Como todos têm ouvido e lido muito a respeito do coronavírus (sobre o qual alertei semana passada) vou me ater ao automobilismo. Se bem que com praticamente todas as categorias mundiais paradas, está difícil ter um assunto que seja interessante sem dizer que etapas e mais etapas dos campeonatos foram transferidas ou canceladas. Por isso vou comentar um assunto que pode parecer velho, mas, garanto é novo. Só não sei se vai adiante, pois como tem políticos envolvidos, sinceramente, não acredito, nem neles nem nas suas promessas.

Saiu num blog de um escriba de Brasília que o Governo do Distrito Federal (GDF) que a Agência de Desenvolvimento (Terracap) já começou os estudos para realizar uma nova concessão à iniciativa privada após cancelar a anterior. O novo projeto busca atender as exigências necessárias para receber uma etapa da Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo mundial. Isso, em linhas gerais, foi o que foi publicado pelo Chiquinho Dornas, em seu espaço. Até fazer nova licitação, desqualificar a anterior e tal, até vai, mas quando falam de receber a Fórmula 1 aí a coisa me incomoda.

Não por sair de São Paulo, mas pelas inúmeras exigências anuais que a categoria faz, pelo menos para o autódromo da capital paulista, pois não sei como é em outros lugares do mundo, algo que meu amigo Livio Oricchio, que cobre a categoria há mais de 30 anos, poderia responder. Dificilmente alguém conseguiria fazer até 2021, o prazo que se comenta terminaria o projeto, que seria pago pela Terracap, cujo presidente Izidio Santos, viaja ao falar sobre a F1: “É um sonho, mas um sonho possível. Por isso vamos refazer o projeto”. Todos podemos sonhar, mesmo que pareça sonho impossível.

   Com as obras inacabadas desde 2015, a autarquia responsável pelo Autódromo de Brasília quer habilitá-lo para a Fórmula 1.

Vamos combinar que se esse novo projeto for em frente (não acredito, mas torço para que siga e seja finalizado) já estaria muito bom se Brasília voltasse a receber as mais importantes categorias nacionais. Já aliviaria a vida dos planejadores dos calendários, que poderiam divulgá-los no ano anterior e com prazo suficiente para promotores, donos de equipes e pilotos programarem suas temporadas e não como agora, quando, tristemente, saem somente aos 49 minutos do segundo tempo da prorrogação.

Pílulas.

1 - Ameaça do coronavírus levou ao cancelamento/adiamento de várias categorias pelo mundo. No Brasil a Stock Car definiu que a Corrida de Duplas, que estava marcada para o próximo dia 29 foi transferida para novembro no mesmo local: Goiânia. Dependendo do rumo do coronavírus, com pilotos estrangeiros, claro!

2 - A Porsche manteve sua etapa de abertura, disputada final de semana em Interlagos, mas vetou a presença do público e da imprensa. Atitude sensata, pois, pelo que parece, não daria mais para adiar a corrida na capital paulista.

3 - Esta pandemia (disseminação mundial de determinada doença) provocada pelo coronavírus deixará em xeque todas as categorias mundiais. Afinal, não se sabe como se alastrará, se rápida ou lentamente. Com isso, dirigentes também ficam indecisos sobre para quando marcar as etapas canceladas. A F1 já disse que não ocorrerão os GPs da Austrália, que deveria ter sido corrido no final de semana, do Bahrein e do Vietnam. O vírus é muito mais rápido do que os carros da F1!