O desbravar da Euro Nascar Print
Written by Administrator   
Wednesday, 30 April 2014 14:21

Como de praxe, a coluna Radar mais uma vez encontrara brasileiros em terras estrangeiras. E desta vez são logo 4 pilotos de uma vez só, um pacote, um time brasileiro (Brazil Team) abrindo as portas de uma categoria até então pouco conhecida por este lado do Atlântico: Nascar Whelen Euro Series. Sim, é NASCAR! Sim, é na Europa!

 

O maior certame automotor ianque segue expandindo suas franquias para além mar. Iniciada em 2008 apenas com corridas na França, em 2011 expandiu para circuitos pela Europa e seguindo aprovação da FIA. Hoje a categoria  possui em seu calendário 6 finais de semana, com rodadas duplas, visitando os autódromos de Valencia, Brands Hatch, Tours (oval francês), Nurburgring, Magione (Itália) e encerrando na mística Le mans.

 

O time nacional conta com os pilotos Marçal Melo (campeão brasileiro Audi DTCC 2012 e vice-campeão GT Premium em 2013), Víctor Guerin (3° na F-3 Brazil Open em 2011), Alex Fabiano (vice-campeão GT Premium em 2013) e William Ayer (campeão da Stock Paulista em 2011 e vice da Hot Car Cup em 2013) para enfrentar mais de 25 carros, comandados por pilotos oriundos de diversas nacionalidades e experiências diferentes no automobilismo. Entre os quais, pode-se destacar a presença de Mathias Lauda (o sobrenome já dá as referências), Christophe Bouchut (vencedor de Le Mans em 93, na classe principal, e outros 3 pódios, o mais recente em 2011 na LPM2), Eddie Cheever III (2° na formula 3 Italiana em 2012 – sim, mais um Cheever!!!) e Bas Leinders (Benelux F-Ford (94), Britânico e e Europeu de F-Ford (95), Formula Opel Européia (96), F-3 Alemã (98) e piloto de testes da Minardi F1 em 2004.

 

Largada da Nascar Whelen Euro Series, disputa acirrada, toques e brasileiros na muvuca!

 

 

Para os fãs e leitores do Nobres do Grid, há algumas novidades observáveis na Nascar made in Europe: Existem duas divisões dentro da Nascar Euro e usam os mesmos carros. Não entenderam? Bom, citando exemplo do time brazuca, o mesmo carro usado por Victor Guerin (83) na Elite 1 é usado também por Alex Fabiano na Elite 2. São corridas distintas, com pilotos diferentes. Ou seja, somos contemplados com duas corridas no sábado e outras duas no domingo. Corridas em número e qualidade para nenhum amante do esporte botar defeito! A diferença entre as Elite 1 e 2 é comparável com campeonatos de GT, onde os pilotos com experiência internacional disputam a divisão principal e os jovens e com experiências nacionais na suplementar.

 

Outra novidade, mas nem tanto para quem acompanha a Nascar, é o fato da pontuação seguir o padrão estadosunidenses. Sendo assim, todos pontuam e cada posição é um ponto importante, acirrando as disputas e moldando identicamente ao que ocorre com a matriz. Além dos títulos das divisões e por times, há também os troféus por idade e experiência. Disputando o Challenger Trophy na Elite 1, William Ayer conquistou o 2° lugar na corrida de domingo nesta classe, registrando o primeiro pódio do Brazil Team logo na primeira etapa! Já no embate pelo Gentleman Trophy, Marçal Melo conquistou o 3° nesta classe e 9° na geral, na corrida 2 da Elite 2.

 

¹Equipe reunida, pilotos, carros e integrantes do time. Impossível dizer que não é NASCAR.

 

 

Com grandes novidades para o público brasileiro, fui buscar diretamente mais informações com alguns integrantes do Brazil Team, acerca dos aspectos que levaram a tal investida e desbravamento em solo europeu, além do que puderam observar da dinâmica da categoria, público, autódromo e organização.

 

Em um primeiro momento, abro espaço para entrevista com William Ayer, piloto do carro 82, mineiro de Uberaba, graduado como FIA-B (nível profissional de automobilismo internacional), campeão da Stock Paulista em 2011 e vice da Hot Car Cup em 2013.

 

¹William Ayer concedendo autógrafos em Valência, Nascar Whelen Euro Series.

 

Nobres do Grid: Como surgiu a iniciativa de pilotar, aliás, de levar um time brasileiro para disputar a Euro Nascar?

 

William Ayer: “Estou desenvolvendo esta oportunidade desde final de 2012 junto com meu amigo Adriano Gonçalves. Início de 2013 tivemos a iniciativa de ver isto de perto, estivemos na Europa e realizei testes de inverno no circuito de Magny-Cours  na França nos meses de fevereiro e março de 2013. Isso foi o bastante para nos aproximarmos da série oficial e do CEO da Nascar na Europa.  Após isso uma etapa oficial em Dijon Prenois também na França em maio de 2013. A partir daí, com a parceria formada, começamos a trabalhar para que isso pudesse se realizar.”

 

NdG: Quais as grandes diferenças que pode observar, mesmo antes de iniciar o certame, de um campeonato europeu de automobilismo para qualquer outro nacional?

 

WA: “Eu já conhecia o automobilismo europeu, mas seguramente posso lhe afirmar que o nível é altíssimo, estruturas muito bem formadas, um profissionalismo indiscutível, público presente sensacional, além da festa como um todo. Nascar é um mundo com particularidades jamais vistas em nosso automobilismo além de ser muito próximo ao público.”

 

NdG: O fato de ser um time brasileiro em meio aos estrangeiros trouxe quais sensações para ti?

 

WA: “Muito prazer em desenvolver esta oportunidade, fomos os primeiros a estar lá, time de brasileiros, e isso foi muito bom para a Nascar Whelen Euro Series. Hoje são mais de 20 nacionalidades na série.”

 

NdG: Descreva o comportamento do Camaro e se possível assimilar com algum modelo que já tenha pilotado.

 

WA: “Chevy SS, é um chassi tubular, o que muda é o painel frontal dos carros. Um carro rápido, não é muito dócil. É um carro muito peculiar, 5.15 de comprimento, 2.00 de largura, 2.20 de entre eixos, câmbio de 4 marchas H, paddle shift, ou seja, não é necessário usar a embreagem para as trocas de marchas!”

 

NdG: A corrida de Valencia fora o debut seu e do time, conte-nos como foi a experiência na pista espanhola, tanto no aspecto desportivo quanto as instalações e público no autódromo.

 

WA: “Com exceção do Guerin, ali era a sua segunda casa, eu não conhecia a pista, foi a primeira vez que estive lá. Pista espetacular e uma das mais técnicas que conheci. Instalações nota 10, uma infraestrutura de 1e mundo mesmo, público fantástico, são envolventes e participam muito próximos.”

 

NdG: Quais as perspectivas para o andamento do campeonato e as metas a serem alcançadas?

 

WA: “Realizar todo o campeonato este ano e trazer o máximo de resultados positivos ao Brasil.

 

¹Marçal Melo no pódio do Gentleman Trophy, 3° colocado na prova 2 de Valência.

 

 

As mesmas perguntas foram feitas para Marçal Melo, que até o início do ano apoiou a GT Brasil (GT Pro) correr em paralelo com a Formula Truck, porém não fora efetivado tal projeto, importante para o automobilismo brasileiro manter uma categoria GT de âmbito nacional.”

 

Nobres do Grid: Como surgiu a iniciativa de pilotar, aliás, de levar um time brasileiro para disputar a Euro Nascar?

 

Marçal Melo: “A possibilidade da criação de uma equipe brasileiro na Euro Nascar surgiu de uma conversa entre eu e o piloto William Ayer. Wiliam já havia feito uma prova na categoria, se não me engano no ano passado, e com o fim da GT me procurou oferecendo esta possibilidade. Conversei com meu sócio e parceiro Alex Fabiano, fizemos alguns estudos e com a chegada do piloto Vitctor Guerin, resolvemos fazer uma prova teste.”

 

NdG: Quais as grandes diferenças que pode observar, mesmo antes de iniciar o certame, de um campeonato europeu de automobilismo para qualquer outro nacional?

 

MM: “Existem grandes diferenças entre um campeonato no Brasil e um realizado na Europa. Estamos falando de culturas diferentes, objetivos e interesses totalmente opostos ao que temos em nosso país.

 

Apesar de estarmos falando de uma categoria Européia, ela segue todas as diretrizes estabelecidas pela Nascar Americana, isso começando do hino nacional dos EUA, até a forma como temos que nos postar ao lado do carro. Todas essas regras são postas através de uma organização Francesa, funciona como um relógio.

 

O ponto que mais se destacou foi a organização de um evento daquele porte.”

 

NdG: O fato de ser um time brasileiro em meio aos estrangeiros trouxe quais sensações para ti?

 

MM: “O fato de representar nosso país impõe uma sensação de maior responsabilidade em um primeiro momento, mas chegamos à conclusão que todos nós não precisamos provar nada para ninguém, estamos falando de pilotos extremamente experientes, com títulos nacionais e internacionais. Após uma conversa entre a equipe, pontuamos que o principal era estar lá representando nosso país, acreditávamos que brigar por resultados nessa primeira etapa não seria possível pois não conhecíamos o carro, e com exceção do Victor, nem a pista. Seria na verdade um grande aprendizados para todos. O resultado do fim de semana nos surpreendeu muito pois 3 dos 4 pilotos conseguiram andar entre os Top 10 da categoria.”

 

NdG: Descreva o comportamento do Camaro e se possível assimilar com algum modelo que já tenha pilotado.

 

MM: “O Comportamento de um Nascar é muito diferente de tudo que já guiei. Acho que minha formação em carros de Turismo GT me ajudou em muito. Os GTs, freiam mais, fazem curva melhor, e alcançam maior velocidade.Mas uma postura do carro na pista surpreendeu a todos. Estamos falando de um carro de 1200kg, com 450Hp, 5 metros de comprimento e dois de largura e rodas aro 15 com pneus de perfil 70, se não me engano. As rodas sendo de aro 15 os discos de freio são bem menores que os usados na GT. Todo esse ingrediente levava-nos a achar que o carro, não fazia curva e não freava. Engano nosso, o carro faz muita curva e freia demais. Inclusive, após analisarmos os dados telemétricos entendemos que a nosso diferença com os pilotos de ponta estava na ataque ao frear na curva. Bom, o carro é demais!!!”

 

NdG: A corrida de Valencia fora o debut seu e do time, conte-nos como foi a experiência na pista espanhola, tanto no aspecto desportivo quanto as instalações e público no autódromo.

 

MM: “Público de 20 mil pessoas, na corrida, pois tivemos outros eventos não automobilísticos como shows. Uma pista sensacional, sem qualquer irregularidade, segurança que eu, particularmente, nunca tinha visto, e extremamente técnica. Instalações vou deixar de tecer qualquer comentário, mesmo porque o público brasileiro não vai saber do que estou falando, está muito longe de tudo que temos aqui, nesse ponto somos totalmente amadores.“

 

Público de 20.000 para a Nascar Euro em Valência. E todos sentados em cadeira individual!

 

 

NdG: Quais as perspectivas para o andamento do campeonato e as metas a serem alcançadas?

 

MM: “Nossa perspectiva e realizar o campeonato todo, e para isso temos que buscar apoio financeiro, fato que sinceramente achei que encontraria mais dificuldades mas as portas estão se abrindo, acredito que até a etapa da França em Tours teremos alguns anúncios a fazer. Por enquanto nós, pilotos, com uma pequena ajuda de algumas empresas estamos pagando as contas do bolso e investindo na ideia para buscar um retorno logo a frente. Mais que um retorno, abrir portas para outros pilotos que buscam espaço no restrito mundo do automobilismo.

 

Acredito quem, não para essa etapa da Inglaterra, mas para a da França em Julho, teremos um terceiro carro, as negociações estão bem avançadas. Em resumo acho que é isso. Uma baita experiência, alegria enorme em estar representando nosso país, inclusive podendo trazer um resultado logo na primeira prova, e principalmente, frente a falência do automobilismo nacional, poder dar continuidade àquilo que amamos fazer.

 

Que fique bem claro a todos os leitores, estamos lá com o coração aqui, pois se tivéssemos espaço, seriedade e comprometimento, estaríamos no Brasil.”

 

¹Glauco Guerin, entre Djalma Fogaça e Ingo Hoffman, grandes ícones do nosso automobilismo.

 

 

Fechando o ciclo de entrevistas nesta matéria, apresento a concedida por Glauco Guerin, repórter cinematográfico e que nos presenteia com belas imagens de variados campeonatos automobilísticos, integrante do Brazil Team.

 

NdG: Como surgiu o convite para acompanhar e cobrir os passo do Brazil Team?

 

Glauco Guerin: “Como Repórter Cinematográfico realizei trabalhos aqui no Brasil e no exterior destaque para Formula Abarth , Auto GP , GP2 Series , e na formula 3 Italiana tive o prazer de registrar em Monza em 2010 Cesar Ramos , o Campeão desta importante categoria. Aqui No Brasil através de minha produtora , a P1 Filmes, cubro os principais entre os quais a Marcas, Campeonato Paulista, Stock Car que estou a 4 anos com  equipes e pilotos de maior relevância, destaco mais recentemente  a Equipe Prati na Etapa 1 2014 com os pilotos Bruno Senna (ex F1) , Antonio Pizzonia (ex F1), Julio campos e Fábio Carbone, e destaco outros trabalhos que realizei com Vitor Genz (temporada 2013) , Denis Navarro, Fábio Fogaça, Marcos Gomes, Ricardo Mauricio, Tozzo, Pimenta, Felipe Fraga ,  David Muffato e Khodair com quem trabalho a mais de 3 anos, além da lenda “Ingo Hoffmann” e Felipe Massa. Na Truck realizei trabalhos para a lenda viva Djalma Fogaça entre outros. Tenho mais de 1200 filmes de automobilismo nos 2 canais YOUTUBE e Vimeo.

Acredito que por tudo isso, após uma reunião com Marçal Melo e Alex Fabiano, fechamos a minha participação através da minha produtora a “P1 FILMES” na Euro Nascar para a temporada 2014, e de quebra fui responsável pela indicação de meu sobrinho Victor Guerin  (Abarth/ Auto GP/ Formula 3 Italiana / GP2 series) que é Integrante da Brazil Team.”

 

NdG: No convívio com a equipe, como pode descrever o sentimento coletivo antes, durante e depois das provas em Valência?

 

GG: “Já Trabalhei em diversas equipes, e por essa razão sei identificar quando o trabalho é bem realizado, a Brazil Team tinha total dedicação de seus integrantes, uma forma de superar as dificuldades encontradas para acerto dos carros e com poucos recursos disponibilizados para a Equipe, um exemplo a Brasil Team para Treinos e Classificação tinha apenas 1 Jogo de Pneus (usados) enquanto a maioria das equipes com 7 a 10 jogos. Também a dedicação no acerto dos carros , entravamos as 7:00 no autódromo e saímos praticamente todos os dias 23:00, esta união dos integrantes foi fundamental para os excelentes resultados na estréia da Euro Nascar Brasil Team. Após os resultados fomos comemorar todos juntos.”

 

NdG: Em suas atividades, o que pode nos dizer quanto a organização do evento e das instalações do autódromo, traçando também um paralelo com o cenário nacional?

 

GG: “A organização do evento é fantástica, foi o que mais chamou minha atenção, registrei em filme (https://www.youtube.com/watch?v=AnUzzY2zEbI), o evento não é apenas a realização da prova, é um evento pensado para a “família” , lá durante o dia pode-se ver shows de motociclismo, bicicletas, skate, exposição de carros antigos, exposição de carros (lançamentos da Indústria) serviços, aeromodelismo, centro educativo de transito e condução de veículos para a garotada , Shows de musica a noite , etc... Por tudo isso não dá para comparar com nada que se faz aqui, temos boas organizações de provas a Stock, Truck , Marcas,  mas nada tão completo como o que vi em Valência na Euro Nascar e nos campeonatos que pude seguir pela Europa.”

 

NdG: Acompanhando pelo facebook, pude perceber que tiveram boas histórias por lá, pode relatar alguma em especial?

 

GG: “É delicado as publicações no Facebook, a imagem e fatos não podem ser confundidas com a responsabilidade e dedicação, que fui testemunha, dos pilotos da Brazil Team e os fatos publicados serviram para mostrar que um piloto tem de ter momentos de relaxamento, que servem para eliminar a tensão imposta pela competição, e quando existe união e bom humor os resultados “aparecem” de forma mais espontânea e agradável.

 

Na comemoração após a realização da ultima prova, fomos jantar todos juntos e tomamos “alguns copos de vinho” (claro!!!), a alegria era imensa e fomos até a famosa curva por onde passam os carros da F1 e GP2 , lá o Piloto Alex Fabiano me batizou como “tio Chico” e resolveu me imitar andando, tivemos um momento muito especial e alegre, e a seguir pegamos o carro e seguimos para o Hotel , na primeira curva esperava um comando com bafômetro, uma situação muito difícil para quem dirigia, mas expliquei toda a situação da comemoração e acabaram liberando e eu dirigindo o carro para os 4 pilotos. Mas estas histórias vamos publicar uma a uma na internet, neste momento estamos trabalhando nisso.

 

Gostaria de agradecer a todos que nos seguem em nossas publicações e nos filmes postados, estamos tendo resultados muito acima do que imaginávamos, e isto estimula a um trabalho ainda melhor para a próxima etapa da Inglaterra. Continuem prestigiando a Euro Nascar Brazil Team.”

 

Na etapa valenciana, as vitórias na Elite 1 foram de Yann Zilmmer (SUI) e Ander Vilariño (ESP), enquanto na Elite 2 levantou o troféu no geral Van Vaerenbergh (BEL) nas duas provas. Entre os brasileiros, Víctor Guerin terminou em 12° e 20°, William Ayer 20° e 16°, ambos na Elite 1, Marçal Melo em 17° e 9°, e completando o time Alex Fabiano terminara em 20° e 11°. O time demonstrou potencial nesta fase de aprendizado, já conquistando resultados interessantes. Para a próxima etapa, em 7 e 8 de Junho (Brands Hatch), desejamos boa sorte e evolução no desenvolvimento, torcendo por grandes resultados em breve.

 

Saudações oriundas do estado sem autódromo, o Rio de Janeiro. 

 

Abraços e até a próxima,

 

 

Fabiano Esteves 

 

 

OBS:
I – ¹fotos de propriedade de Glauco Guerin.
II – Agradeço a colaboração de todos que tornaram este matéria possível e apóiam o automobilismo brasileiro.
III – Contatos dos entrevistados:

William Ayer: (11)97376-6444 www.williamayer.com.br www.facebook.com/williamayerjr

P1 FILMES /Glauco Guerin: (11)97415-7817/3842-2240 This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

 

 

Last Updated ( Sunday, 04 May 2014 23:13 )