A Endurance na Porsche e a GT Sprint Race fazem a festa do One Team Print
Written by Administrator   
Monday, 21 September 2020 21:03

E aê Galera... agora é comigo!

 

Dentro das 24 Horas de Le Mans a gente tem que abrir espaço para assistir e prestigiar o que se faz de automobilismo nacional com duas grandes categorias no modelo “One Team”, onde todas as equipes dos promotores tem sob sua responsabilidade todos os carros.

 

Há algum tempo comecei a pensar sobre isso e – os coleguinhas da VICAR vão ficar muito irritados (o advérbio não era bem esse...) – talvez, com o que é o automobilismo brasileiro, esta solução (desde que nas mãos certas) pode dar mais certo do que uma categoria com desequilíbrio gritante entre o nível das equipes, categorias onde se tem um grid de 20, mas três ou quatro em condições de vencer, mesmo com inversão de grid.

 

Naquele autódromo show, onde só falta reta, o Velocittà, rolou no sábado a primeira prova do campeonato estrelado de endurance da Porsche. Boa parte dos pilotos da Stock Car estiveram formando duplas com os pilotos que correm regularmente nas categorias e uma atração internacional: Felipe Massa, Il Macarroni! Além deles, grandes pilotos de GT e outras categorias se fizeram presente, como Sérgio Jimenez, Alan Helmeister, os irmãos Dirani, entre outros.

 

Como estava com a televisão ligada nas 24 horas de Le Mans, ignorei solenemente a transmissão da corrida no canal de televisão, dispensando o pessoal daquela série cult dos anos 60 para ouvir o sempre bom Luc Monteiro, acompanhado nos comentários do Tiago Mendonça para as três horas de corrida que eu teria pela frente na companhia da melhor feijoada da cidade: a da patroa!

 

 

 

Largando da pole, Werner Neugebauer manteve a liderança depois da largada, seguido por Guilherme Salas, Kaesemodel, Dennis Dirani e Paludo. Mas a treta do início foi entre Ricardo Baptista e Sérgio Jimenez, que saiu da pista na chicane, conseguiu voltar.

 

Na classe GT3, com motores 3.8, Urubatan Jr. assumiu a liderança, seguido por Chico Horta e Paulo Totaro. O Pole, Lucas Salles, comeu bola na primeira volta. Passou em 17º na geral e 4° quarto na categoria. Na GT3 Sport, quem começou na frente foi Leo Sanchez.

 

Na segunda volta, a liderança mudou de dono, com Gui Salas mostrou que tem diferença entre os pilotos que regularmente correm na categoria e quem corre em categorias mais competitivas como é a Stock Car. Esta mistura e a diferença nas estratégias iriam durar toda a corrida e quem acertasse a mão nas trocas e estivesse no lugar certo na hora certa, ia se dar bem. Nisso, quem largou na frente terminou na frente, mesmo não ficando todo o tempo na liderança, algo que é muito difícil de se ver em uma corrida de endurance.

 

 

 

Após duas horas e meia de corrida e 88 voltas, com a tranqüilidade de um campeão do mundo, Ricardo Zonta assumiu a ponta depois que Átila Abreu fez sua última parada e manteve uma boa vantagem para os adversários, conquistando a vitória para a parceria com Werner Neugebauer. Miguel Paludo/Beto Gresse, Lico Kaesemodel/Felipe Massa, Alceu Feldmann/Dennis Dirani e Eduardo Azevedo/Ricardo Maurício fecharam o top5. Eduardo também foi o vencedor da Sport, enquanto Freire venceu na GT3 à frente de Átila (13º no geral e vencedor na Sport). Em 16º no geral e vencedor na Trophy, Nelson Marcondes/Nelson Monteiro.

 

Pouco mais de duas horas depois da bandeirada, o carro de Felipe Massa e Lico Kaesemodel teve acrescidos 20s ao seu tempo de prova pelos comissacos (imagina se eles iam deixar passar um  momento de brilhareco). Com isso tiveram que devolver o troféu, pois caíram pra 6°. Marcelo Franco/Cacá Bueno herdaram a 5ª posição no pódio geral.

 

Oitocentos Km distante de Mogi-Guaçu, também tivemos uma edição especial da GT Sprint Race, categoria da família Marques com o ótimo Thiago Marques à frente. Normalmente um evento de duas corridas, neste final de semana teve uma terceira corrida, mas não foi só isso que tivemos de “diferente” no evento. Um acidente com piloto rolando na pista e o fogo tomando conta de um dos carros parou a segunda das três corridas.

 

A primeira etapa da GT Sprint Race/Special Edition foi, como o nome diz, especial. A estreia da categoria em Goiânia não poderia ter sido melhor, com três corridas emocionantes e às vezes com emoção demais.

 

Sob forte calor na primeira corrida da Special Edition da GT Sprint Race que aconteceu no sábado. Pedro Lopes deu um espetáculo de pilotagem e conquistou a vitória na geral e na categoria PRO. Na chegada ao box comemorou muito o resultado com o companheiro Gabriel Silva (GTSR#18), que largaria da quarta posição na segunda corrida marcada para às 10h30 do domingo, com a terceira e última corrida às 14h15.

 

 

 

Ricardo Sperafico, do GTSR#11, categoria PROAM, ganhou a segunda corrida da GT Sprint Race em etapa inédita da Special Edition. Na manhã ensolarada deste domingo, no circuito do Autódromo Internacional Ayrton Senna, na capital goiana, ele completou as 11 voltas com o tempo de 21min51s070. A segunda colocação foi de Gabriel Silva, GTSR#18, da PRO, a 5s490, e no terceiro posto ficou Enrico de Lucca (PROAM), GTSR#56, a 6s753.

 

 Na terceira delas, na tarde deste domingo, que definiu os campeões da etapa, teve de tudo: disputa, Safety Car, carros lado a lado e alternância seguida de liderança. Ou seja, um dia perfeito para quem gosta de adrenalina.

 

A prova teve dois momentos distintos. No primeiro, antes da paralização forçada em razão de um acidente na pista, Pedro Lopes (GTSR#18) dominou, brigando com Sérgio Ramalho e Weldes Campos (GTSR#18). Na retomada, entretanto, Camilo, que largou em último, passou Weldes e entrou na briga.  Os três pilotos chegaram a ficar lado a lado e quem acabou levando vantagem foi o paulista que, partir daí, alternou a ponta com Ramalho. Faltando um pouco mais de um minuto, Camilo conseguiu abrir vantagem, aproveitando a pressão de Diego Nunes em Sérgio Ramalho pelo segundo lugar, e garantiu a terceira vitória na categoria em 2020.

 

A segunda etapa e que definirá os campeões da Special Edition, torneio inédito da GT Sprint Race, será no dia 1º de novembro na inauguração do Autódromo de Potenza, localizado na Zona da Mata mineira, em Lima Duarte (MG). Antes, porém, acontecerá a terceira etapa da GT Sprint Race 2020, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais (PR), entre os dias 8 e 11 de outubro.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Nos minutos que antecediam a largada da Porsche, Nelsinho Piquet mostrou que o DNA é mesmo forte ao deixar as marcas das ferraduras no microfone da repórter que faz a cobertura pra categoria. Ele tem tentado ser “gente boa” nas redes sociais, mas a genética às vezes fala mais alto. Importante: Eu sou fã do veio!

- Lá na terra dos Hermanos, Rubinho Barrichello mostrou mais serviço que o hermano Mathias Rossi tem mostrado aqui. Ainda que nos treinos, o brazuca tomou 1,4s de luneta, com o hermano dando o troco do que acontece no Brasil. Na Corrida, Barrichello, que largou em 18°, terminou em 8°, enquanto o Hermano disputou a ponta até a última curva, mas ficou em 2°. Se formos fazer a comparação lá e cá, o virado à paulista tá ganhando da Parilla.

- E aê, assessoria, cadê o calendário da Truck? Aproveita e atualiza o site. A gente clica nas notícias e volta no tempo pra 2019. E não adianta reclamar... eu cobro mesmo!

- Por falar na Truck, na corrida da Porsche do Velocittà esta cheio de pilotos da Stock Car (onze)... e nenhum da Truck!

- Nota triste no automobilismo de São Paulo: depois de perdermos o Marcus Ramaciotti, nestes últimos dias faleceram Marcio Pimentel, do autódromo de Tarumã e no final de semana, Ademir Capelo, narrador das corridas da FASP. Tanta mala sem alça aí na pista e os bons recebendo a quadriculada.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

    
Last Updated ( Tuesday, 22 September 2020 10:03 )