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Pós-Mônaco: é campeonato para "jogo triplo"! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 30 May 2012 09:29

 

 

Amigos, o GP de Mônaco não mostrou muito em termos técnicos, pois como todos sabem a pista do Principado não necessita de aerodinâmica refinada, já que o grip (aderência) é mecânico. Além disso os carros que muitas vezes são mais rápidos ficam bloqueados pelos mais lentos durante várias voltas. 

 

O problema de realizar uma tática arriscada em Mônaco foi visto na prova de Sebastian Vettel. O alemão bicampeão mostrou grande controle do consumo dos pneus Pirelli, usando o composto macio de forma racional e lidando com o carro com sutileza. De nada adiantou, já que Sebastian ficou "preso" atrás de Kimi Raikkonen, que após os pits voltou segurando um verdadeiro congestionamento em Mônaco. 

 

Uma questão que parece "choradeira" é a ameaça de Ferrari, McLaren e Mercedes contra a Red Bull. A parte traseira do RB8, imediatamente à frente das rodas, apresenta aberturas no fundo do carro. Segundo o regulamento, qualquer abertura no fundo do carro tem que passar pelo crivo da FIA, e não deve ser possível ver nenhuma parte do carro quando ele é elevado e se olha o chassi por baixo. Acontece que a FIA aprovou o RB8, e Ferrari, McLaren e Mercedes perderam a chance de fazer uma solução igual que, não sei porque, parece invejada pela maioria. Mas é mesmo "choradeira".  

 

De qualquer forma a FIA quer esclarecer de vez o caso. Nos próximos dois dias a entidade promete dar um veredito sobre os "buracos" no fundo do RB8. Não aconteceu nenhum protesto formal das três equipes descontentes, mas antes que um resultado de corrida, notadamente na próxima no Canadá, seja impugnado, a FIA, por decisão própria, resolveu ouvir as equipes envolvidas. 

 

Outra equipe que merece atenção especial é a Mercedes. Schumacher provou que claramente a equipe da estrela de três pontas tinha um carro vencedor, já que o heptacampeão marcou a pole. A punição para Schumacher já era conhecida e Webber herdou o 1º posto no grid, o que não apaga a brilhante performance da Mercedes e de Schumy. Na corrida ficou claro ao final que Rosberg tinha carro para ultrapassar Mark, pelo menos tentar radicalmente, mas se fosse em um circuito misto, não em Mônaco. Webber soube segurar Nico, e ficou com a ponta. 

 

O consumo de pneus ainda mostra várias faces entre as equipes. A Ferrari evoluiu nesse e em outros quesitos. Os "upgrades" de Barcelona estão dando alguns resultados que agradaram ao time vermelho e a Fernando Alonso. Já Felipe Massa para mim está na mesma. Não achei nada demais no desempenho de Felipe em Mônaco, mesmo ouvindo alguns que quiseram passar essa idéia. Nenhum mistério para Felipe nos treinos, já que chegou a andar à frente da Alonso mas largou atrás dele. Passar para o Q3 foi a única coisa que Massa fez de diferente até agora, e na corrida foi o mesmo de sempre.

 

Já a McLaren está meio perdida em desempenhos irregulares. Hamilton parecia ser o mais rápido do final de semana em alguns momentos, para depois ficar pelo caminho graças a uma queda de performance (pneus?) constante. Button então é um pálido retrato daquele piloto que era o verdadeiro "gerente" do consumo dos pneus. Não apareceu em nenhum momento para a prova do Principado, e ficou com um magro 16º lugar. Button declarou: "Eu não cometi nenhum erro, apenas não era rápido. É muito estranho". Não é preciso dizer mais nada. 

 

Só falta destacar negativamente dois pilotos que se apresentaram como as vedetes da temporada: Sergio Pérez e Pastor Maldonado. Os dois, no meu entender, estiveram totalmente perdidos em Monte Carlo. É bom para os criadores de ídolos de plantão observarem que a F1 não é feita de uma corrida única e alguma performance fora de série. A categoria teve vários "cometas" que passaram sem sucesso, mostrando que a regularidade e a experiência é que contam mais. Maldonado então foi o oposto daquele que venceu em Barcelona. Atrapalhado, punido por um toque com Pérez no treino, abandonando logo no começo, enfim, uma peformance para esquecer. 

 

Entre tantas coisas que essa Fórmula 1 2012 apresenta, destaque para 6 vencedores diferentes em 6 provas, por 5 equipe diversas. A verdade é que ninguém sabe o que pode acontecer daqui para frente. Queriam equilíbrio, pois conseguiram. Nem na F Indy ou na NASCAR a coisa está tão imprevisível quanto na F1. 

 

Melhor assim. Ninguém sabe de nada. O futuro a Deus pertence, como diz o ditado. Quem quiser arriscar um palpite para o GP do Canadá fique a vontade, mas se fosse na Loteria Esportiva era para marcar triplo... 

 

Um abraço, e oremos sempre. 

 

Toni Vasconcelos

 

 

Last Updated ( Wednesday, 30 May 2012 09:37 )