E aê Galera... agora é comigo!

Esta semana era para estarmos falando sobre a decisão da categoria mais autêntica do automobilismo nacional. Muita gente pergunta porque eu chamo a Turismo Nacional assim e eu explico.

É uma categoria com a cara do Brasil. Com um regulamento técnico muito simples e visando que os participantes não possam fazer grandes alterações nos carros, isso acaba reduzindo o valor de investimento e com o custo sendo mais em conta, temos mais possibilidades de inscrições. Além disso, o regulamento é no “estilo Rexona” (sempre cabe mais um), abrangendo uma grande quantidade de modelos de diversos fabricantes e ainda fica estabelecido a possibilidade de inclusão no Regulamento de qualquer veículo ou motorização nele não relacionados, devendo  ser comunicada previamente a intenção de sua homologação e construção à comissão técnica (CBA/Organizador). Assim feito, poderá ser convidado a participar de teste individual ou em etapa a ser definida para que seja avaliado, aprovado e homologado em definitivo.

O campeonato também permite que mais de um piloto divida o mesmo carro, com alternância entre eles nas disputas das baterias e – quase que eu esqueci – ainda há a divisão em três classes distintas, com a separação dessas ligada ano de fabricação do veículo e também o tipo de carteira que o piloto possui. O resultado disso são grids que chegaram a 70 carros em 2020.

 A categoria mais autêntica do país teve que adiar sua etapa final de 2020 para fevereiro de 2021. Efeito da pandemia.

A etapa decisiva seria disputada no “autódromo-vina” (em respeito à terminologia paranaense) de Londrina, mas as condições de contágio e protocolos sobre a pandemia do covid-19 forçou o cancelamento da etapa, que acabou transferida para Goiânia, no final de semana depois do carnaval (que não vai acontecer), de 20 a 22 de fevereiro... sé não der problema (o advérbio não era bem esse...) novamente.

Agora, falando dos “primos ricos”, a Stock Car tem um novo chefão. Fernando Julianelli, empresário do segmento de marketing esportivo, patrocinador e promotor de grandes eventos como X-Games, GT3, Copa Clio, Mitsubishi Cup, entre outros. Ele já estava na estrutura administrativa desde o ano passado, como vice presidente das áreas comercial e marketing, com o foco voltado não só para a categoria principal como a Stock Light.

É bom lembrar que a categoria já tentou colocar caras novas na chefia da categoria. Depois da saída de Maurício Slaviero, um executivos de uma área bem semelhante à de Julianelli – Rodrigo Mathias – ficou a frente da Stock Car, mas a experiência foi bastante conturbada e para não ver a vaca ir para o brejo, o antigo dono do brinquedo, Fernando Altério, limou o cara e deu um jeito de trazer Carlos (Midas) Col de volta.

 Carlos Col e o novo CEO da Stock Car, Fernando Julianelli. Vamos ver se rola uma química boa? É preciso que sim. 

E o homem que fez a Stock Car virar ouro, como fica? Com a medida, Carlos Col, que retornou para tirar a categoria da caixa de brita onde se enfiou em 2018 e liderou o processo de reestruturação da categoria (o nome de Fernando Julianelli foi indicação dele para se juntar ao novo grupo depois da venda da Stock Car pela T4F) e agora vai passar para o conselho consultivo, dedicando-se às áreas técnica e desportiva. Vamos torcer para dar certo e aquela possibilidade de chegada de novas montadoras se tornem realidade.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Confesso que esperava, depois do “tsunami de calendários” da semana passada que a Porsche GT3 Carrera Cup ia divulgar seu calendário, seguindo o bom exemplo da Stock Car, GT Sprint Race, Copa HB20 e Copa Truck. Ficaram devendo.

- Por falar em calendário, assim como aconteceu no final da Turismo Nacional, o campeonato paulista já fez alterações, adiando a abertura do campeonato... ou os brasileiros em geral agem com responsabilidade ou a gente pode ter os calendários dos campeonatos subindo no telhado.

- Nesse final de semana tivemos a grande notícia de que o Sinestro vai ser o narrador da Stock Car na Bandeirantes, mantendo a dupla com o Matuzaleme. Não vai ter quem me faça assistir as corridas com os globósticos, apesar de gostar do Ligadíssimo Caprichoso, que erra sem maldade.

- Corridas virtuais são capazes de resultados surreais. Onde e em qual universo uma Haas, largando do meio do grid, escalaria o pelotão e venceria uma corrida? Enzo Fittipaldi pode estar começando a escrever uma nova velha história, quando o irmão mais novo foi mais longe que o mais velho.

- E como anda o processo do juiz que quer fazer concorrência pública para que empresas se apresentem como promotoras do GP de F1 no Brasil? A rima eu deixo com vocês.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar