 Com o início da FIA GTSeries 2013, o público e amantes do automobilismo no Brasil começam a se interessar e descobrir uma categoria atrativa. Um dos chamarizes para os brasileiros é o time de brazucas, a BMW Team Brasil, com os carros #0 de Cacá Bueno/ Allam Kodhair e #4 de Ricardo Zonta/ Sérgio Jimenez, ambos competindo na Pro Cup, a classe principal. Além deles, temos no #7 Claudio Ricci e Matheus Stumpf (Pro-Am), #8 Rajan Mascarello e Felipe Tozzo (Gentleman), ambos pilotando carros da portuguesa Rodrive, e Duda Rosa/ Paulo Bonifácio (Gentleman) estreando na segunda etapa, disputada em Zolder, pela equipe Seyffarth.
Desde 1997 a FIA busca uma competição de Gran-Turismo de nível mundial, envolvendo os modelos de ponta das principais fabricantes automotoras. Assim sendo, nascera o FIA GT Championship, no final da década de 90, sendo disputado até 2009. Dividida em GT1 e GT2, posteriormente também em GT3, a FIA GT Championship fazia suas corridas com no mínimo 500km em cada circuito, com destaque para as 24 horas de Spa. A partir de 2007 as corridas foram reduzidas para até 2 horas de duração, exceto a etapa belga. Vale ressaltar os títulos de Ricardo Zonta/Klaus Ludwig na GT1 em 1998 e Jaime melo na GT2 de 2006. Em 2010 a SRO passa a organizar o evento, deixando apenas a GT1 e alterando o nome da competição para FIA GT1 World Championship. Outra alteração importante foi a mudança na forma de disputa de cada etapa, que passarão a ser divididas em 2 baterias, a Qualifying Race e Championship Race. Esta última fora mantida para 2013, neste ano em que série muda mais uma vez de nome, FIA GT Series, e nos presenteia com padrão de competitividade elevado e carros famosos ... veja-os: 
Pelo mosaico acima, olha o que o brasileiro (que tiver tv por assinatura, lógico) vai ver na sua telinha... Grid repleto de brasileiros. Poucas etapas, é verdade, porém algo incontestável é a competitividade apresentada. No regulamento técnico praticamente não há alterações entre um carro da Pro Cup e outro da Pro-Am. Ah claro, quais as diferenças entre as classes? Lá vamos, em resumo: Pro Cup: Disputada por dupla de pilotos profissionais Pro-Am: Mescla entre um piloto profissional e outro amador (sem curriculo internacional) Gentleman: Só amadores Tão disputada que os carros da Pro-Am andam embolados com a Pro Cup. Na primeira etapa, em Nogaro (França) a dupla Nikolaus Mayr-Melnhof/ Rene Rast do carro #12 fez a pole, desbancando a Mclaren de Loeb/Parente. Detalhe, o #12 é da Pro-Am. E por pouco não venceu as duas provas, na primeira perdendo a ponta no final da prova e na 2ª, na qual sofreram punição após a corrida. 
O supercampeão Sébastien Loeb liderou boa parte da corrida de estreia em Nogaro, na França. Sébastien Loeb: Multi-campeão do Mundial de Rali, parte para novos desafios, praticando de apenas alguns ralis do mundial e se dedicando integralmente ao FIA GTSeries e a sua equipe, pilotando uma Mclaren MP4. Ricardo Zonta: Campeão da Formula 3 Internacional em 1997, 3° lugar nas 24Hs de Le Mans em 2008, campeão em 1998 da FIA GT Championship, divide seu tempo para disputar integralmente a GTSeries e a Stock Car Brasil. Companheiro de Sergio Jimenez na BMW Team Brasil. Stéphane Ortelli: Vencedor das 24Hs de Le Mans em 1998 e outras 2 vezes no pódio da mais famosa prova de Endurance. Atual líder da GTSeries, dividindo o carro, um Audi R8, e a ponta da competição com Laurens Vanthoor. Fabien Barthez: Ex-goleiro da seleção francesa, campeã da Copa do Mundo de 1998, em cima do Brasil ... e hoje piloto Gentleman, se enveredando com os profissionais! Cacá Bueno: Filho do Galvão ... ah, e penta campeão da Stock Car Brasil, bi campeão no Trofeu Línea e um título (1997) do Sulamericano de Super Turismo. Assim como Zonta, divide as atenção na Stock Car também, tendo como companheiro na GTSeries Allam Khodair, outro piloto stock, no BMW Team Brasil. Karun Chandock: Piloto indiano, ex-Formula 1. Títulos apenas em seu território e na pouco conhecida, e extinta, Formula V6 Asia (2006). 
Além de Loeb, o grid conta com pilotos que já venceram campeonatos mundiais e provas de peso, como as 24 Hs de Le Mans. Outro ponto interessante a ver no certame são os circuitos. Pouco conhecidos, porém bem técnicos e que atraem milhares de fanáticos por automobilismo. - Nogaro (França): Construída em 1960, este circuito francês, localizado próximo a Espanha, desde de o início esteve ligado aos carros de turismo e super-esportivos. Pista veloz e bem técnica. - Zolder (Bélgica): Circuito curto e veloz, inaugurado em 1963, recebera a F-1 entre os anos 70 e 80, localizado em uma cidade com cerca de 32.000 habitantes - Zandvoort (Holanda): Mais um circuito curto, porém bem seletivo e requerendo equilíbrio dos carros, fundado em 1939, recebeu a F-1 em décadas passadas. - Slovakia Ring (Eslováquia): Localizado perto da capital, Bratislava, circuito moderno inaugurado em 2009, com traçado de quase 6 km, combinando Esses e curvas de alta velocidade. - Navarra (Espanha): Circuito mais novo dos relacionados para a temporada, aberto em 2010, possui curvas ao estilo hairpin, combinação de retas e curvas com mais de 90°. - Oriente Médio: A ser anunciado. 
Com uma equipe praticamente 100% brasileira, fato que não ocorria desde a Fittipaldi na Fórmula 1, "invadimos a praia". E os brasileiros? Estão se adaptando e lidando com infortúnios. Apesar do Team BMW Brasil contar com pilotos experientes e o carro ser conhecido a algum tempo, a regulagem e equilíbrio do carro para as pistas que, algumas, a anos não recebem categorias de base da formula (estas que os brasileiros que trilharam o caminho da F-1 poderiam ter passado), assim como os pneus. A estrutura está bem montada e com apoio da BMW, é torcer e esperar pelos resultados. Segundo Antonio Hermann, dono da equipe, a BMW Brasil apoia o Team Brasil já para 2014 e o ingresso do time brasileiro nas tradicionais 24 horas de Le Mans, já esse ano. Sem luta e trabalho, não se chega ao topo. Sorte e força para os brasileiros! Abraços do Rio de Janeiro (O estado sem autódromo), Fabiano Esteves | 