Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Os conflitos de Rubinho PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Saturday, 26 November 2011 12:02

 

 

Olá fãs do automobilismo, 

 

Vou apresentar para vocês um piloto muito famoso, que correu na Fórmula 1 por muitos anos, que venceu muitas corridas, mais de 10, foi vice campeão várias vezes... mas nunca conseguiu ser campeão do mundo.  

 

No conceito de muita gente, esse piloto seria um fracassado, motivo de riso, piadinhas jocosas... mesmo ele sendo, no meio do automobilismo, muito respeitado, considerado um dos melhores entre todos. 

 

Todo mundo deve estar pensando que eu estou falando do Rubinho Barrichello, né? As histórias são até parecidas, mas eu estou falando de um piloto que aonde chega, aonde passa é aplaudido e respeitado. Sobre ele ninguém faz piadinha sem graça. Ele é recebido com honras até quando visita as mais altas autoridades do seu país... este é Sir Stirling Moss! Até título de cavaleiro concedido pela Rainha Elisabeth ele tem. 

 

Aqui no Brasil as coisas são diferentes: Rubinho Barrichello fez uma trajetória brilhante ao longo de sua vida nas pistas. Foi campeão de tudo que disputou até chegar na Fórmula 1. Quando chegou, não demorou a ter sobre seus ombros todo o peso de um país, carente de um ídolo precocemente morto... com apenas 22 anos! 

 

A vida de Rubinho Barrichello na Fórmula 1 foi difícil desde o início. Apesar das alegrias, as angústias foram em maior número. 

 

Junto com a carga emocional, veio o mesmo “problema” pelo qual Stirling Moss passou: o surgimento de um dos gênios da categoria – Michael Schumacher – com quem o brasileiro teve que “dividir” as atenções na mesma equipe e que, por duas vezes – explicitamente – foi obrigado a dar passagem. 

 

Os detratores podem até falar: Moss – que foi contemporâneo de Juan Manuel Fangio – foram companheiros na Mercedes Benz e o inglês nunca precisou abrir caminho para o argentino. Isso pode dar margem a mais de uma interpretação... talvez Rubinho seja melhor do que Stirling Moss, afinal, o Schumacher precisou de ajuda dos boxes, Fangio não precisou. 

 

Mesmo quando correu por equipes em que - potencialmente - teria condições de ser campeão, o título não se tornou realidade. 

 

Não há, no paddock da atual Fórmula 1, ou mesmo nos profissionais que trabalharam na categoria ao longo destas quase duas décadas em que Rubens Barrichello tem trabalhado e mostrado seu talento, alguém que questione a capacidade, a dedicação e a empolgação com que Rubinho – como nós todos o chamamos por aqui no Brasil – encara seu trabalho. 

 

Isso demonstra o quanto é grande a “dependência” do Rubinho pela categoria e pelo seu trabalho. Capacidade técnica para estar lá, ninguém questiona que ele tem, mas quantos outros o tem também? Como é “encarar uma mudança de ambiente de forma forçada”?  

 

Apesar de tudo que passou nestes quase 20 anos, É no ambiente da Fórmula 1 que Rubinho se sente feliz... é lá que ele quer ficar. 

 

A vida de um atleta – e o piloto de Fórmula 1 é um super atleta – em um esporte de alto nível de exigência física não é muito longa e muitas vezes é difícil para o atleta que ainda está em boa forma conseguir assimilar uma parada contra a sua vontade e este certamente deve ser o que mais angustia Rubens Barrichello neste momento. 

 

As possibilidades para Rubinho estão em aberto, mas agora não depende apenas dele conseguir permanecer ou não no ambiente que ele tanto gosta. Independente do resultado do que vier a ser negociado nas próximas semanas e meses, que ninguém duvide: Rubens Barrichello é um grande campeão, assim como Stirling Moss, mesmo sem conquistar um título na Fórmula 1. 

 

Beijos do meu divã, 

 

Catarina Soares 

 

Last Updated ( Wednesday, 30 November 2011 21:29 )