Como foi 2012 nas categorias de base? Print
Written by Administrator   
Saturday, 29 December 2012 12:30

 

Olá amigos do site dos Nobres do Grid.

 

2012 terminou. Vamos fazer uma retrospectiva sobre como foi o ano de algumas das mais importantes dategorias de base pelo mundo.

 

- Formula 3 Sulamericana: Após quase não acontecer em 2012, a categoria foi resgatada pela VICAR e serviu de suporte para o Brasileiro de Marcas e Pilotos. Foram 6 etapas, nas quais Fernando Kid Rezende conquistou o título, mesmo sem participar das etapas do Velopark e Tarumã. Na última etapa, apenas 8 carros no grid. Deprimente ... Porém, parece que a Vicar pretende reviver a categoria de base mais importante deste lado do Atlântico. Em 2013 serão 9 etapas, 8 em terras tupiniquins e 1 nos hermanos. Todos estimamos a melhoria e desenvolvimento desta competição, para revelar novos talentos nacionais.

 

- Formula 3 Européia: Revivida neste ano de 2012, a categoria contou com boa média de pilotos e carros pela temporada, oferecendo testes aos melhores colocados no final do campeonato, sendo o campeão (Daniel Juncadella) testando com a Scuderia Ferrari e o vice (Raffaele Marciello) na DTM. Em 2013, já temos a confirmação do Pipo Derani na Fortec.

 

Na UTI e respirando por aparelhos, a F3 Sulamericana foi abraçada pela VICAR no meio da temporada de 2012. Um desafio!

 

- Formula 3 Britânica: A crise chegou nas terras da rainha. Temporada regularmente com 15 ou 16 carros alinhando no grid e elegíveis para pontuação de pilotos, exceto em em Norisring, Paul Ricard e Spa, corridas nas quais muitos pilotos convidados tornaram a disputa mais emocionante. 2012 de aprendizado e quilometragem para o Pietro Fantin e Pipo Derani. Disputa acirrada, Jack Harvey levou a melhor sobre Jazeman Jaafar e Felix Serralles. Para 2013, sem muitas confirmações de pilotos e equipes, mas o certo é na remodelação do classe Rookie, após apenas 2 pilotos disputarem-na em toda a temporada. Serão 5 meetings, nas 4 etapas fora do Reino Unido e na etapa de Silverstone. Nas demais, a International correrá solitária, se bem que já era quase assim mesmo.

 

- F3 Open: A versão espanhola da F3 expandiu seus horizontes e é muito mais Européia do que restita a um país específico. Além desta mudança, a categoria passou por 2012 com boa média de pilotos participando de todas as etapas e praticamente uma Torre de Babel, acerca da diversidade étnica e geográfica do jovens postulantes. Não houve brasileiros dando o tempero brasileiro por lá, mas um argentino apareceu bem. Facu Regalia subiu no alto do pódio por 3 vezes, fazendo um duplo na etapa da Catalunha, brilhantando o trabalho da Campos Racing, propriedade do ex-piloto Adrian Campos e fundador da falecida Hispania na F1. O canadense Gianmarco Raimondo deixou escapar por pouco o título. A duas voltas do fim o caneco era dele, na sexta posição, mas teve de ir aos boxes e viu o italiano Niccolo Shciro terminar em quarto e comemorar o título. Torço para que tenhamos representantes nesta acirrada categoria, mas nada confirmado ainda.

 

- F3 Japonesa: Grid pequeno, pontuação antiga. A versão nipônica da F3 não anda bem das rodas. Ryo Hirakawa conquistou o título antecipado e o brasileiro Rafael Suzuki terminou apenas em sexto, sem vitórias e 3 pódios, após competir em 2010 e saborear 3 vitórias e 9 pódios. A categoria de base asiática está na UTI, junto com a nossa F3 daqui. Melhoras pras duas!

 

Rafael Suzuki não conseguiu reeditar outros tempos na F3 Japonesa, que também anda "mal das rodas". A crise foi geral!

 

- F3 Alemã: Um sueco dominou a temporada germânica. Jimmy Eriksson teve 8 vitórias e por 9 vezes esteve em segundo ou terceiro, em 27 corridas, abandonando em apenas uma rodada. 110 pontos de vantagem sobre o austríaco Lucas Auer e um trem cargueiro para o melhor alemão, que figurou apenas em 10°. Algo interessante é a categoria ter uma classe específica para carros fabricados entre 2002 e 2007, ou seja, na mesma pista podem ter carros com 10 anos de diferença, nada muito comum no automobilismo atual. Que em 2013 haja um verde e amarelo pra equilibrar as forças por lá, e também alemão bom de roda seguindo o caminho do Vettel ( Lucas Stolz começou a disputa na categoria principal, com carros mais novos, apenas na 5ª etapa, com o calhambeque era líder atém então na Trophy).

 

- AutoGP: Com corridas na Europa, África (Marrocos) e Américas (Curitiba e Sonoma), a categoria busca o status de World Series, hoje bem desenvolvido pela Renault. Porém, viajar o mundo tem seus custos e vimos a redução de 16 a 18 carros nos grids europeus (incluo o Marrocos aí, por ser vizinho da Espanha, o que reduz custos de translado) para 12 desse lado do Atlântico. Se bem que nos EUA houveram 15, com a participação especial do Antonio Pizzonia por lá e duas vitórias do amazonense aqui em Curitiba. Poucos carros, muitos pilotos. Não, não se trata de pilotos partilhando o mesmo carro como em corridas de Enduro. Apenas 8 pilotos disputaram todas as etapas. Título para Adrian Quaife-Hobbs. Presença dos pilotos Victor Guerin, Yann Cunha, Rafael Suzuki também, mas com pouca sorte nesta edição da AutoGP. Em 2013, estará concentrada na Europa, sem as etapas de Curitiba e Sonoma, e com uma a confirmar, mas entre datas de etapas na Rússia e Alemanha, o que leva a crer que seja mesmo no Velho continente.

 

- GP3: Em um campeonato disputado, Mitch Evans conquistou o título por apenas 2 pontos, sobre o alemão Daniel Abt. Na reta final, vimos o português Antônio Felix da Costa dar o ar de sua graça com duas vitórias e dois segundo lugares nas últimas 6 rodadas. O caminho estabelecido da GP3 como escada para F1 em alguns anos é um grande atrativo para pilotos jovens, afinal Valtteri Bottas e Estebán Gutierrez, campeões em anos anteriores, estarão na F1 em 2013. Claro que a competência e quilometragem em circuitos da F1 contam, mas caminhões de dinheiro e QI são fundamentais. Em 2012 os brasileiros penaram muito. Fabiano Machado teve o 9° lugar como melhor colocação, mas sem somar pontos, pois fora na segunda rodada, na qual apenas os 8 primeiros são contemplados. Fabio Gamberini disputou apenas a etapa de Silverstone e conquistou o 8° lugar na segunda rodada, somando 1 ponto. Para 2013, devemos ter brasileiros sendo confirmados em breve.

 

Luiz Razia bem que tentou. Lutou bravamente, mas não conseguiu derrotar um esquema melhor estruturado que o seu.

 

- GP2: E o título ficou com o italiano Davide Valsecchi. Luiz Razia disputou até o fim, mas na última etapa o piloto da bota correu com o regulamento embaixo do braço e o brasileiro não conseguiu as vitórias, ou pódios, que tanto precisava. Felipe Nasr já acertou contrato com a Carlin para 2013, com a qual tem boas lembranças dos tempos de F3 Britânica. Após um bom anos de aprendizado, terminando em 10° no geral, Nasr agora vai em busca do título e aproximação com a F1.

 

- World Series by Renault: e não que é que o gajo fez graça por lá também? Sem disputar as 5 primeiras rodadas, ele terminou em 4° no campeonato, colecionando 4 vitórias e mais 2 segundo lugares, em 12 corridas. Quem levantou a taça foi do Holandês Robert Frinjs, com apenas 4 pontos de vantagem para Jules Bianchi. Na última corrida, Frinjs finalizou somente em 14°, enquanto o francês não completou a prova. André Negrão disputou todas as corridas, conquistando um pódio. Yann Cunha confirmado para próxima temporada, em um dos carros da AV Formula.

 

Apertem os cintos porque 2013 vem aí.

 

Abraços do Rio,

 

Fabiano Esteves 

 

 

Last Updated ( Sunday, 30 December 2012 00:34 )