E aê Galera... agora é comigo!

Neste final de semana em que tive que trabalhar mesmo no sábado ficou restrito a disputa de uma categoria: a Porsche Cup Gourmet, diretamente do esburacado Centro de Eventos Aleatórios de Interlagos.

Esta foi a terceira etapa Sprint e a última antes da viagem dos pobrinhos para a Guiana Brasileira, outrora conhecido como Portugal, para corridas Sprint e de Endurance.

Com a minha Editora, Chica da Silva, Rainha da Bahia, do outro lado do mundo em um evento na China, pedi para o Capitão publicar a coluna por razões obvias, visto que naquela vila tem gente que não aprecia o meu trabalho. Ele tirou o navio fora e a Chica teve que se virar.

No sábado (assim como no domingo) tivemos as duas primeiras corridas (três se contarmos a corrida da “escolinha de pilotos para pobrinhos”, a classe Trophy). O que mais gostei ao me ligar no youtube para assistir a transmissão foi ver o meu camarada e melhor narrador de automobilismo do Brasil, o Sinestro e seu volumoso comentarista, o Prosdócimo, maior mala sem alça e sem rodinhas do mercado, usando a camisa da categoria e não o blazer cafona da bandlixo (vai ser chamada assim por ter dispensado o sinistro e ficado com o narrador fake). Inclusive, o uso das camisas da Porsche foi um pedido meu ao Sinestro (Estou com moral! HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA).

A primeira corrida foi a da Carrera Cup, que tinha na pole position Marcos Regadas e ao seu lado estava Marçal Muller (será que ele mandou blindar o pneu traseiro direito pra esse final de semana?) pra puxarem os 33 pilotos no grid. Volta de apresentação e eles entraram na reta lado a lado para o Massaranduba, o diretor de prova, dar a largada. Marçal Muller atacou por fora no ‘S’ da Sadia pra tomar a ponta Marcos Regadas por pouco não perdeu a 2ª posição pra Miguel Mapludo, que acabou ultrapassado por Thiago Vivacqua na reta oposta (e passaram todos ilesos pelo ‘S’ da Sadia). Os três primeiros abriram vantagem para o 4° colocado no final da 1ª volta, que já era de Matheus Comparatto, que passou Miguel Paludo. A Moleca Sensação era a P12. Marçal Muller ia abrindo na liderança enquanto Matheus Comparatto ia se aproximando de Thiago Vivacqua pra brigar pela P3. A corrida estava no marasmo quando sem razão aparente Marçal Muller perdeu rendimento. Tomou do Marcos Regadas na subida pro Café, tomou de Thiago Vivacqua na reta oposta, na volta seguinte tomou de Matheus Comparatto e Miguel Paludo e, depois da corrida, vai procurar uma benzedeira. Informação da Magrela Gasguita nos boxes apontava que era um problema de pressão de combustível. A melhor briga ia da P8 à P14. Começou a cair uma garoa pra dar uma ensaboada na pista no terço final de corrida. Lá na frente Marcos Regadas controlava os moleques – Vivacqua e Comparatto – e foi pra primeira vitória, deixando Thiago Vivacqua em 2° e Matheus Comparatto em 3°.

Os pilotos ainda estavam recebendo troféus (não faltam troféus pros pobrinhos) quando os pilotos da GT3 Challenge foram pra pista. Na pole position estava Lucas Locatelli com Caio Chaves a seu lado para puxar o grid com 22 carros no grid, com três ficando de fora por acidentes na tomada de tempo. Os pilotos estavam com pneus slick, mas como a pista estava úmida o Massaranduba determinou largada nutella em fila indiana. Mesmo assim, Lucas Locatelli foi atacado por Caio Chaves na freada pro ‘S’ da Sadia e perdeu a posição, tomando também por fora de Gerson Campos que assumiu a P2. Leonardo Herrmann foi pra cima tentando ganhar a 3ª posição enquanto Lucas Locatelli via os dois à sua frente abrir vantagem. Na freada no final da Reta Leonardo Herrmann ganhou a P3 e na reta oposta, Sadak Leite ganhou a P4. Gerson Campos foi pra cima, atacou Caio Chaves, fez o ‘S’ da Sadia por fora na primeira perna e tomou a ponta. Caio Chaves tentou o troco na curva do sol, mas ficou na vontade. Com a disputa Leonardo Herrmann se aproximou dos dois. Caio Chaves errou no final da reta oposta e entregou a P2 pra Leonardo Herrmann. Claudio Simão bateu sozinho na descida do ‘S’ da Sadia e o Massaranduba teve que botar pra fora o Safety Car. Matheus Roque vai ter que pagar um ‘Drive Thru’ sem milk-shake por queima de largada. Na relargada, Gerson Campos mandou bem e abriu vantagem, Os 4 primeiros mantiveram posição enquanto o piloto ‘plim-plim’ plimplou a P5 de Lucas Locatelli. Caio Chaves foi superado por Sadak Leite no final da reta oposta e foi plimplado pelo piloto ‘plim-plim’ no mergulho. Gerson Campos virava mais rápido e ia abrindo devagar sobre Leonardo Herrmann, que não abria de Sadak Leite, que puxava a briga atrás dele. Sadak Leite deu um mergulho Kamikase no ‘S’ da Sadia e quase foi fazer a curva na área de escape, por pouco não sendo plimplado pelo piloto ‘plim-plim’. Isso espalhou um pouco a briga a 3 voltas do final. Gerson Campos venceu sobrando. Sadak Leite buscou a diferença, mas não conseguiu tomar a P2 de Leonardo Herrmann e ficou na P3.

No domingo – com arquibancadas cobertas cheias – os pilotos voltaram pra pista, e na primeira corrida, da Carrera Cup, a inversão nutella com sorteio trocou a posição dos 8 primeiros e com isso a pole position ficou para Lineu Pires, com Lucas Salles a seu lado para puxarem os 33 carros do grid. Depois da volta de apresentação os pilotos vieram lado a lada para a reta dos boxes e com todos arrumados o Massaranduba, o diretor de prova, deu a largada. Lucas Salles atacou por fora pra cima de Lineu Pires e mais por fora ainda veio Marcelo Regadas pra fazer um 3-wide na entrada do ‘S’ da Sadia que teve gente rodando no meio do pelotão, área de escape virou pista e valeu “quase tudo”. Lineu Pires conseguiu se segurar na ponta, seguido de Lucas Salles e de Marcos Regadas, que ganhou a P2 na reta oposta, mas levou o troco na saída do laranjinha. Na volta seguinte Lucas Salles atacou no final da reta oposta, mas acabou tomando o X de Lineu Pires, que abusou, balançou e com isso perdeu não só a ponta mas também a P2 para Marcos Regadas e levou também de Miguel Paludo e Thiago Vivacqua. Christian Hahn passou na volta seguinte. Os 4 primeiros abriram vantagem. E abrindo a volta 4 Thiago Vivacqua tomou a P3 de Miguel Paludo. A briga pela P3 foi dando chance para Christian Hahn começar a se aproximar da briga pela P3. Pra falar dela, a Moleca Sensação vinha na P8 e foi subindo, indo pra P7 na volta 5. Thiago Vivacqua ganhou a P2 na reta dos boxes, mas foi surpreendido por Marcos Regadas que usou o push nutella na reta oposta, só que faltou braço pra fazer o laranjinha e tomou o troco. A briga pela ponta juntou os 6 primeiros, com Christian Hahn e Matheus Comparatto juntando o pelotão. Thiago Vivacqua aproveitou uma espalhada de Lucas Salles na saída do ‘S’ da Sadia e tomou a ponta. O erro de Lucas Salles embolou todo mundo e quem foi mais esperto ganhou posições como Christian Hahn e Matheus Comparatto. Quando chegaram no pinheirinho Thiago Viváqua era o líder com Lucas Salles em 2°. No final da reta dos boxes tinha tudo pra dar problema (o advérbio não era bem esse...) e deu! Marcos Regadas deu na traseira de Matheus Comparatto, que rodou. Christian Hahn pra evitar a batida foi pela área de escape. A Moleca Sensação deu o bote pra cima do agroracer Alceu Feldmann, mas levou o troco no laranjinha. Com Matheus Comparatto parado da área de escape do ‘S’ da Sadia obrigou o Massaranduba a botar pra fora o Safety Car. Thiago Vivácqua era o líder, seguido de Lucas Salles, Miguel Paludo, Christian Hahn e Alceu Feldmann. Relargada rápida e Alceu Feldmann fez um mergulho Kamikase no ‘S’ da Sadia e quase pegou a P3, ficando na P4. Christian Hahn foi pela área de escape e caiu pra 6°, apertado pela Moleca Sensação que passou no final da reta oposta. Miguel Paludo era o P3. Marçal Muller veio voando e era o P8. Marcos Regadas tomou um ‘Drive Thru’ sem direito a milk-shake pelo toque que tirou Matheus Comparatto da corrida. Miguel Paludo foi pro ataque sobre Lucas Salles. A Moleca Sensação tomava pressão de Christian Hahn e Marçal Muller. Hahn tentou por fora no ‘S’ da Sadia e acabou indo – pela 3ª vez – fazer a curva do presuntinho pela área de escape. A Moleca Sensação tomou uma punição de 20s por uso do push nutella na hora errada e estragando (o verbo não era bem esse...) sua corrida. Eduardo Menossi foi aparar grama e obrigou novamente o Massaranduba a botar pra fora o Safety Car. A relargada veio para 2 voltas de tudo ou nada e Thiago Vivacqua mandou bem na relargada, seguido de Lucas Salles e Miguel Paludo. Miguel Mariotti tomou de Marco Billi, quebrou a suspensão. A Moleca Sensação tomou de Christian Hahn e de Marçal Muller. Tentando recuperar na última volta ela e Marçal Muller se enroscaram e foram parar na barreira de pneus. Lucas Salles e Miguel Paludo brigaram pela P2, mas Salles segurou a posição. Thiago Vivacqua venceu a segunda do ano, seguido de Lucas Salles e Miguel Paludo. No final da corrida tivemos uma lista de punição enorme, mas que não mudou os 3 primeiros.

Enquanto eram entregues os troféus para o pobrinhos os carros da GT3 Challenge foram para a pista. A inversão nutella de 6 posições no grid sorteado deixou a pole com Lucas Locatelli e ao seu lado tinha Caio Chaves (coincidentemente os dois primeiros do sábado, mas que perderam posições na corrida do sábado) pra puxarem os 22 carros no grid. Feita a volta de apresentação eles vieram para reta dos boxes e o Massaranduba deu a largada! O pole vacilou novamente e o piloto ‘plim-plim’ armou a “pliplada” por dentro, mas não levou o seu xará, o Chaves, que foi mais astuto e por fora entrou na frente no ‘S’ da Sadia. Sadak Leite foi esperto e assumiu a P3 deixando Lucas Locatelli em 4°. Os xarás abriram e o piloto ‘plim-plim’ “plimplou” o xará no final da reta oposta pra assumir a liderança. Gerson Campos que se enrolou na largada livrou-se dos enroscos e assumiu a P5. Deram uma na traseira da Norinha na entrada pro pinheirinho e ela viu tudo ao contrário, caindo pra última posição.  Melhor disputa estava no meio do pelotão com os pobrinhos batendo carenagem enquanto Caio Chaves ia pro ataque sobre o piloto ‘plim-plim’. A disputa pela P3 tinha Sadak Leite, Lucas Locatelli e Gerson Campos. O piloto ‘plim-plim’ vinha na defensiva e com isso a briga pela P3 foi chegando nos dois da frente. Lucas Locatelli foi pro ataque sobre Sadak Leite que precisou segurar o trem do pelotão. Caio Chaves armou o ataque e deu uma plimplada de leve no piloto ‘plim-plim’ no pinheirinho e assumiu a ponta. Lucas Locatelli passou Sadak Leite e assumiu a P3. O piloto ‘plim-plim’ errou no ‘S’ da Sadia e perdeu a P2 para Lucas Locatelli. No final da reta oposta o pneu traseiro esquerdo decidiu tomar um rumo próprio e a corrida do ‘plim-plim’ acabou! Com o pneu passeando livremente e indo pra pista, o Massaranduba botou pra fora o Safety Car. Sadak Leite assumiu a P3< Gerson Campos a P4 e José Moura Neto era o P5. A relargada veio para duas voltas de tudo ou nada e Caio Chaves manteve a ponta e os 5 primeiros se mantiveram. Caio Chaves controlou Lucas Locatelli e levou a vitória, Lucas Locatelli ficou em 2° e Sadak Leite em 3°. Corrida dos pobrinhos agora, só na Guiana Brasileira!

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Nada como estragar algo e a Porsche Cup Gourmet, que sempre teve ultrapassagens reais e corridas sem artifícios introduziu para essa etapa no Centro de Eventos Aleatórios de Interlagos o seu “push nutella”, que deu aos pilotos 12 acionamentos (visível para o público pelos faróis piscando. Com 25/30 cv por 20 segundos, com um intervalo de 1 minuto e 40 segundos entre os acionamentos) aos pilotos da Carrera Cup.

- Falando em “coisas estragadas” Matuzaleme participou de uma entrevista e disse que a Fórmula 1 deve voltar para os canais globêsticos (a 2ª vogal não era bem essa...). Segundo o octogenário comentarista, a Liberty Media não tinha onde transmitir a Fórmula 1 para o Brasil e aceitou fechar com a Band por um valor mais baixo que o normal, mas que agora vai querer o contrato ajustado porque “precisa de dinheiro” (o faturamento em 2024 atingiu 3,65 bilhões de dólares e a receita líquida superou 1,17 bilhão no último trimestre. Fizeram a conta do lucro?). Espero que a Liberty Media seja alertada do que seria negativo para a Fórmula 1 retornar aos canais globêsticos (a 2ª vogal não era bem essa...), que tratavam a categoria como “subproduto” no leque de atrações esportivas, ao contrário do que faz a Band (que merecem um narrador à altura e um comentarista com cognição de raciocínio).

- E sobre a bandlixo (que vou usar sempre que puder por ter mantido o narrador fake e dispensado o melhor narrador de automobilismo do Brasil, meu camarada, o Sinestro), olhem essa: na semana que vem teremos Fórmula 1 e Stock Camburão Racing no mesmo final de semana. A curiosidade sobre como será distribuída a escala de narração deve estar passando pela cabeça dos mais antenados. Será que o “fominha” do narrador fake vai pedir pra fazer tudo? Vão escalar o Terrível como fizeram com a usurpadora (com uma narração beirando o risível e o desastre)? Vão colocar o cara que narra na posição daquele que perdeu a guerra, que não sabe nome de piloto algum de categoria alguma? Vão por o Rolha de Poço, que não sabe o que é “halo” e chama o equipamento de “hero” quando narra a Fórmula Black&Decker? Veremos.

- O Aiatolá Komekibe continua no epicentro das brigas de bastidores tumultuando o ambiente da FIA. Robert Reid, vice-presidente de esportes da FIA, renunciou e criticou duramente o presidente da entidade em sua carta de demissão. Reid, ex-navegador de Richard Burns, campeão mundial de rally de 2001, estava ao lado do mandatário, mas optou por renunciar por discordar das posições do Aiatolá após assumir o cargo. Várias figuras importantes deixaram a federação, incluindo a CEO Natalie Robyn, enquanto Niels Wittich, ex-diretor de prova da Fórmula 1, foi removido repentinamente pouco antes do GP de Las Vegas de 2024. David Richards, presidente do Motorsport UK, escrever uma carta aberta acusando o Aiatolá Komekibe de “tomada de poder” depois que a FIA o proibiu de participar de uma reunião do Conselho Mundial de Automobilismo devido à sua recusa em assinar um novo acordo de confidencialidade. Com os pilotos, o clima também está pesado e cada vez mais pesado. Woody Toy Story, presidente da GPDA, britanicamente fez suas colocações, mas não levou a briga adiante. Quem tem feito isso é o Fugitivo da FEBEM, que tem sido curto, seco e as vezes ríspido nas entrevistas obrigatórias. O Aiatolá declarou que a forma como ele dirige a FIA não é da conta deles. Como sonhar é grátis, seria fantástico (o superlativo não era bem esse...) se os pilotos fizessem uma greve como a de 1982.

- A Stock Camburão Racing (ou Fórmula Camburão, se preferirem) está enrolada (o advérbio não era bem esse...) saiu a divulgação da programação que será feita no Centro de Eventos Aleatórios de Interlagos no final de semana do feriadão. Ninguém assume (que surpresa), mas minhas fontes infiltradas confirmaram que faltaram peças para a montagem dos carros especialmente para reposição. Com isso não vamos ter duas corridas (o modelo de corrida de 30 minutos no sábado e 50 minutos no domingo não vai ser realizado), apenas a corrida do domingo, com 50 minutos. E isso tudo mesmo com o adiamento do início do calendário pra maio...

- Para quem não sabe porque eu fiquei longe do site, tive negado meu projeto onde escrevi uma série (em 6 episódios), sobre a verdadeira história do maior piloto de todos os tempos. Criei um Blog para isso e quem quiser ler a saga do maior astro das pistas é só clicar aqui.

Felicidades e velocidade, 

Paulo Alencar

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.