Parabéns Helio “Quatroneves” Print
Written by Administrator   
Wednesday, 02 June 2021 15:45

Olá Amigos,

 

Acho que essa vai ser a coluna mais difícil de escrever da minha vida, apesar de eu estar apenas começando com isso. Cada corrida é um evento histórico e em falando de Indy500, é algo ainda maior. Nós, que vimos pela TV ou os privilegiados que estiveram no Indianapolis Motor Speedway no último domingo para viver um destes momentos indescritíveis no automobilismo.

 

A quarta vitória de Helio Castroneves, igualando-se a A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears, teve todos os tons do improvável, do quase impossível e que aconteceu diante de nossos olhos. A IndyCar Series mudou muito desde os tempos dos últimos feitos de quatro vitórias de Foyt, Unser e Mears. A categoria não tem mais espaço para franco atiradores, para projetos “especiais”, como muitos construtores chamavam seus carros e a Meyer Shank Racing é uma equipe relativamente jovem, e sem vitórias na categoria.

 

No ano passado, correu com apenas um carro (de Jack Harvey) e sua melhor colocação foi um 6° lugar na segunda corrida no misto de Indianapolis. Mas no ano anterior, mesmo sem participar de todas as corridas da temporada, Harvey foi o 3° colocado na Indy500.

 

  

Ao longo de 2021 bons resultados estavam aparecendo em outras corridas, podiam ser um estímulo aos proprietários da equipe sonharem com um grande resultado, uma grande corrida e a Indy500 já protagonizou ao longo de suas 104 edições anteriores diversos resultados inesperados. Claro que ninguém vai para uma corrida pensando que vai apenas “fazer número”, especialmente um piloto. Este sempre que vai para o autódromo, vai pensando em vencer e Helio Castroneves não seria diferente.

 

 

Foi a primeira Indy500 fora da Penske. Foi a primeira Indy500 com o motor Honda e aos 46 anos de idade, Helio Castroneves parecia estar em um outro plano espiritual (para quem acredita) ao longo das 200 voltas da corrida. Explorou cada centímetro das 2,5 milhas de extensão do Indianapolis Motor Speedway.

 

Analisou o comportamento dos carros que estavam andando entre os líderes, tanto correndo na liderança, tanto correndo usando o vácuo. Helio CastroNeves tinha total controle do que estava acontecendo na corrida. Nas 10 voltas finais ele “fez um teste”, superando Alex Palou, que liderava a corrida e o espanhol levou 3 voltas para conseguir alcançá-lo e superá-lo usando o vácuo. Era o que ele precisava ter certeza. Entrando na penúltima volta ele repetiu a manobra, tomou a liderança e Palou não teve como recuperar a liderança.

 

 

Apelidado de “Homem-Aranha” por suas comemorações entusiasmadas, escalando a grade (que é o nome desta coluna) e a comemoração deste ano foi, talvez, mais intensa do que a de 2009, quando voltou a correr após um ano muito difícil, pessoal e profissionalmente, para conquistar sua terceira vitória, mas o que vimos há três dias, foi um novo renascimento de um homem, de um piloto, de um “racer” na sua essência mais pura. Mal parecia que ele tinha corrido por mais de duas horas e meia com velocidades acima de 350 km/h parecia que tinha passado horas sentado em uma poltrona confortável, assistindo a corrida.

 

 

Ele correu pela pista, comemorou com a torcida na arquibancada, abraçou e foi abraçado por todos, pilotos, mecânicos, chefes de equipe. Foi um reconhecimento de um grande feito realizado por um grande homem. Humildemente, tenho um orgulho sem tamanho em poder colocar algumas linhas em uma coluna sobre automobilismo com este homem e piloto extraordinário. Obrigado Helio Castroneves... ou seria Helio Quatroneves?

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

 

Fotos: site IndyCar Media

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.