DTM - Seien Sie willkommen!
DTM - Seja bem-vindo!

Quando se fala em campeonato de turismo, é difícil não falar em DTM logo de cara. Mas o que vem a ser a DTM e o que leva a ter tal importância no cenário Internacional?

A DTM atual (a sigla já fora usada antes, quando o campeonato era o  Deutsche Tourenwagen Meisterschaft, entre 84 e 96, agora o nome é bem mais simples, apenas Deutsche Tourenwagen Masters ... vamos chamar de DTM mesmo que ninguém enrola a língua!) apresenta um conjunto vitorioso, composto por grandes fábricas, pilotos de alto nível de vários países, temporada visitando importantes autódromos dentro e fora da Alemanha (antes de 2013 haviam mais corridas fora da terra dos Teutônicos, mas a crise européia chega uma hora e muda um pouco as coisas).

Enquanto a F1 luta para manter e atrair fornecedores de motores, a DTM não se preocupa. Afinal de contas, a base é a Alemanha e mesmo que a maré não esteja pra peixe, as renomadas fábricas lá sediadas sempre estão ao lado e auxiliando a desenvolver o campeonato da DTM. Em 2013, assim como no ano passado, temos a presença da Mercedes, Audi e BMW, mantendo equipes de fábrica e as privadas. Esta última debutou em 2012, tornando o cenário do DTM dividido entre 3 fábricas novamente, pois em 2006 a Opel se retirou e deixou a dupla Audi-Mercedes com a responsabilidade de equipar as equipes.

As 3 fábricas constroem seus carros em cima de um monocoque padrão, todo em fibra de carbono e oferecendo maior segurança aos pilotos. Apesar do custo ser maior comparando com a nossa Stock Car, o ponto alto desta tecnologia permite alto nível de segurança e equalização dos conjuntos. Mesmo com custo maior, esta padronização vai de acordo com as premissas da DTM, que são: segurança, controle de custo, equalização.

BMW entrando em 2012, e qual seria a grande campeã entre as construtoras? BMW.

E qual motor equipou o carro do campeão? BMW (Bruno Spengler).

Oras, e o time campeão, usava qual motor? BMW (Team Schnitzer).

Qualquer um poderia dizer nesta altura "ah, então cadê a emoção se a BMW dominou tudo?". A gigante de Munique ganhou, mas dominar ... nem tanto, já que todos os títulos foram definidos apenas na última etapa, graças principalmente a vitória de Bruno Spengler em Hockenheimring. Ano passado fora mais um campeonato disputado, corrida a corrida, sem precisar de artifícios tecnológicos ou desmontando os pneus pela pista ... Em 10 etapas vimos 5 pilotos diferentes vencerem, entre eles nosso tupiniquim Augusto Farfus Jr.! Em sua primeira temporada no DTM, vindo do WTCC, cumpriu com as expectativas e até além, superando em muito seu companheiro de time e egresso do campeonato mundial de turismo também, Andy Priaulx. Lavada de 69 a 24 pontos, com direito a vitória e 2 vezes no pódio contra nada do inglês!. Vale ressaltar que a pontuação é a mesma da F1. Esse ano o Farfus já começou ganhando a primeira etapa ... senta a pua no acelerador!

Conhecem os principais nomes para 2013 no DTM? Não? Então vamos lá:

Augusto Farfus Jr.: Brasileiro de 29 anos, atuou por 6 temporadas no WTCC, sendo os 4 últimos pela equipe BMW, tendo como melhor campanha o 3° lugar, obtido duas vezes, em 2006 e 2009. Conquistou 15 vitórias, outras 16 vezes no pódio, totalizando 132 provas disputadas.

Gary Paffett: Inglês de 32 anos, disputa o DTM desde 2003, tendo como melhor temporada a de 2005, na qual foi campeão. Por 4 vezes bateu na trave e ficou com o vice. Não disputou apenas a temporada de 2006, quando ocupou a vag de piloto de testes em tempo integral na McLaren, esperando a oportunidade em 2007 ... mas preterido para pilotar o carro de Raikkonen, feito pelo então novato Lewis Hamilton. Já disputou 94 provas, sendo vitorioso em 19 oportunidades, e em outras 12 presente no pódio.

Bruno Spengler: Canadense de 29 anos, está no DTM desde 2005 e até 2011 pilotou para Mercedes. No primeiro ano de BMW já faturou o título (2012), após bater na trave em 2006 e 2007. 85 participações no certame do DTM, levantando o troféu de vencedor em 13 ocasiões, e outras 19 vezes no pódio.

Jamie Green: Outro piloto inglês, com 30 anos, está no DTM desde 2005, quando começou o relacionamento coma  Mercedes, mas este ano entrou para um time da Audi. Sua melhor temporada foi a passada, chegando em 3° na classificação final. Em 2004 ele conquistar o título na F3 Euro Series.  Já venceu por 8 vezes, somando também outros 11 pódios em 85 provas.

Mike Rockenfeller: Alemão de 29 anos, debutou em 2007 no DTM, é a nova esperança alemã, após uma temporada ruim dos campeões anteriores do país, Martin Tomczyk (2011) e Timo Scheider (2008 e 2009), e a aposentadoria de Bernd Schneider (2000,01, 03 e 06) ao término da temporada de 2008. Sempre pilotando pela Audi, chamou a atenção após a boa temporada passada, terminando em quarto. Tem apenas duas vitórias na categoria e mais 5 pódios em 63 corridas.

Mattias Ekström: Experiente sueco de 34 anos, bicampeão do DTM (2004 e 07). Desde 2001 correndo na categoria, um dos poucos que chegou a pilotar no antigo formato, com uma prova preliminar conhecida como "Qualifying Race)". São 123 provas, contando apenas as "Main Races" de 2001 e 2002, nas quais o sueco bom de roda venceu 18 e subiu ao pódio em outras 38 vezes.

Entre outros nomes, você verá este ano Timo Scheider (campeão de 2011) e Martin Tomczyk (2008 e 09), Timo Glock (ex-F1), Edoardo Mortara (5° em 2012 e com duas vitórias em 22 provas) e o lusitano Filipe Albuquerque (3ª temporada e com pódio registrado). Principalmente, vale a sua torcida pelo brazuca Augusto Farfus Jr., com nossa torcida e a competência do piloto, ele tem tudo pra ser o primeiro brasileiro campeão do DTM!

OBS: Em tempo, a DTM levará sua marca para os EUA, em cooperação com os organizadores da Nascar e Grand-Am. A Audi já deu apoio ao projeto e diz ingressar em 2016. além dela, BMW, Mercedes, Honda, Nissan e Toyota demonstraram interesse e estão trabalhando para criar esta categoria, com provas nos EUA e Ásia. Bem que poderia pintar uma prova aqui no Brasil. É torcer por isso também!

Sigo acompanhando tudo da TV, aqui no RJ, porque o Rio de Janeiro é um estado sem Autódromo... e quase sem estádio também!

Fabiano Esteves