Mais uma vitória de Serrinha, a caminho do tricampeonato Print
Written by Administrator   
Monday, 08 April 2019 17:05

No começo da minha participação nesta coluna semanal ousei profetizar que Daniel Serra poderia igualar as conquistas do pai, o tricampeão Chico Serra. Ele ganhou em 2017, repetiu a dose em 2018 e agora começou com tudo a temporada deste ano. Será que vai chegar lá e me fazer virar profeta mesmo? Brincadeiras à parte, de cara, no Velopark, Serrinha ganhou a marcante corrida 500 da categoria que neste ano completa quatro décadas de existência ininterrupta. Com isso, ele se equiparou ao velho Chico, vencedor da corrida de número 100, uma das vitórias de corridas centenárias da Stock Car.

 

Foi uma prova repleta de complicações desde os treinos livres até o classificatório, com pista molhada, o que elevou bastante os tempos dos carros. Na corrida, a veloz volta de Thiago Camilo, que ficou com a pole position, não foi suficiente para levá-lo a esperada vitória, pois um pedaço de carro na pista provocou o esvaziamento do pneu e consequentes problemas. Serrinha, com a frieza de um bicampeão confiante atrás do tri, levou seu carro à sua 16ª vitória (Chico tem 33 primeiros lugares).

 

A corrida 500, que deveria ter sido realizada em Tarumã, onde aconteceu a primeira no distante 1979, foi interessante e mostrou vários pilotos com condições de brigar pelo título e por vitórias. Pelo menos aparentemente continuaremos a ver os mesmos ganhadores dos anos anteriores nas primeiras corridas das rodadas duplas. Só para lembrar que essa prova de abertura teve somente uma etapa, assim como está programado para a Corrida do Milhão e para o encerramento da 40ª temporada. O destaque negativo foi a não participação de Átila Abreu, que sofreu um acidente nos treinos e não foi liberado pelos médicos. Com certeza estará de volta dia 5 de maio no Velo Città, no interior de São Paulo.

 

 Daniel Serra larga na frente e pode tomar o caminho do tri, como fez seu pai, Chico Serra. Foto: Duda Barios (VICAR)

 

Semana que vem, dia 14 de abril, teremos a segunda rodada dupla da Copa Truck. Está marcada para Campo Grande, justamente local do maior acidente entre caminhões e que, logo na largada, provocou o cancelamento da corrida, isso quando ainda era Fórmula Truck. Os pilotos e caminhões são, basicamente os mesmos - claro com a chegada de novos e a saída dos mais velhos - e a briga será para ver quem será capaz de parar o duas vezes campeão com os brutos Beto Monteiro com seu caminhão Mercedes-Benz.

 

Existem vários pilotos com condições de atrapalhar a vida desse pernambucano radicado em São Paulo mas que nunca perdeu o marcante sotaque nordestino. Felipe Giaffone precisa entender melhor o que aconteceu com seu Iveco, que teve um bom começo e depois caiu de produção nas corridas. Precisaremos ver também como será a atuação de Paulo Salustiano, companheiro de Beto na RM Competições e que na abertura pulou do quinto lugar para a ponta e teve um problema de vazamento de óleo no motor abandonou. Quase nem estreou. Será que agora vai justificar toda a esperança que se deposita nele?

 

Temos também o atual campeão Roberval Andrade e Wellington Cirino, além de Leandro Totti, só para citar alguns dos campeões. Provavelmente sim, mas como dizia o pentacampeão de Fórmula 1 Juan Manuel Fangio: Corridas são corridas. Claro que ele falava em espanhol, né? Mas vale em qualquer língua para explicar que dificilmente se pode cravar que um piloto irá vencer determinada corrida.

 

Vamos aguardar para ver como será esta prova em Campo Grande, que, espero, terá todos os pneus lixados (diferentemente de Goiânia, quando somente os dianteiros estavam adequados) para os pilotos terem mais aderência nos brutos.

 

Milton Alves