do Norte, foi realmente o protagonista daquela que foi a melhor corrida até agora em 2011.

 

Button foi para o fundo do grid após o acidente com o companheiro Hamilton. Acidente que, diga-se de passagem, não teve a menor culpa de Button, inclusive absolvido pelos comissários. Um dos comissários foi Emerson Fittipaldi, que antes da corrida avisou que Hamilton poderia ser agressivo, mas com respeito pelos adversários. Button mudou a trajetória apenas uma vez, e atingiu Hamilton. Jenson inclusive disse que não viu que o companheiro tinha se "enfiado" entre ele e o guard rail. Pode ser desculpa, mas que Hamilton levou um troquinho, isso levou. Engraçada é a imprensa italiana, que na edição desta semana da revista AUTOSPRINT, está chamando Hamilton, em uma alusão ao filme "O Paciente Inglês", que tem tradução próxima no italiano, de "O Impaciente Inglês".

 

Outra da revista AUTOSPRINT, é uma observação sobre o carro da Ferrari ter andando bem em Montreal, dizendo que "A Ferrari de Montreal foi a melhor Ferrari do ano, sem discussão. Capaz de marcar o segundo e o terceiro lugares no grid, capaz de colocar à frente até Massa..." Até Massa ? Caramba, que moral do brasileiro hein? Quer dizer quer o carro estava tão bom que até Felipe andava na frente? Entendi...

 

Button fez 6 pit stops, um drive-through por excesso de velocidade nos boxes, ocupou todas as posições da corrida, sobreviveu a quatro entradas do safety car, mais aquele do começo da prova, a uma bandeira vermelha, a um problema no pneu após o acidente com Alonso e ao julgamento dos comissários após a corrida. Ufa! Merecida vitória, mesmo que tenha sido graças ao erro de Vettel no final. Não foi a toa que o inglês disse que a emoção de vencer o GP do Canadá foi igual a de ganhar o campeonato em 2009.

 

A Ferrari é que perdeu uma oportunidade de ouro para fazer um pódio. O chefe da equipe Stefano Domenicali disse após a corrida que "Tudo que podia ir mal foi mal". Não é uma declaração que se possa chamar de o supra sumo do esclarecimento, mas é algo que está no âmago de todo o ferrarista, que é a fatalidade sobre a dificuldade. Explico.

 

A Ferrari está começando a entender as modificações que fez no carro, e a colher alguns pequenos frutos. Alonso mesmo disse que a pista favoreceu a Ferrari em 70%, e o resto foram as evoluções. É pouco ainda, mas é alguma coisa. A modificação na asa traseira móvel, e o novo fundo que a equipe de Maranello estreou em Barcelona estão começando a dar resultados, mas existe um problema. Aliás problema que não é só da Ferrari, mas da RBR, da Renault e da McLaren, entre outras equipes.

 

O fundo plano tem tudo para ser mudado de novo, isso porque tudo indica que o tal do escapamento que gera pressão aerodinâmica na traseira, será proibido entre Valência e Silverstone. A FIA já deixou claro que a partir do GP da Inglaterra, dia 10 de julho, não vai mais permitir que os gases do escapamento sejam usados para ajudar na aerodinâmica. Vamos aguardar, mas será uma decisão fundamental para o campeonato.

 

As equipes vão se reunir esta semana para discutir o caso. A RBR esta pronta para pedir a manutenção da atual configuração. Segundo o diretor da RBR Christian Horner, serão muitos os problemas gerados pela proibição. "Existem duas questões. Uma é o impacto da mudança, que eu não acredito que nos afetará mais ou menos que outras equipes", disse Horner. "O outro problema são os mecanismos para entender esta diretiva técnica. Vamos discutir o caso na reunião entre as equipes, que é o lugar certo para esse tipo de discussão", finalizou o dirigente da RBR.

 

Isso vai obrigar as equipes, principalmente a RBR, mas Ferrari e McLaren também , a mudarem o mapeamento do motor, e o atraso na ignição eletrônica. O caso é, em linhas gerais, que o acelerador fica funcionando atualmente mesmo quando o piloto não está com o pé no pedal, no momento da freada por exemplo. Isso gera um acúmulo de gases no cano de descarga, que é usado para manter a pressão de ar na traseira. Aliás, como os gases do escapamento são quentes, portanto menos densos, melhora ainda mais a extração e a pressão aerodinâmica na parte traseira do carro.

 

Como a FIA vai medir isso? Através de uma sonda que se chama Lambda. Essa sonda é semelhante a de nossos carros Flex, que tem um dispositivo que analisa o combustível, ou gasolina ou etanol, ou uma mistura dos dois, e regula a injeção e a ignição conforme a mistura ar-combustível. A sonda é também chamada de sensor EGO (do inglês Exhaust Gas Oxygen). A FIA pretende usar esse tipo de sonda para saber quem está mantendo a aceleração e acumulando gases no escapamento, tudo devido ao mapeamento de ignição e injeção do motor.

 

Parece complexo, e na verdade é mesmo. O que importa é que todo mundo que está usando o mapeamento do motor para fins aerodinâmicos, vai ter que se virar para mudar tudo para o GP da Inglaterra.

 

Na minha opinião, a RBR vai sofrer com isso, e a Ferrari também, já que o próprio Alonso admitiu que em Silverstone a Ferrari viria com tudo que tem para tentar virar o jogo. Melhor para a McLaren, que mesmo que tenha que modificar muita coisa, parece no momento a mais adaptada para fazê-lo.

 

Um abraço a todos e oremos sempre.

 

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Last Updated ( Thursday, 16 June 2011 05:08 )