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A FOTA e a seleção natural de Darwin PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 07 December 2011 17:00

 

 

Amigos, a Ferrari e a RBR deixaram a FOTA. Só que isso não foi surpresa, já que faz tempo que as duas equipes, principalmente a Ferrari, são contra várias ações da entidade. 

 

Segundo muitos dos envolvidos com o comando da F1, a FOTA atualmente é dispensável, e já cumpriu seu papel, ficando sem função. O presidente atual da entidade, Martin Whitmarsh, não sabe mais o que fazer, e com a discordância da Ferrari e da RBR a situação se agravou. Melhor para Bernie Ecclestone. 

 

Lendo o livro da biografia de Ecclestone, escrito pelo jornalista Tom Bower, que é chamado na Inglaterra de “O Coveiro”, o homem que enterra reputações, é fácil entender várias situações da F1 do passado e atual. A biografia foi autorizada por Bernie, mas não se pode dizer que fala bem dele, mas sim mostra a verdade de alguns fatos. Bernie até gosta de ser esse “malvado favorito” da F1 moderna. 

 

É curiosa uma frase no livro de Bower, em que Ecclestone se mostra totalmente contra a restrição de custos dizendo que “Não se pode impedir as pessoas de gastarem dinheiro”. Era isso que Ecclestone sempre dizia a Max Mosley. É o que Bernie chama de Darwinismo, em uma alusão a teoria da seleção natural, da sobrevivência do mais forte e adaptado, de Charles Darwin. Segundo Ecclestone: “Deixe que os melhores sobrevivam.” 

 

A briga de Montezemolo e da Ferrari com a FOTA, se resume principalmente a não se chegar a um acordo coerente de restrição de custos. A Red Bull está na mesma briga, com o agravante de que a equipe austríaca já foi questionada, inclusive com auditoria de uma empresa holandesa, sobre o número de seu quadro de funcionários, que estaria muito acima do permitido pelo acordo de restrição de custos. Segundo Montezemolo, a restrição pode ser aceita, mas não nesses moldes. Por isso é que a Ferrari deixou a entidade, alegando incompatibilidade de idéias, além de falta de diálogo. Segundo a Ferrari é preciso gastar mais do que o acordo recomenda e, é claro, quem tem mais dinheiro tem mais chance de se dar bem no campeonato, bem como de arrumar mais patrocínio. 

 

Não é novidade que os prêmios distribuídos para as equipes da F1, notadamente as principais, é um segredo trancado a sete chaves por Bernie Ecclestone desde os anos 70. Sabe-se que a Ferrari ganha mais que todas as outras equipes, por vários motivos, como a longevidade do time italiano, que é o único que participou de todos os campeonatos desde 1950. Isso levou a Ferrari a receber da FOM (Formula One Management) em 2011 , mais de 100 milhões de dólares, segundo fontes ligadas a Ecclestone. É muito mais do que recebeu a campeã Red Bull, por exemplo. 

 

Diante disso Montezemolo sabe que não existe F1 sem Ferrari, e que ainda pode se dar ao luxo de gastar mais que todo mundo. A Red Bull por outro lado, quer dar o seu grito de independência, mas pode ser que seja cedo demais. Até porque a Ferrari representa o automobilismo vivo da história da F1, e a Red Bull é uma equipe com o nome de uma bebida energética. Convenhamos que se Dietrich Mateschitz, dono da RBR, resolver fazer uma bebida com outra logomarca, pode renomear a equipe, pagar novas taxas, e continuar na F1. Digo isso, é claro, só como exemplo, para afirmar que contra a tradição não existe algo que vença, e a Ferrari está longe, lá na frente nesse quesito. 

 

Só para lembrar que a redução de custos foi uma idéia do ex-presidente da FIA, Max Mosley, que achava que o excesso de gastos acabaria com a F1. Pode ser, mas seu parceiro de várias décadas, Bernie Ecclestone, parece não concordar até hoje. Vale o lema de Ecclestone, de que quanto mais dinheiro melhor...  

                                                          

                                                                   *************** 

 

Morreu o britânico Peter Gethin, vencedor do GP da Itália de 1971. 

 

Gethin ficou com o recorde de vencedor com menor diferença para o 2º colocado em toda a história da F1. 

 

A diferença de Gethin e sua BRM para o 2º colocado Ronnie Peterson e sua March 711 foi de 0.010 segundos (10 milésimos). Menos que um piscar de olhos. Além disso até o 5º colocado na Itália em 1971, Howden Ganley com a outra BRM, a diferença para o líder foi de 0.610. A volta mais rápida de Gethin em Monza 1971, ficou muito tempo como recorde do circuito. Depois vieram as chicanes, e ninguém conseguia bater a volta de Gethin, até Schumacher conquistar novo recorde em 2003. 

 

Quando Senna venceu o GP da Espanha de 1986 em Jerez, com uma diferença de 0.014 sobre Mansell, quase que foi quebrado o recorde. Depois Rubens Barrichello chegou à frente de Schumacher por 0.011 no GP dos EUA de 2002. Bom, mas aí foi porque ficaram naquela de ver quem vencia, e Barrica cruzou a linha na frente.  

 

Peter Gethin tinha 71 anos, e estava com problemas de saúde fazia algum tempo. Gethin foi piloto da BRM, McLaren e da Lola da equipe de Graham Hill. Antes da F1, o piloto de Surrey, Inglaterra, correu na F3 e na Fórmula 5000, onde foi campeão em 1969 e 1970. 

 

Peter Gethin foi o primeiro chefe de equipe de Ayrton Senna na F1, na Toleman em 1984. 

  

 Um abraço, e oremos sempre. 

 

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Last Updated ( Thursday, 08 December 2011 08:23 )