Útil jornada em Indianapolis / Power vence e campeonato esquenta Print
Written by Administrator   
Wednesday, 18 August 2021 20:06

Oi, pessoal!

 

Quem olhar unicamente para os números do IndyGP, disputado no último sábado no misto do Indianapolis Motor Speedway, capaz de torcer o nariz para minha atuação. Em certa medida, essa avaliação é correta, pois larguei em 23º e cheguei em 21º. Mas vou ser honesto com vocês, foi uma jornada muito útil para o trabalho que todos nós da Meyer Shank Racing estamos fazendo.

 

Desde que fomos para Nashville, no início de agosto, ficou claro que precisávamos trabalhar algumas coisas no carro. Porém, com a diferença de apenas cinco dias entre a corrida do Tennessee e o início das atividades em Indianapolis, o negócio foi transformar o limão em limonada.

 

Tínhamos um problema de ritmo provocado por uma série de fatores, mas alguns deles sem possibilidade de resolução na pista. Foi por isso que fizemos o nosso melhor para testar o máximo possível e avaliar de forma precisa o pacote de mudanças.

 

 Helio Castroneves considerou que o final de samana em Indianápolis, onde o resultado não foi o mais importante

 

Como o nosso grupo não correrá nesse final de semana em Madison, passei a segunda e terça na fábrica, em Ohio, para trabalhar muitas coisas necessárias no carro e ampliar o nosso entrosamento. Não posso entrar em muitos detalhes sobre o que foi feito, mas saí muito satisfeito porque não nos desviamos de desenvolvimento que foi traçado e o avanço foi visível. 

 

Acredito que estaremos mais competitivos nas três provas restantes do campeonato, muito por conta das modificações introduzidas nesses dois dias de intenso trabalho na sede da equipe. É razão de orgulho o carro que conseguimos preparar para o oval, mas ainda estamos caminhando para atingir o mesmo estágio no misto.

 

 . Um momento de grande felicidade: receber seu tijolo de bronze com os anos de suas quatro vitórias na Indy500.

 

Como eu já previa na coluna passada, foi muito legal voltar a Indianapolis depois daquele inesquecível 30 de maio. A alegria de ver o tijolo de bronze com meu nome na pista mais famosa do mundo e minha entrada no Hall da Fama do Motorsport foram, realmente, momentos felizes que jamais serão esquecidos.

 

Nesta quarta-feira, estou começando um giro para cumprir compromissos, começando por Denver. Mas não vejo a hora de voltar para a pista e colocar para funcionar tudo o que foi introduzido de novidade no carro. Minha próxima prova será no dia 12 de setembro, em Portland. Até lá, vamos conversar bastante por aqui, ainda.

 

Forte abraço a todos e até semana que vem!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Will Power encerrou sua seca de vitórias em 2021 com uma vitória difícil no circuito de Indianapolis Motor Speedway no sábado.

 

Power começou largando do lado de fora da primeira linha ao lado do polesitter Pato O'Ward no que começou como um duelo de estratégias de pneus: Power estava em sintonia com a maior parte do campo ao começar nos Firestones de compostos mais duros, enquanto O'Ward era um de um punhado para obter uma restrição precoce aos pneus vermelhos (mais macios).

 

Qualquer vantagem que O’Ward possia ter obtido dos alternativos, não foi suficiente: ele fez sua primeira parada na volta 17, três voltas depois de Power, e foi ultrapassado pelo piloto da Penske após retornar à pista.

 

 Pato O'Ward largou na frente, mas não fez a melhor escolha de pneus para a corrida. O erro na estratégia custou caro!

 

Tendo aproveitado a vantagem, Power começou a capitalizá-la e rapidamente começou a construir uma dianteira para Colton Herta, que ultrapassou O'Ward e tomou o segundo lugar com um ataque na Curva 1. Durante a fase intermediária da corrida, a vantagem de Power começou a avançar lentamente, chegando a quase 10s claro. Mas isso mudou quando ele encontrou o carro James Hinchcliffe. Como na IndyCar a bandeira azul não obriga o potencial retardatário a dar passagem ao carro que vai colocar sobre ele uma volta de vantagem e potencialmente, comprometer parte da vantagem de Power sobre o companheiro de equipe de Andretti, Colton Herta, ao mesmo tempo, Hinchcliffe tinha muitos motivos para deixar seu carro o mais largo possível.

 

A frustração de Power por não ser capaz de passar pelo canadense era evidente em suas comunicações de rádio, mas se Hinch realmente estava canalizando seu Eddie Irvine interior, ele estava fazendo isso soberbamente. Quando Power finalmente conseguiu fazer sua próxima parada, sua distância em relação a Herta havia sido quase completamente anulada. E apenas para esfregar sal nessa ferida, Hinchcliffe – que havia feito a parada na mesma volta que Power – venceu o piloto da Penske também nos pits, e o australiano foi forçado a começar sua próxima restrição mais uma vez olhando para a asa traseira de Hinchcliffe.

 

 Colton Herta andou entre os primeiros e desta vez não terminou a corrida espetado numa barreira de pneus.

 

A salvação veio na forma de um rastro de fumaça saindo da traseira do carro de Alex Palou. O líder do campeonato passou a primeira parte da corrida lutando contra uma falha no mapa de combustível e, embora a equipe tenha conseguido controlar isso até certo ponto, esse novo problema era claramente terminal. Depois de 67 voltas em corridas com bandeira verde, a primeira amarela do dia saiu para permitir que o carro nº 10 da Ganassi fosse retirado da pista. Um subproduto feliz disso, do ponto de vista de Power, foi que Hinchcliffe foi para o final do pelotão e saiu do caminho do líder para o reinício, o que significava um caminho livre à frente.

 

Herta ainda liderava a perseguição neste ponto, enquanto Romain Grosjean também havia encontrado uma maneira de ultrapassar O’Ward e estava em terceiro. Power teve a medida de ambos no reinício para abrir uma pequena vantagem, e então teve que fazer tudo de novo algumas voltas depois, quando um segundo reinício foi necessário após uma nova bandeira amarela para resgatar Rinus VeeKay, que havia sido rodado por Scott McLaughlin.

 

 Romain Grosjean conseguiu repetir o resultado obtido na vinda a Indianápolis em maio, conquistado o 2° lugar. 

 

Mais uma vez, porém, Power encontrou apenas uma resistência silenciosa no reinício e – ajudado pelo fato de Grosjean e Herta terem queimado todos os seus push-to-pass – ele administrou a lacuna nas últimas voltas para reivindicar a redenção após uma tumultuada corrida em Nashville Semana Anterior.

 

Grosjean, entretanto, encontrou uma maneira de ultrapassar Herta no primeiro reinício e levou o carro da Dale Coyne Racing com Rick Ware Racing ao segundo lugar, repetindo o feito na pista conseguido em maio. Para Herta, o terceiro lugar representou uma recuperação sólida após a decepção de um desempenho dominante em Nashville que terminou nas barreiras de pneus.

 

O infortúnio de Palou teve uma grande influência no sabor da luta pelo campeonato. Um dia em que Scott Dixon fez um grande progresso na retaguarda do grid antes de ficar atolado no midpack e Josef Newgarden parecia passar grande parte da tarde tentando não ser eliminado na Curva 1, Palou estava prestes a deixar o fim de semana com 50 pontos de vantagem. Em vez disso, seu buffer foi reduzido para apenas 21, e o quinto lugar de O'Ward ajudou o mexicano de volta à segunda posição, à frente de Dixon.

 

 Nem mesmo as bandeiras amarelas colocaram em risco a liderança de Will Power em Indianápolis.

 

O estreante da RLL, Christian Lundgaard, que disputa o campeonato da Fórmula 2, (é a Indy Lights da Fórmula 1) conseguiu manter o seu ritmo no início do fim de semana durante a primeira passagem, mas à medida que a corrida avançava, o dinamarquês descobriu que era cada vez mais difícil manter o contato com os líderes. Ainda assim ele terminou em um respeitável 12º lugar.

 

A estreia da Top Gun Racing como equipe durou 12 voltas antes de RC Enerson ser forçado a retirar o Chevy nº75. O péssimo resultado de Alex Palou aumentou as esperanças de Pato O’Ward, que mesmo longe do pódio reduziu consideravelmente a distância na tabela para o líder do campeonato. Scott Dixon perdeu uma grande oportunidade de se aproximar mais. A 17ª colocação estava longe dos planos do neozelandês. Faltando 4 corridas para o final da temporada, o campeonato ficou mais aberto.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.