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Rubinho e a sua imagem PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 24 October 2012 00:17

 

Olá fãs do automobilismo,

 

Foi com muita expectativa – e alguma apreensão – que vivenciei esta primeira corrida do Rubinho Barrichello na Stock Car.

 

Por mais que qualquer profissional venha afirmar que a relação com o paciente é uma relação profissional e que não pode e não acontece nenhum tipo de envolvimento sentimental, seja qual for a esfera, lamento contradizer estes que assim se colocam, mas é humanamente impossível que um vínculo, seja ele qual for, não venha a se estabelecer.

 

Rubens Barrichello é uma daquelas pessoas que se costuma chamar de carismática. Aonde quer que chegue, ele é visto sempre – ou quase sempre – com um sorriso no rosto e um brilho quase juvenil no olhar. Se este meio for então, o seu “habitat natural” – uma pista de corrida – este sorriso e este brilho nos olhos se potencializam.

 

Outra característica marcante da personalidade de Rubens Barrichello é a humildade. Ele, ao contrário do que por vezes se vê em algumas personalidades do esporte, está sempre aberto a ouvir uma opinião. Mais ainda, aberto a pedir uma opinião!

 

 

Em momento algum, segundo o testemunho de quem esteve no autódromo, Rubinho não sorriu. 

 

Foi isso que se viu na segunda-feira que antecedeu a corrida de Curitiba, Rubinho foi ter o primeiro contato como o carro em uma pista homologada pela Confederação Brasileira de Automobilismo pela equipe Medley-... no autódromo, além dos integrantes da equipe estava o piloto da categoria, Thiago Camillo, que corre para RCM, a Rosinei Campos Motorsport, uma equipe rival!

 

A cada parada nos boxes, Thiago Camillo sentava ao lado de Rubens Barrichello e, enquanto Rubinho passava as suas impressões de como estava sentindo o carro nos diversos pontos da pista, Thiago passava seus anos de experiência na categoria, apontando os melhores pontos de freada, retomada, contorno, tangência, ataque das curvas, especialmente no miolo. Além de estar num carro que nunca pilotou, a última vez que Rubinho correu em Curitiba havia sido em 1989!

 

 

Thiago Camillo, que certamente viu em Rubinho uma inspiração nos seus tempos de kart, foi ao autódromo dar umas dicas. 

 

Se em sua coluna, duas semanas atrás, meu querido chefinho, Fernando Paiva, observou os riscos de uma exposição excessiva, e potencialmente negativa, com uma, digamos, entrada prematura na categoria, certamente ele não esperava ou projetava o que se viu durante o final de semana.

 

No sábado, após o treino classificatório, onde Rubinho terminou com o 15º tempo, foi feita uma “visitação extra” aos boxes da categoria, segundo o relato do meu outro chefinho, o Flavio. Uma multidão de crianças postou-se diante dos boxes da equipe e aos gritos de “Rubinho, Rubinho” levaram o piloto a sair do escritório e dirigir-se à frente do Box. A barreira de isolamento não conteve – nem as crianças nem os adultos que lá estavam.

 

 

No sábado, Rubinho fez a alegria de adultos e crianças, além de tietar o campeão paralímpico Eliseu dos Santos.

 

Com um enorme sorriso no rosto Rubinho distribuiu bonés, deu autógrafos, tirou fotos... só faltou dar a famosa e descoordenada ‘sambadinha’. Durante a visita, foi apresentado ao campeão paralímpico paranaense, Eliseu dos Santos. fez questão de segurar a medalha nas mãos.

 

No domingo, depois de uma hora a menos por conta do horário de verão, Rubinho arrastou uma multidão ao autódromo. Digo Rubinho porque as fotos não deixam dúvida. Olhem a arquibancada nas duas fotos, tiradas na mesma hora nas etapas de abril e outubro deste ano. Uma sem e a outra com Rubinho.

 

 

Nas fotos acima, o "Efeito Rubinho". A primeira, na etapa de abril. a segunda, na etapa de outubro. ambas tiradas às 09:15 Hs.

 

Na corrida ele sofreu com os rigores da categoria, tomando toques por todos os lados, mesmo assim, depois de passado o sufoco da primeira volta, ele até veio andando bem, quando teve um pneu furado, o que comprometeu sua prova. Certamente os organizadores apostavam num resultado melhor para o estreante famoso... e é neste aspecto que o risco aumenta.

 

Após o pódio, Rubinho foi, junto com os três primeiros colocados, dar uma volta em uma pickup, diante das arquibancadas. Sinceramente, não lembro disto ter sido feito em outras corridas,mesmo porque, não passa na televisão. Em todo caso, está certo que ele foi a grande estrela do dia, mas é preciso se ter o cuidado para não se transformar de celebridade à “arroz de festa”.

 

 

Rubinho e o público em Curitiba. Uma relação de amor... mas as coisas do coração precisam ser bem cuidadas para durarem. 

 

Sua carreira nos Estados Unidos e na Fórmula Indy está apenas começando (apesar de que para continuar, vai ser preciso encontrar patrocinadores). Esta “pré-estreia” na Stock Car já deu para você ver o quanto você é capaz de atrair público, mas não dá pra viver de festa. Sem resultados, todo aquele ambiente de desrespeito à sua pessoa e à sua história de vencedor nas pistas.

 

Beijos do meu divã,

 

Catarina Soares

 

p.s. Chefinho, obrigada pelas fotos. Um muito obrigado e um beijo do meu divã também para o fotógrafo Rodrigo Cardoso, que registrou o encontro do Rubinho com o Eliseu.