Testes produtivos em Road America e um abraço para Pedro Piquet. Print
Written by Administrator   
Wednesday, 23 September 2015 17:24

Oi pessoal, tudo bem?

 

Como é bom voltar ao carro! Nesta terça-feira, 22, voltei a acelerar o meu Dallara Chevrolet, cerca de três semanas depois do encerramento da temporada 2015 do Verizon IndyCar Series. Já são os trabalhos para 2016 em pleno vapor.   

 

O treino foi muito importante porque aconteceu no circuito misto de Road America. É uma das pistas mais tradicionais dos Estados Unidos e é ainda da chamada “velha escola”, ou seja, pista com grande retas e curvas de alta. A primeira corrida em Road America aconteceu em 1955 e, de lá para cá, tem feito história.

 

Recentemente, acho que foi em agosto, a IndyCar anunciou a volta do Road America Indy Grand Prix para a temporada de 2016. A corrida será no dia 26 de junho, reeditando uma tradição que perdurou por muitos anos, pois a Indy correu nesse circuito entre 1982 e 2007.

 

Road America fica na cidade de Elkhart Lake, no estado de Wisconsin. Tem um traçado longo, de aproximadamente 6,5 km por volta. O lugar é lindo, muito arborizado e agradável. Apesar de ser uma pista pra lá de desafiadora e que todos gostam, foi lá onde houve aquele acidente horrível com o Cristiano da Matta, quando um cervo entrou na pista.

 

Em todos esses meus anos na Indy, corri quatro vezes em Road America e o meu melhor resultado foi um 7º lugar na temporada de 2001. Depois disso, quando a Penske passou em definitivo para a então Indy Racing League (hoje IndyCar), em 2002, a gente parou de ir para Elkhart Lake porque essa etapa ficou no calendário da Champ Car, que era a categoria rival na época da divisão.

 

 

Então, se para mim foi quase como conhecer uma pista nova, imaginem para essa turma nova. A Penske foi em peso, com os seus quatro pilotos. Ganassi, A.J. Foyt, CFH Racing e a Rahal Letterman Lanigan também treinaram.

 

Sob o ponto de vista de preparação para a corrida de Road America no ano que vem, o teste foi muito importante porque permitiu que a gente, pela primeira vez com o atual conjunto, colhesse informações para trabalhar no acerto. Isso que dizer que não vamos chegar às cegas quando a corrida acontecer, mas com uma base bastante sólida de dados que passam a ser trabalhados desde já.

 

Pedro Piquet

 

Quero terminar mandando o mais fraterno dos abraços para o Pedrinho Piquet. Vi o capotão dele pela internet e não acreditei. Meu, Foi uma loucura! Mas graças a Deus ele não se machucou seriamente e estará inteirão em poucos dias.

 

Você sabe, Pedro, que a gente está sempre sujeito a esse tipo de coisa, mas faz parte. Saiba que isso tudo vale como aprendizado e o negócio é a gente continuar acelerando.

 

Eu também andei capotando recentemente e posso garantir que não foi muito legal. Só que você ganhou de mim no número de rodopios.

 

É isso aí, garoto, manda bala, melhoras aí, Pedrinho, e mande um abraço para o seu pai e seu irmão Nelsinho, meus teammates na nossa vitória na Mil Milhas de 2006.

 

Abraço grande e vamos que vamos!

 

Helio Castroneves

 

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