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A crise mundial do Gran Turismo PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 12 November 2012 19:17

 

 

Caros amigos, o mundo do automobilismo, muitas vezes retratado como glamuroso, nem sempre (ou seria melhor dizer quase nunca?) sua verdadeira face. Contudo, por vezes certas coisas tornam-se tão evidentes que não tem como serem escondidas: o ‘universo do Gran Turismo’ está em crise... ou em guerra!

 

O campeonato FIA GT, com carros GT1 e GT2 “foi pra caixa de brita” em 2012. A temporada teve o grid minguando etapa a etapa e, no final, tinha apenas 12 carros no grid, uma evasão de pilotos – pior – patrocinadores. Do calendário elaborado pela SRO, organizadora do FIA GT, diversas provas foram canceladas. A primeira foi a de Yeongnam, aquele que dá sono na F1, circuito da Coreia do Sul. Depois vieram as duas provas na China, marcadas para Ordos e Pequim e, por fim, a corrida da Argentina. O campeonato deste ano foi – na prática – um europeu!

 

Os campeonatos de Gran Turismo, seja em que nível for (GT1, GT2, GT3 ou GT4), tem na equalização dos carros uma complicadíssima equação (Todos são modelos de alta performance, sonhos de consumo de todo apaixonado por carro. Quem não gostaria de ter uma Ferrari, uma Lamborgini, uma Mercedes “asa de gaivota”, um Aston Martin ou qualquer uma dessas supermáquinas na garagem?), mas isto tem sido bem feito... mas não evitou o fiasco da temporada.

 

Por mais que as pessoas desejem ter um carrão destes, para que haja uma conectividade com o público de corridas é necessário “algo mais”. Bernie Ecclestone levou a F1 para o Oriente Médio e a Ásia, contudo, todos esses centros “emergentes” deram a resposta de público que a F1 poderia esperar. Se nem ela conseguiu, imagine o amigo leitor as outras...

 

Faltou aquela “química” que lota Interlagos em Novembro, Monza em Setembro, Silverstone em Julho. Se formos sair da F1, basta ver o que acontece com as provas da NASCAR nos Estados Unidos, com o TC 2000 na Argentina, ou DTM na Alemanha.

 

O problema é que o sonho não tem se traduzido em retorno para quem coloca os carros na pista. A equação é simples: Montar uma equipe de competição de alto nível requer dinheiro e este ninguém coloca do próprio bolso: procura patrocinadores. Estes, por sua vez, querem exposição de suas marcas em todos os tipos possíveis de mídia para ter retorno. Se o retorno não é o esperado ou simplesmente não vem, o investidor vai investir em outro lugar e a equipe não tem como se sustentar. Arquibancada vazia é ruim para o patrocinador!

 

A FIA, na gestão de Jean Todt, tem procurado fortalecer os demais campeonatos, lembrando que ela tem que cuidar de todos e não apenas da F1. Assim, o Mundial de Endurance, o WTCC, o Mundial de Rally e o FIA GT receberam a atenção que não tinham nos tempos do Max Mosley.

 

Vendo a vaca indo para o brejo, Stéphane Ratel propôs a Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automoblismo), uma espécie de integração entre o GT1, o GT Sprint Series e a Blancpain Endurance Series.  O plano é integrar o GT Sprint Series e a Blancpain Endurance Series para que as equipes possam usar carros GT3. Os calendários dos dois campeonatos foram divulgados, mas, no mínimo, o espaço é de apenas duas semanas entre cada provas, o que viabilizaria a integração. A FIA demorou a definir qual caminho iria tomar, e vai apoiar a ideia de Ratel, que vai deixar o cargo ao final do ano.

 

O nome do novo campeonato será “FIA GT World Series”. Vai ser um pouco diferente de antes, mas é um bom negócio. Segundo Ratel, “é preciso passar por todos os procedimentos, de homologação. O que falta no momento é que precisamos de uma corrida em um terceiro continente. Algumas equipes são contra, mas eu pergunto: ‘Você quer um título mundial’?”

 

Só que, está havendo um conflito de interesses comerciais com o ‘Automóbile Club D’Ouest’, organizador das 24 horas de Le Mans e do Mundial de Endurance.

 

O campeonato tem carros de Gran Turismo que corriam, até este ano, em duas categorias: a GT PRO e a GT AM. O plano para 2013 seria fundir estas categorias e formar uma competição de Gran Turismo mais forte (em Fuji, havia apenas três carros da GT PRO no grid). Só que isso vai de encontro aos planos da SRO e a disputa já chegou à sede da FIA.

 

E agora? O que fará Jean Todt para conciliar todos interesses?

 

Enquanto isso, no balcão do cafezinho...

 

Eu vou parar de assistir as corridas do Nelsinho Piquet na Truck Series. Todas as vezes que não assisto, ele se dá bem. Não vi nenhuma das suas vitórias e mesmo suas outras provas no top 5. Quando assisto, sempre dá problema! É impressionante. Desta vez ele ainda conseguiu um 8º lugar, apesar do meu pé frio.

 

Ainda nos EUA... o que foi aquilo ontem (domingo) na pista – e depois nos boxes – ? MMA na NASCAR! Foi um final de semana quente. Na sexta, o estreante mexicano quase apanhou dentro do carro depois de provocar um acidente... mas este foi acidente. O que Jeff Gordon e Clint Boyer protagonizaram ontem foi uma vergonha (Mas foi divertido. Ri muito, confesso). Só não entendi porque não deram bandeira amarela no acidente da Danica Patrick na penúltima volta. O resultado foi um “big one” na teta de chegada, com 8 carros batidos, fogo e destruição. Parecia as barbeiragens do Randy Bernard.

 

Falando nele, o diretor-executivo da Indy e que estava há três anos à frente da categoria, agora é EX diretor. De maneira interina, Jeff Belskus, presidente e diretor-executivo do Indianapolis Motor Sport Corporation, assumirá a função que era do polêmico Bernard, que era bastante contestado entre as equipes (Impossível esquecer aquela cena do Will Power fazendo ‘gestos delicadamente singelos’ para ele depois daquela largada com pista úmida e do Helinho querendo ir até ele tirar satisfações em outra feita), mas ele só “caiu em desgraça” mesmo depois do acidente que tirou a vida de Dan Weldon.

 

Jeff Belskus, presidente e diretor-executivo do Indianapolis Motor Speedway Corporation assumiu – interinamente – o cargo que era de Randy Bernard de maneira interina e garantiu que a Indy não está à venda, em recado endereçado a Tony George (que recentemente deixou o quadro de diretores da categoria), que ofereceu 60 milhões de dólares pelo controle da mesma.

 

Bernard vai ter, nos dois anos que ainda restam de seu contrato, um cargo de consultor da categoria. Polêmicas quanto ao regulamento, a queda de público, tanto na audiência televisiva quanto nas arquibancadas, a adoção de um novo pacote técnico e aerodinâmico a partir desta temporada. Foram marcas da passagem de Bernard. Para 2013, Bernard propôs que algumas corridas do campeonato tivessem largada 'parada', como acontece na F1.

 

E aqui no Brasil, a Fórmula Truck conheceu, de forma antecipada, seu novo campeão. Leandro Totti, “O Marvado”, venceu de forma espetacular aquela que deve ter sido a mais emocionante corrida da história da F.Truck.

 

Depois de optar por largar dos boxes para evitar confusões na complicada chicane do final da reta curitibana e ter dado uma saída de pista quando corria atrás do pelotão, Totti teve o benefício de duas bandeiras amarelas, além da que consta no regulamento, para se aproximar de quem estava à frente e, passando um a um, protagonizou nos últimos 15 minutos de prova,uma super disputa com Roberval Andrade e Felipe Giaffone. Houve momento dos 3 caminhões estarem praticamente lado a lado na reta, para delírio do público. Parabéns Totti!

 

Quem esteve em Curitiba e viu tudo isso de perto foi o ex piloto de F1, Alex Caffi. Ele, que está correndo de Rally e que disputará o “DE CÁ” em 2013, tem um projeto de entrar na categoria para 2013 e, hoje (segunda) foi para pista, ter o primeiro contato com os caminhões. Inicialmente programado para andar num caminhão da IVECO (italiana), teve que andar num Mercedes (o 99, de Luiz Lopes) por conta das avarias dos dois caminhões da marca italiana. E o Caffi mandou bem: marcou a melhor volta em 1. 41,7, meio segundo acima do tempo do piloto titular do caminhão... sendo que este foi apenas seu primeiro contato com a categoria!

 

Um abraço e até  próxima,

 

Fernando Paiva