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Os pneus e a Austrália PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 13 March 2013 21:01

 

Amigos, vamos analisar um pouco mais sobre as expectativas para o GP da Austrália em relação aos pneus e a performance das equipes. Serão 58 voltas de 5303 metros cada uma no circuito em Melbourne.

Os pneus para Albert Park serão os supermacios (Pirelli escrito em vermelho) e médios (Pirelli escrito em branco). Cada piloto terá a disposição 6 jogos de pneus médios e 5 de macios. Os pneus supermacios estão preocupando as equipes devido ao alto desgaste. A Pirelli tem claramente a intenção de forçar mais pit stops na prova australiana, mas sinceramente acho que não isso não vai acontecer, e teremos dois pit stops na maioria das estratégias.


Vamos analisar os números que a Pirelli divulgou sobre os compostos:


A janela de temperatura de funcionamento ideal de cada composto de pneus é:


Supermacio – de 85º C até 110º C
Macio – 105ºC até 125ºC
Médio – 90ºC até 115ºC
Duro 110º até 135ºC


Essa escala foi definida nos testes de Jerez e Barcelona, e significa a média de temperaturas com que cada equipe teve seu melhor desempenho.


Nenhum time está muito preocupado com o tempo que o piloto pode levar para aquecer os pneus. Segundo aquilo que se viu nos testes, os compostos da Pirelli estão alcançando rapidamente sua janela de funcionamento ideal. O problema é que o desgaste também tem sido rápido, principalmente dos supermacios.


Tanto Jerez quanto Barcelona tiveram temperaturas baixas em seus asfaltos, resultado do inverno na Europa. Os testes ainda tiveram temperaturas um pouco melhores que o resto do continente europeu porque foram realizados na Península Ibérica. Mas em Melbourne, o que esperar?


Essa pergunta só será respondida sob as temperaturas de sexta-feira, dia 15 (24ºC de máxima – 13ºC de mínima), sábado dia 16 (22ºC de máxima – 14ºC de mínima- 60% de chances de chuva) e domingo dia 17 (19º C de máxima – 12º C mínima).


Como a temperatura no dia da corrida será de média para baixa, pode até ser que não se encontrem tantos problemas nos compostos supermacios. Já nos treinos de sábado a história deve ser outra. A chuva é esperada para a hora da classificação. Caso isso aconteça todos vão com os pneus intermediários, no mínimo, e tudo bem. Mas se a pista ficar “lavada” pela manhã e na classificação estiver seca, aí vamos ver definitivamente quem está melhor no quesito pneus.


Os compostos terão duração média de 16 até 20 voltas os supermacios, e de 35 até 40 voltas os médios. É de se esperar que quem puder irá usar duas vezes os supermacios, fazendo pelo menos 16 voltas fortes por vez e, ao final, com o carro mais leve no último “stint” (stint, neste sentido em inglês, quer dizer um período de tempo em que se realiza um determinado trabalho), termine a corrida com os pneus médios. 


O ganho em tempo em relação ao ano passado é pequeno. Os compostos médios tem um desempenho semelhante aos compostos macios de 2012. Os atuais médios são 0.08 s (oito centésimos de segundo) melhores que os médios de 2012.


Já a diferença do composto supermacio para o médio em 2013 é que o supermacio é apenas 1 milésimo de segundo mais rápido em média por volta. O caso é que a temperatura é alcançada mais rapidamente, sendo que na primeira parte da corrida australiana deveremos ter disputas importantes, com aderência máxima nas 16 primeiras voltas. Tudo isso é o que se espera, sempre analisando os resultados dos testes.


Portanto penso que a sequência vencedora da corrida da Austrália em termos de pneus deva ser:


Largada com pneus supermacios
Troca – entre a volta 18 e a volta 21 – novamente supermacios 
Troca – entre a volta 35 e a volta 38 – médios
1º Stint - 18/21 voltas
2º Stint - 16/20 voltaS
3º Stint – 23/20 voltas


Pode ser que aconteça algo parecido ao vencedor da prova em Albert Park. Talvez a troca no meio da prova seja para os médios e ao final mais uma vez os supermacios. Pode até ser uma tática vencedora. Por enquanto são apenas análises de números que conhecemos, divulgados pela própria Pirelli.

 

Um abraço, e oremos sempre.

 

Toni Vasconcelos