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Written by Administrator   
Monday, 26 August 2013 00:16

Olá!

 

Confesso que não foi um final de semana muito animador para mim, pessoalmente, em termos de automobilismo. Para começo de conversa, eu não pude ver o qualifying para o GP da Bélgica de 2013, disputado no sábado (24), pois faço curso de analista de suporte técnico no horário em que as classificações normalmente ocorrem. Para piorar, tive uma ideia de jerico na madrugada que se sucedeu: Tentar passar a noite em claro para assistir a corrida sem horas de sono. Resultado: Faltando quase 1 hora para a prova, dormi e só acordei à tarde. 

 

À hora em que acordei, fiquei muito tenso, pois achei que não seria possível ter um texto pronto a tempo para este site (afinal, não tinha visto as provas da Moto GP também). Mas é claro, os meios de comunicação evoluíram de forma espantosa, e hoje, com o advento da internet e das conexões de banda larga em altíssima performance no Brasil (uso uma internet de 15 mb/s de capacidade. Há 2 ou 3 anos, usava uma de 300 kb/s!), pude ver os VTs da corrida, liberados de bom grado pela Rede Bobo.

 

Mas aí, olhei resultados, vi declarações, caras e bocas antes e depois da prova com os VTs, além da corrida na íntegra. Portanto, sim, teremos um texto abundante nessa semana, caros amigos.

 

Pois bem: A corrida em Spa-Francorchamps foi boa. Nada extraordinário como o GP do Brasil de 2012, mas foi melhor que em Hungaboring, certamente. A pista é um encanto, um colírio para os olhos e um boom para a produção hormonal de epinefrina de 11 em 10 pilotos (e até os amadores de simuladores virtuais, como eu).

 

Vejamos a análise equipe por equipe.

 

Red Bull: Dominou quase que integralmente o final de semana, teve o melhor carro em quase todas as sessões de treinos e só perdeu circunstancialmente na classificação, para Lewis Hamilton. Mesmo assim, Sebastian Vettel conseguiu uma ótima segunda colocação no grid. O alemão mostrou que seu tetracampeonato está muito bem encaminhado. Como sempre, largou bem e, na reta após a Kemmel, passou rapidamente a Mercedes de Lewis Hamilton. E sumiu na frente, como sempre faz. Uma corrida absolutamente normal e fácil, que lembrou muito o GP do Canadá. Sobrou na pista. Encaçapou a segunda vitória consecutiva, a quinta nesta temporada e a 31ª na carreira. Empatado com Nigel Mansell, ele agora é o quinto maior vencedor da história, atrás apenas do todo Michael Schumacher (91), de Alain Prost (51), Ayrton Senna (41) e seu grande rival, Fernando Alonso (que tem 32). E ainda proporcionou brincadeiras internas (ou externas, sei lá) de Luciano Burti, Galvão Bueno e Rubinho 'Barriquebra' (brincadeirinha, risos) com seu cabelo loiro, no melhor estilo Rosberg (Britney, para os mais íntimos).

 

O australiano Mark Webber, por sua vez, só está sendo citado aqui porque o colunista que vos escreve precisa fazer uma abordagem ampla. Sempre ofuscado por Vettel, ele largou em terceiro, mas dormiu na partida (como sempre faz), caindo para sexto. Enquanto Seb conseguia se sobressair, Webber foi relegado a disputar durante boa parte da prova. Ele chegou na quinta colocação. Isso só comprova o que temos falado ao longo desses meses: Se o carro é muito bom, Vettel também é muito bom. Webber não consegue extrair desse bólido tanto quanto ele permite.

 

Ferrari: Fernando Alonso teve um bom final de semana, no final das contas. Foi razoável nas práticas, mas sua classificação foi pífia (nono lugar). Durante a prova, evoluiu bastante para chegar à segunda colocação, incluindo um bom pega com Lewis Hamilton. No que deveria ser a comemoração por um bom resultado, porém, o espanhol apenas exibiu semblantes de poucos amigos e não fez questão alguma de esconder seu descontentamento com o desempenho do carro num panorama geral. Apesar das caras fechadas, porém, o espanhol disse que o carro pode melhorar daqui para o final do campeonato, faltando ainda nove corridas para o final da temporada 2013. Alonso, porém, poderá ser tema de uma coluna aqui daqui para frente.

 

Felipe Massa, por sua vez, largou em décimo, logo atrás de Alonso. Na largada, caiu para 12º e teve problemas com o KERS nas primeiras voltas, mas este voltou ao normal posteriormente, permitindo ao brasileiro evoluir durante a prova para chegar à sétima colocação.

 

Mercedes: Durante os treinos, não apareceu bem, mas conseguiu a pole na classificação por ter lidado melhor que os outros com os pneus (quem diria!) em uma sessão altamente circunstancial. Na corrida, porém, foi ultrapassado rapidamente por Sebastian Vettel na primeira volta. Hamilton, porém, está mostrando evolução em termos de mentalidade. Conseguiu se manter no podium ao final (chegou em terceiro). Seus últimos resultados provam que ele está aprendendo a comer quieto. Vem construindo um bom campeonato, está na terceira colocação, apesar de ter vencido apenas uma vez e depois dos maus resultados do começo do campeonato. Desde Mônaco, porém, Hamilton tem sido o piloto a marcar mais pontos, apenas atrás de Vettel. Nico Rosberg, por sua vez, foi apenas regular. Largou em quarto e em quarto chegou.

 

McLaren: Foi bem, se considerarmos as limitações do carro de 2013. Jenson Button largou em sexto e em sexto chegou, tendo conseguido andar no ritmo dos líderes em boa parte da prova. Sergio Pérez foi apenas regular, se considerarmos seus últimos resultados. Nos treinos, foi apenas razoável e na classificação, fez o décimo terceiro tempo da tabela. Já na prova, evoluiu e teve chances de brigar com os adversários para chegar à 11ª posição. Acho que o mexicano já largou a mão da pressão que lhe atormentava no começo do ano, mas esse carro da equipe de Woking não é o dos sonhos de piloto algum.

 

Lotus: Final de semana para esquecer. Kimi Raikkonen e Romain Grosjean jamais tiveram carro para brigar pela vitória em Spa-Francorchamps. Pior: Raikkonen teve problemas de freios durante a primeira metade da corrida e abandonou exatamente por este motivo, após passar reto na Bus Stop, já sem freios. Conseguiu trazer o carro aos boxes. Isso quebrou a sequência de pontuações do finlandês na Fórmula 1. Kimi estabeleceu um grande recorde: 27 corridas ininterruptas nos pontos. É um recorde que vai demorar bastante até ser quebrado, acredito eu. Grosjean, por sua vez, não 'grosjeou' hoje. O francês, relaxadão, largou em sétimo e terminou na oitava colocação.

 

Engraçado é como fica perceptível, na tentativa de ser cool, o desespero da Lotus em tentar manter Kimi Raikkonen em seus domínios. Com a recente polêmica gerada pelo anúncio de Ben Affleck como o novo Batman, que contracenará com Henry Cavill (Superman), a equipe inglesa aproveitou e fez uma montagem com Raikkonen no corpo do super-herói da DC. É engraçado se colocarmos no contexto, claro, mas... Sinceramente, tem algo a mais do que a simples vontade de fazer piada com a situação. A Lotus sabe que o finlandês não é o tipo de piloto que aceita ter apenas condições esporádicas de vitória, quanto mais atrasos de salário. É bom a equipe tomar cuidado.

 

Force India: Paul Di Resta quase fez a pole-position quando fez um ótimo tempo com pneus intermediários quando as condições de pista pareciam que não iriam melhorar. Porém, tudo mudou no final e ele acabou em quinto no final da classificação. Na corrida, acabou abandonando a 18 voltas do fim, quando tomou uma panca de Pastor 'Maldanado' na saída da Bus Stop. Adrian Sutil, por sua vez, largou em décimo segundo e conseguiu três posições ao longo da prova. Chegou na zona de pontuação, em nono. Em dado momento da prova, o alemão xingou Hulkenberg (ou foi Gutierrez, não lembro) enquanto estava fazendo uma ultrapassagem.

 

Toro Rosso: Não observei bem o time satélite da Red Bull, portanto, serei prático (e, dependendo do ponto de vista do leitor, entediante). Jean-Eric Vergne e Daniel Ricciardo ficaram no Q1, prejudicados pela tensão gerada pela indefinição do clima em Spa-Francorchamps. Os dois conseguiram escalar o grid. Ricardão foi o décimo e Verme, o décimo segundo.

 

Sauber: Seus pilotos tiveram um desempenho rotineiro, e Hulkenberg deve se arrepender amargamente de ter ido para a equipe helvética. O incrível Hulk largou em décimo segundo e caiu duas posições. 'Gutierros' ficou no Q1, largando na P21, mas escalou os nanicos até a décima quarta colocação.

 

Williams: Esse ano, a meu ver e, acho que do ponto de vista de qualquer pessoa consciente, já era. Não tem muito o que falar. Pastor Maldonado e Valtteri Bottas só tem carro para disputar com as nanicas e um pouco com a Sauber. E olhe lá. Fora que Maldonado bateu em Paul di Resta na volta 26, acabando com a corrida do escocês.

 

Caterham e Marussia: Notável a evolução de Giedo van der Garde. Foi o primeiro entre os nanicos. Já posso esquecer o apelido "Devagarde"? Vocês decidem. Bianchi foi o décimo sétimo e superou de novo, de novo e de novo seu companheiro, Max Chilton. Dessa vez, pela diferença estonteante de uma volta. Charles Pic abandonou nas primeiras voltas.

 

É isso. Semana que vem, tem mais. Abraços!

 

Antônio de Pádua