Jules Bianchi foi o grande vencedor do Desafio Internacional das Estrelas disputado no kartódromo internacional do parque Beto Carrero. Se fôssemos fazer um parâmetro entre a disputa das feras nas pistas com as belas – e como há belas em terras catarinenses – e como nos concursos de miss elegêssemos um “campeão de simpatia”, o amazonense Antônio Pizzonia venceria disparado!

Com o público muito perto dos pilotos, é lógico que teria que haver algum controle para permitir que pilotos e mecânicos trabalhassem. Contudo, alguns pilotos deixaram as suas áreas de trabalho e descanso privativas para ‘interagir’ com o público que gritava seu nome. Não apenas brasileiros, mas também estrangeiros foram até a grade na arquibancada e também  no portão de acesso para tirar fotos, dar autógrafos, conversar com os fãs. Mas ninguém fez o que o ‘Jungle Boy’ fez!

Na manhã do domingo, antes da corrida, um grupo de torcedores – dele – apareceu fantasiado, com faixa, chapéus e fazendo o maior barulho na frente do portão, vindos de Laguna, há mais de 200 Km de Penha. Era impossível não se emocionar com aquele chamado e o Pizzonia deixou a sua “zona de conforto e privacidade” nos boxes, passou pelas catracas, saiu pelo portão e “foi pra galera”.

Atendeu a todos, deu autógrafos, tirou fotos, conversou... encantou a todos, dos torcedores que ali estavam e ainda deu uma ‘volta de bicicleta’!

Para quem não sabe, Antônio Pizzonia é um super atleta. Ele disputa provas de triátlon, na verdade, provas do “Iron Man”, que tem 4 Km de natação, 180 Km de ciclismo e 42 Km de corrida. Nas etapas da Stock Car, é comum vê-lo treinando com sua tecnológica bicicleta de fibra de carbono, em alta velocidade pelo traçado.

Eis que entre os torcedores ali estava o Sr. João Borges, com sua bicicleta super incrementada. Antônio parou para conversar com seu ‘colega de pedal’, tocou a buzina a ar e pediu para dar uma voltinha.

Para deleite de todos que presenciaram a cena, o piloto circulou com a bike do ‘seu’ Borges, buzinou, não são exigiu tudo nos pedais... afinal, ainda havia uma corrida para disputar.

Este fato já seria mais do que suficiente para dar o ‘Troféu de Mister Simpatia’ para o manauara, mas ele foi além!

Já havia se passado mais de uma hora que o último compromisso oficial (a coletiva de imprensa dos vencedores) quando, andando pelo pit lane, buscando uma forma de driblar a segurança e chegar num dos nossos “alvos de reportagem”, encontramos o Antônio Pizzonia, de camiseta, bermuda e sandálias, carregando duas sacolas plásticas cheias de latas de cerveja, saídas dos freezers da área “super VIP”, onde ficavam os pilotos e uns “eleitos”.

Puxamos papo e ele falou que aquilo era uma “tradição” dele com os “mecas”. Que todos os anos ele fazia isso, que era um agradecimento dele para os artistas anônimos do espetáculo.

A chegada dele nos boxes foi motivo de festa, gritos, aplausos, abraços e, depois da distribuição das latinhas, os mecânicos jogaram o Piloto para o ar.

Este tipo de agradecimento “não tem preço”, como diz aquela propaganda na TV. E, é lógico, que só a gente, do site dos Nobres do Grid, estava lá pra registrar isso.

Parabéns, campeão!