Amigos, ficou claro que a Ferrari evoluiu no GP da Espanha. O que ainda não se sabe é em que ponto o time de Maranello está em relação a RBR e McLaren, e também a Lotus, já que as três (um pouco menos a Lotus) fizeram corridas atípicas em Barcelona. O que se pode tentar entender é como a Ferrari e a McLaren estão gerenciando os seus problemas, ambas se preocupando com as equipes austríaca, francesa, e agora também com a Williams.

Na equipe italiana apareceu pelo menos um pouco do otimismo necessário para grandes mudanças. Montezemolo declarou nesta terça-feira, as vésperas do GP de Mônaco, que o título a favor da Ferrari está nas mãos da própria escuderia. O presidente ferrarista falou isso menos por pura torcida, e mais por notar que só o time vermelho poderá melhorar sem esperar nada de ninguém, pois os outros também evoluem.

A equipe de Alonso e Massa não terá grandes novidades em Mônaco, até porque a pista não favorece muitas invenções e evoluções. Em compensação já vazou a informação de que Maranello lançará um novo pacote de atualizações do carro para o GP do Canadá. Pat Fry, Domenicali e outros, estão se “coçando” para transformar um carro ruim em um carro vencedor. O curioso é que, com tudo isso, Alonso lidera o mundial ao lado de Vettel. Tanto o alemão quanto o espanhol não fizeram alarde, mas brigam por um possível título após 5 etapas.

Na McLaren a situação é diferente. A equipe inglesa enfrenta uma montanha russa de altos e baixos, com extrema irregularidade em termos de desempenho. Tudo bem que se Lewis Hamilton tivesse largado da pole no GP da Espanha a conversa seria outra. Mas até mesmo o erro da McLaren em colocar combustível suficiente para que Lewis não parasse na pista após a pole, faz parte de uma certa confusão da equipe prateada.

Já com relação aos pneus a McLaren está penando. A Pirelli recebeu críticas de quase todas as equipes e pilotos pelos compostos de 2012. Segundo o diretor da empresa italiana, Paul Hembery, os carros também mudaram muito, com desgaste nos pneus traseiros devido a falta de pressão aerodinâmica, o que faz as rodas patinarem. Pode ser, mas nada prova que isso seja fato.

A McLaren, por exemplo, alega que os pneus se comportam de forma não linear, ou seja, demonstram desgastes diferentes nas mesmas situações e compostos. Prova disso é que Button, um mestre no gerenciamento do consumo dos pneus, está “tomando pau” dos compostos da Pirelli. Basta ver o treino e a corrida que fez Jenson na Espanha. Além disso, a equipe inglesa preocupada com a temperatura dos pneus, implantou um novo tipo de carenagem dos freios dianteiros e traseiros, para que, conforme a exigência, a temperatura dos discos possa ajudar na temperatura dos pneus. É estranho, mas já foi usado na Espanha.

Em Mônaco a Pirelli estreará em 2012 o composto super macio. Os pneus médios serão os mais duros no GP do Principado. Algo a ser visto em termos de performance, é que o composto super macio é o mesmo de 2011. É o único tipo de pneus da Pirelli para 2012 que não sofreu alterações relativas a temporada passada. Todas as equipes conhecem o desempenho do pneus super macio, e aí sim Paul Hembery e a Pirelli poderão confirmar se o desgaste está mesmo ligado a configuração aerodinâmica atual dos carros de F1.

No ano passado em Mônaco, Vettel venceu em uma estratégia espetacular de uso dos pneus. A Pirelli esperava que os macios e super macios (levados também em 2011 para o Principado), durassem 45 e 40 voltas respectivamente, dentro dos melhores parâmetros, mas Vettel utilizou os super macios por 62 voltas até a troca! Foi realmente algo devastador, vindo de um carro espetacular que era o RB6.

Vettel largou com os super macios já usados nos treinos, trocou pelos macios novos, e ao final, com uma nova largada após o acidente de Petrov, Sebastian teve os pneus trocados por mais um jogo de super macios. Fiquem certos que nada disso vai acontecer em 2012 com relação aos pneus.

É uma nova F1, com novos pneus e novas possibilidades. Que venha Mônaco!

Um abraço e oremos sempre.

Toni Vasconcelos