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Oh Canadá! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 13 June 2012 18:39

 

 

Amigos, a letra do hino do Canadá diz: "Oh Canada, our home and native land" ( "Oh Canadá, nosso lar e terra natal"). Parece que Lewis Hamilton está apto a cantar essa frase, já que venceu pela primeira vez em Montreal em 2007 (primeira da carreira), e ganhou em 2012 de forma incontestável. Agora com a liderança de Lewis no campeonato, parece que algum favoritismo vai aparecer. 

 

Após 7 provas e 7 vencedores não se pode dizer que alguém leva vantagem. Só que quando o caso é com a McLaren, que ressurge após 6 corridas, a situação é diferente. O time de Martin Whitmarsh é incansável quando o assunto é pontuação. A McLaren mexeu no carro sem muito sucesso nos testes de Barcelona, e não trouxe nada de mais significativo. Parecia que com a fase de Button, que não se encontrou após a vitória na abertura na Austrália, e Hamilton, gerenciando mal as táticas de corrida, que seria um momento delicado para o time inglês. Basta dizer que Lewis até esse GP do Canadá tinha liderado apenas 14 voltas, somadas todas as corridas até agora. 

 

A vitória de Hamilton veio para, pelo menos no momento, desmentir que a McLaren estava atrás de Ferrari, RBR e as vezes até da Lotus. Tudo bem que foi uma corrida tática, mas sem dúvida que complexa, e vencida por quem leu as entrelinhas da prova. Em Montreal a saída dos pits é rápida, e a entrada mais ainda. A aposta da equipe de Hamilton/Button foi de que duas paradas valeriam mais do que uma, desde que na pista o carro apresentasse um desempenho forte. E foi o que aconteceu, pelo menos com Hamilton. Sebastian Vettel e sua RBR conseguiram mostrar força na classificação, mas perderam muito na corrida. Não que a RBR estivesse mais fraca que a McLaren, ou consumindo mais pneus, mas sim porque a equipe austríaca utilizou a mesma tática da Ferrari, de um único pit. Essa tática foi modificada durante a corrida, coisa que a Ferrari não fez. Quando Vettel parou a segunda vez ele estava a 3 segundos de Alonso. Ao final o alemão chegou à frente do espanhol com uma diferença de 6,2 segundos. Ao menos essa posição seria da Ferrari se Alonso também tivesse parado. 

 

O erro ferrarista, que a revista italiana AUTOSPRINT chamou de "Suícidio Vermelho", foi capital para a vitória da McLaren. A Ferrari apostando na vitória perdeu um pódio certo. Tudo bem que era um risco, mas em um campeonato equilibradíssimo, a falta de um terceiro lugar que seja, pode custar o título. Alonso disse algo que resume bem o que foi a tática de pneus: "Vimos Grosjean fazer 50 voltas com um jogo de macios. Depende de tantas coisas, como o acerto aerodinâmico, o modo de guiar, as características do carro. Depende do fato de escolher forçar ou não no começo, por que se o fizer, os pneus vão embora. No primeiro "stint" Vettel sofreu mais (depois parou de novo), no segundo foi Hamilton, e no terceiro (terceira parte da prova) nós (Ferrari)". 

 

Clara a explicação de Alonso. Não era impossível que se andasse muitas voltas com um único jogo de pneus macios, mas a Ferrari não conseguiu, e nem a Red Bull ou mesmo a McLaren, que ao contrário de Lotus e Sauber, parou duas vezes. O erro da Ferrari foi mesmo não prever e executar uma nova parada, que daria o pódio a Alonso. Dizer que a F 2012 não é "gentil" com os pneus, como se vem falando na Itália, não resolve. Todos sabiam que o monoposto da "Rossa" não é dos que consomem pouca borracha. O caso dos pneus é tão dinâmico que até o mestre Button vem se dando mal na McLaren, que dirá Felipe "problema de pneus" Massa, ou um Alonso aguerrido que queimou a borracha já na volta 50. 

 

Vamos analisar as diferenças tiradas sobre Alonso da volta 50 (pit de Hamilton) em diante, até o final na volta 70: 

 

Hamilton recuperou 26.024 segundos em relação a Alonso

Grosjean - 27.430 s

Pérez - 35.147 s

Rosberg - 25.015 s 

 

Da volta 52 em diante: 

Webber - 27.714 s 

 

Da volta 58 em diante: 

Massa - 30.853 s 

 

Da volta 63 em diante: 

Vettel - 27.211 s 

 

Isto posto, fica clara a soberba da Ferrari. Sim, soberba, pois se a equipe de Maranello atinasse, ou aceitasse, que nem ela e nem as demais tem carro para encarar uma vitória de uma parada (quase que a Lotus conseguiu...), pararia, trocaria os pneus no carro de Alonso (como fez com Massa), e teria agora a liderança do campeonato de pilotos. Humildade fez falta para a Ferrari em Montreal. 

 

Um abraço e oremos sempre, 

 

Toni Vasconcelos

 

Last Updated ( Wednesday, 13 June 2012 18:47 )