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Aquilo que ninguém vê! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 06 May 2013 08:17

Caros amigos, neste final de semana tivemos uma “overdose” de velocidade daquelas que nós, que somos apaixonados pelo esporte a motor, gostaria de receber todos os finais de semana.

 

Tivemos a etapa da Fórmula Indy em São Paulo – com um final de levantar a arquibancada – e de onde fizeram parte também a abertura dos campeonatos de Gran Turismo e Mercedes Challenge, com os dois primeiros sendo transmitidos pela televisão em canais comerciais. Além destes, houve uma etapa do campeonato da Mitsubishi em seu autódromo privado e uma etapa do regional paulista.

 

Fora o que aconteceu no Brasil, tivemos na Europa a abertura do DTM – com uma grande vitória de Augusto Farfus Jr – a segunda etapa do mundial de endurance, o mundial de Rally na Argentina com o Loeb mostrando que ele poderia partir par um deca campeonato, mais uma etapa do WTCC – que, infelizmente, não virá para o Brasil – e também as provas da NASCAR e Moto GP.

 

Aquilo que não passou na televisão aberta, ou por assinatura, teve como ser visto na internet... a pergunta é: quem viu?

 

Não tenho dados de como é a receptividade do público televisivo em outros países, a não ser por um dado revelado por um dos nossos entrevistados no site, onde afirmou que na Argentina, uma transmissão do TC2000 fica em primeiro lugar nas pesquisas de institutos como o IBOPE, derrotando todo tipo de concorrente.

 

Vai ver que é a água do rio da prata que faz este efeito no povo argentino, porque aqui, no Brasil, o público parece cada vez menos interessado. Nem a Fórmula 1, principal categoria do mundo, transmitida pela mais poderosa emissora do país, consegue uma assistência destacada por parte do público. Neste último GP, no “horário que o brasileiro está acostumado a assistir corridas”, como eles lá dizem, mesmo com a estreia oficial de Rubens Barrichello como comentarista não chegou a 10 pontos de audiência.

 

É muito pouca exposição pelo tamanho do investimento que cada cotista de patrocínio paga para ter o seu produto exibido durante a transmissão. Cada ponto do índice equivale a 60 mil aparelhos de TV ligados em São Paulo, por exemplo. E se isso aí ainda é pouco, nos outros eventos é ainda pior! A Stock ‘derrapa’ na casa dos 5 a 6 pontos a cada corrida (talvez por isso a patrocinadora máster do ano passado tenha desistido e a “atração” passou para o canal pago) e a Fórmula Indy, que é transmitida pela Bandeirantes, fica “na caixa de brita” dos 2 ou 3 pontos, quando não vai apenas para o canal por assinatura.

 

Definitivamente, tem algo errado nesta equação. Afinal, se o produto é bom, vendê-lo seria o caso de uma estratégia bem montada de marketing. Se as donas do produto não fazem isso, ou se fazem, o fazem mal, como atrair o público e os patrocinadores? Acaba virando um moto contínuo e com isso vemos uma montadora de automóveis das mais importantes do país patrocinando 20 (VINTE) campeonatos estaduais de futebol!

 

Se não há visibilidade na televisão, se não há divulgação, também não há público no autódromo. Aí, como é que as equipes e os pilotos vão encontrar patrocinadores? Afinal, ninguém estará vendo as marcas divulgadas.

 

E a pouca visibilidade não se restringe apenas à TV. Há algum tempo a revista automotiva mais importante do país tem seu acervo disponível na internet... desde o primeiro número. Quando folheio (virtualmente) as páginas das edições mensais dos anos 60/70, encontro 30/40 páginas falando sobre automobilismo. Todas as categorias do Brasil, até o kart, além da F1 e algumas das grandes categorias internacionais. Nos dias de hoje, nem uma página sequer!

 

Há solução? Claro que sim! Mas isso passa por um trabalho profundo de lobby junto ao congresso nacional para que leis de incentivo tornem o automobilismo atrativo ao potencial patrocinador. Precisa que haja gente competente e que entende de esporte a motor para fazer com que a mensagem chegue da forma correta ao grande público. Se um dia lotamos autódromos com as categorias nacionais, tivemos novelas com personagens centrais como piloto e centenas e centenas de meninos querendo andar de kart, é porque o produto automobilismo é bom.

 

Enquanto isso, no balcão do cafezinho...

 

Entra ano, sai ano, desde 2011 (pelo menos) é a mesma conversa: Mark Webber está em seu último ano na Red Bull! A equipe austríaca parece gostar mesmo de fazer isso. Sem confirmar a saída do australiano, mas certamente pensando no futuro, uma vez que tem um programa de jovens pilotos e o Webber não é nenhum menino, o consultor – e encrenqueiro – da equipe, Helmut Marko, disse que está satisfeito com o desempenho dos garotos da Toro Rosso, mas vê Daniel Ricciardo em melhor forma que Jean-Éric Vergne no momento, mas disse que estava mais impressionado com o australiano. Da última vez que falou assim, dispensou o Buemi e o Alguersuari! Acho bom os pilotos da Toro Rosso ficarem espertos...

 

Pelas bandas da Europa, foi velocidade total neste final de semana: aconteceu a segunda etapa do mundial de endurance, em Spa Francorchamp. Lucas Di Grassi estreou no certame, com o terceiro carro da Audi, visando a preparação para LeMans. Fez o 2º tempo nos treinos e na corrida, terminou em 3°, marcando a melhor volta. A sequência do 1-2-3 foi com os carros nesta ordem mesmo.

 

Nas outras categorias, Antônio Pizzonia sofreu um acidente grave na ‘eau rouge’. Apesar do estrago, os danos foram só materiais. O brasileiro foi examinado e liberado. Bruno Senna e companheiros terminaram em 2º na GTPRO e Fernando Rees em 3º na GTAM

 

Augusto Farfus Jr fez uma corridaça Hockenheim na abertura do DTM. Depois de marcar a pole position, o brasileiro soube se impor e partir na frente deste que é um dos campeonatos mais disputados do mundo. Para este ano, o DTM também se preocupou em tornar a dinâmica das corridas mais empolgante para o público. Para isso, tirou da F1 duas ideias fazer efeito: terá o DRS (asa móvel) para aumentar as ultrapassagens e pediu para a fornecedora de pneus um composto mais macio, que deverá ser usado em algum momento durante a corrida.

 

No WTCC, Yvan Muller mostrou que não vai entregar fácil este ano para a concorrência. Mesmo sem o apoio da fábrica, a RML e seus Chevrolet Cruze continuam carros difíceis de serem vencidos. O primeiro piloto do time venceu a corrida 1, Fazendo a dobradinha com o piloto local, Norbert Michelisz, deixando. O que marcou mesmo a etapa foi o forte acidente de Gabrielle Tarquini na prova 2, vencida pelo campeão de 2012, hoje na SEAT, Robert Huff.

 

Luiz Razia, depois de seu ‘retiro’ após a frustrada passagem pela Marussia, volta a aparecer no meio da F1. Razia segue em busca de opções para se manter ativo e ligado à F1. Em entrevista à rádio Jovem Pan, Luiz admitiu que negocia com a Force India para assumir o carro nas sextas-feiras. Segundo o piloto, A Force India está muito interessada em fazer esse projeto. Mas depende também de patrocínio da equipe (Que novidade!).

 

A equipe de Vijay Mallia trabalha com um projeto de dois anos, 2013 testando as sextas-feiras e em 2014 como piloto oficial do time. “Eles querem fazer uma coisa que dure no mínimo dois anos: este ano e um projeto para ser piloto oficial no ano que vem e precisa levar um bom nome, um bom patrocínio, este tipo de coisa”, completou o baiano. Torçamos!

 

E num intervalo de 3 semanas sem F1 o amigo leitor acha que o bom velhinho deixaria de “aprontar alguma” para agitar a mídia? Não bastassem as curvas da filha na Playboy americana, Bernie Ecclestone mandou ver nos microfones.

 

Sem ter ainda uma definição clara sobre o projeto de New Jersey (o sonho mesmo era ver a corrida em Manhattan), o bom velhinho anunciou que está mantendo um ‘canal de diálogo’ com Kevin Kalkhoven e Gerry Forsythe, atuais promotores do circuito que, há anos, recebe anualmente a Indy. Consultados sobre o assunto, Kevin Kalkhoven negou qualquer tipo de aproximação da F1 ao circuito, que recebeu a categoria entre 1976 e 1983. "Gerry e eu não estamos interessados em vender Long Beach, a não ser que seja por um contrato milionário”!

 

Bernie ainda sonha com duas corridas em território americano, com um piloto americano de qualidade na categoria... coisas que ele julga necessário para poder, finalmente, ‘conquistar a América’.

 

Como no próximo domingo tem corrida, esta semana as manchetes devem voltar para as equipes e pilotos.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva