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A Austrália de McLaren, Ferrari e RBR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 21 March 2012 22:42

 

 

Amigos, em uma primeira análise de 3 equipes no GP da Austrália, podemos começar a entender o mundial de F1 2012. 

 

MCLAREN 

Dizer que a McLaren é soberana e absoluta não condiz com a verdade. Agora, dizer que a equipe inglesa poderá dominar o campeonato, isso sim é muito provável. O carro do bico tradicional, projetado pelo chefe de design Neil Oatley, auxiliado pelo aerodinamicista Doug Mckiernan, mostrou uma força invejável em Melbourne. Sinceramente, achei até que Button disparou fácil demais para uma abertura de temporada. Button, pois Hamilton ainda tem alguns percalços. 

 

Lewis fez uma bela pole position no sábado, mas na largada perdeu terreno para o companheiro, e ao final, de cara amarrada, o inglês ainda amargou a perda do 2º lugar para Vettel. O alemão, aliás, que será alvo desta análise mais à frente neste texto. Mas Hamilton está renovado. Seja pela confiança no carro e na equipe, ou pela volta com a noiva Nicole. O caso é que Button ainda leva vantagem em vários aspectos como no consumo dos pneus, por exemplo.  

 

A McLaren está à frente da maioria, e um pouco à frente da RBR. Vettel provou que é um piloto fantástico. Ao final da prova, basta examinar as melhores voltas. A de Vettel foi a melhor dele, com pneus traseiros bem gastos. Vai ser a briga do ano se ninguém se intrometer: McLaren x RBR. 

 

RBR 

O carro projetado pelo sempre genial Adrian Newey, com a classe aerodinâmica de Peter Prodromou, mostrou que tem ainda de onde tirar muita performance. A situação da RBR é clara: desenvolvimento já. O potencial do carro é ótimo, e Vettel (sempre ele...) andou com a "faca entre os dentes", e bateu até Hamilton, chegando em 2º. Não acho que possa valer a pena analisar Mark Webber e seu 4º lugar. Apenas dizer que se Mark chegou em 4º é porque o RBR8 é mesmo promissor. 

 

Existe uma situação que a RBR parece ter resolvido, que é a do KERS. Mesmo assim é um ponto fraco da equipe austríaca. Os treinos de sexta serão fundamentais para as pretensões da Red Bull Racing em termos de evolução. Além disso é aguardado com muita ansiedade por todas as equipes o período de testes que será realizado de 1º até 3 de maio em Mugello, na Itália. Promete muito esse carro da RBR, e poderá sim bater a McLaren  no decorrer da temporada. 

 

FERRARI 

Como sempre, mesmo coma vitória da McLaren e a recuperação da RBR, a situação da equipe vermelha de Maranello foi a mais comentada na Austrália. O carro não é bom, mas menos ruim do que se pensava. Isso em termos de Alonso, que brigou a corrida inteira com Sauber, Williams (Maldonado) e outros. No caso de Massa a situação é péssima. 

 

Tudo bem que a revista italiana AUTOSPRINT é mesmo um reduto ferrarista. Só que o que é publicado por lá acaba virando pressão. E a capa da AUTOSPRINT desta terça-feira, 20 de março, traz a manchete "Il Caso Massa". Não é preciso tradução...O brasileiro está na mira da imprensa especializada da Itália, o que não é pouca coisa. O diretor da revista semanal, Alberto Sabatini, sugere a saída de Massa já, e a vinda de Sergio Pérez que, segundo Sabatini estaria livre para aceitar um contrato desde que a soma agradasse a Sauber também. Sabatini até sugere, se preciso for, a volta ao cockpit de Jarno Trulli no lugar de Massa. Aí, me desculpem, mas é demais. 

 

De qualquer forma, vamos analisar o "caso Massa". Quanto mais o carro fica complicado em termos de falhas no projeto, mais se aprofunda a diferença entre Massa e Alonso. A volta mais veloz de Felipe, que fez uma parada a mais no box, foi 1,6 segundo pior que a melhor volta de Alonso. Já nos treinos Alonso foi 1 segundo mais rápido do que Felipe, só que o espanhol usou apenas a sua primeira tentativa. Alonso rodou, saiu da pista e não voltou mais, enquanto Felipe usou todos os jogos de pneus a sua disposição nos treinos, e mesmo assim não atingiu a volta do espanhol. 

 

Massa ainda reclamou que com pneus médios na classificação o carro andava como no molhado, tamanha a falta de aderência. Aí outro ponto importante do "caso Massa". É justamente o contrário do problema de Felipe no ano passado. Em 2011 ele reclamava que os pneus não aqueciam. Agora os pneus se desgastam demais, principalmente os traseiros. Com pode? E Alonso não tem esse problema, pelo menos não nesse nível. Por favor, sem teorias de conspiração na Ferrari. O que se sabe é o que os números mostram, e eles são totalmente desfavoráveis a Felipe. O toque com Bruno Senna, e o abandono da prova, convenhamos, não ajudou muito Massa a sossegar os "tiffosi" da Ferrari. 

 

Um abraço, e oremos sempre. 

 

Toni Vasconcelos

 

Last Updated ( Wednesday, 21 March 2012 22:57 )