A maior e mais tradicional categoria do automobilismo brasileiro terá a largada da temporada de 2018 no próximo sábado. Isso mesmo: sábado. E o local não poderia ser mais emblemático: o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o templo do automobilismo nacional. Ali a Stock Car já fez mais de 130 corridas e esta será mais uma, agora com a volta da prova de duplas, algo implantado com grande sucesso em outras três oportunidades e depois retirado da programação. Talvez pelos gastos com a contratação de pilotos estrangeiros. Quem sabe?

Mas a grande novidade na briga para ver quem tentará tomar o título das mãos de Daniel Serra não é a disputa dentro das pistas que, mais uma vez, promete grandes emoções. No lugar de se discutir que poderá ocupar a cadeira de campeão, bi ou tri, está a polêmica da falta de definição dos locais das corridas. E vejam que não estamos falando só de etapas marcadas para o final do ano e sim da segunda, programada para o dia 8 de abril. A menos de um mês da prova ainda não se tem a confirmação oficial se o Autódromo de Curitiba, aquele que todos os anos ameaça morrer e (felizmente) não morre, receberá a próxima.

A organização da categoria mantém no site oficial a data, mas Curitiba ainda continua como uma alternativa. Será que os dirigentes já conversaram com os donos das equipes e deram alguma definição se a prova na cidade de Pinhais está mantida e somente ainda não oficializaram? Se for isso, o local está muito bem guardado, pois diz um ditado que segredo de dois, só matando um. Até agora não se comenta sobre o novo, ou o atual, local da segunda corrida. 

Mas quem pensa que a indecisão está limitada à próxima se engana, já que outras três das onze etapas continuam sem qualquer tipo de confirmação. Isso quer dizer que de 11 provas, quatro ainda não têm local acertado. A sexta corrida, marcada para dia 5 de agosto, é a mais esperada do ano: a Corrida do Milhão. A sétima, programada para duas semanas depois (19 de agosto) também continua sem confirmação, a exemplo da prova do dia 4 de novembro.

Imagino a dificuldade que as equipes e pilotos têm para reservar hotéis, e programar as viagens das carretas que levam todos os equipamentos e os carros para as corridas. Comenta-se, até, que existe a possibilidade de se voltar a fazer uma etapa na Argentina. Provavelmente não em Buenos Aires e sim numa cidade na fronteira com o nosso País. Outra conversa da famosa Rádio Peão (aquele que funciona no boca a boca nos boxes) é que Rivera, no Uruguai, também estaria na lista.

Independentemente de qualquer coisa, seja distante ou próxima, é preciso que a mais badalada e cara categoria do automobilismo nacional diga aos fãs e ao seu público interno os locais de todas, mas todas mesmo, as etapas.

Milton Alves