Pilotos transgêneros podem chegar ao automobilismo? Print
Written by Administrator   
Monday, 05 February 2018 19:38

Muito se tem comentado sobre os seres humanos transgêneros, ou seja, a grosso modo, aqueles que nasceram homens ou mulheres e decidiram mudar de sexo. Temos um exemplo marcante no Brasil mesmo, onde - desculpe os termos, pois não estou habituado a tratar desse assunto - o jogador que se chamava Rodrigo e chegou a disputar campeonatos entre os homens, fez cirurgia e passou a se chamar Tifanny.

 

Com 1m92, uma altura que várias mulheres têm e até superam, ganhou destaque pela grande quantidade de pontos marcados nas partidas da Superliga Feminina de Vôlei. Tifanny quebrou o recorde de pontos em uma partida ao marcar 39 pontos diante do líder da competição, o Praia Clube, que ainda assim venceu o jogo. Recentemente fez 37 e igualou Tandara, do Vôlei Nestlé, uma das melhores atacantes do mundo.

 

Temos outro exemplo de mudança de sexo num esporte bem mais complicado: o MMA. a pessoa em questão, Fallon Fox, nasceu homem, teve vida heterossexual, casou com a namorada da adolescência, teve uma filha, foi militar, caminhoneiro, mas depois resolveu mudar de sexo e hoje luta contra mulheres, a quem tem superado com relativa facilidade. Uma única vez perdeu e de uma mulher mesmo.

 

Mas se sua coluna é sobre automobilismo qual o motivo de entrar nessa controvertida discussão onde a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e os dirigentes do Mixed Martial Arts (MMA) autorizaram a participação em suas competições?

 

A brasileira Tiffany e a norte americana Fallon Fox. Homens que mudaram de sexo e hoje competem contra mulheres.

 

Vamos imaginar um, ou uma, transgênero no automobilismo. Qual a vantagem que teria correndo contra homens ou mulheres? Nenhuma, pois o esporte a motor, pelo menos entre os carros (não entro em detalhes de motos) não dá grande vantagem aos homens. Talvez um pouco na força física, que com treinamento poderia ser equilibrada. Ah, mas temos muito mais homens do que mulheres nas pistas. Temos sim, mas por falta de interesse (ou ausência de patrocinadores) das mulheres.

 

O que ganharia a mais um homem que virou mulher ou uma mulher que virou homem dentro dos cockpits e correndo nas pistas do Brasil e do mundo? Sinceramente, não vejo vantagem alguma, pois os cerca de 60, 65 graus dentro dos carros da Stock continuariam os mesmos para os dois sexos, como acontece hoje com Bia Figueiredo, que nasceu mulher e continua a ser, e com Regina Calderoni, a pioneira a disputar uma prova da Stock Car. Os carros têm direção hidráulica e câmbio borboleta o que reduz bastante o desgaste, entre outras facilidades para os dois sexos.

 

Será que um dia vamos ver um ou uma transgênero no automobilismo? Só o tempo dirá.

 

PS - Nem bem tinha acabado de escrever esta coluna e recebi a notícia (que constatei é da semana passada) do site Noticias Cristianas de que uma trans matou uma mulher numa luta de MMA. Foi Kuala Lumpur, na Malásia, que a trans Nilika Dobronev, da Bélgica, nocauteou, em 24 segundos, Shan Mau Bi, que ficou hospitalizada durante dias depois da luta realizada no dia 21 de janeiro. 

 

Milton Alves