E aê Galera... agora é comigo!

Esta semana tivemos – finalmente – a estreia do Mercedes Benz Challenge no Autódromo Internacional de Interlagos. Demorou, mas chegou bem. Grid cheio, com 34 carros inscritos para a primeira corrida (alguns não sobreviveram para a fazer a segunda. Paciência. Coisas de corrida) e corridas boas, sendo as duas disputadas no domingo com uma transmissão que foi do céu ao inferno.

Gramou? A gente explica! Na narração tivemos o Filho do Deus do Egito (desta vez sem a companhia do também celestial, Enviado de Cristo) e nos comentários, meu assessor de imprensa favorito, Chuck, o brinquedo assassino (a galera ligada em filmes de terror me corrigiu... eu tinha escrito “brinquedo” da outra vez), que devia mudar de profissão: manda melhor de comentarista do que de assessor, mas isso é problema da D. Vanda com “V”.

Decidi assistir a corrida pela internet uma vez que o GP do Azerbaijão na Fórmula 1 atrasou devido àquela bandeira vermelha no final da corrida. Aí foi um olho no gato e um olho no peixe enquanto meu moleque operava a churrasqueira! Agora que eu já coloquei texto suficiente para a Chica da Silva, a Rainha da Bahia, minha editora, colocar minha foto no canto alto do texto, vamos falar de corrida.

Começando pelo sábado, tivemos a segunda etapa do Brasileiro de Endurance, onde tivemos às 4 horas de Curitiba, no autódromo que fica na cidade vizinha de Pinhais e que também assisti pela internet, prestigiando o Canal HighSpeed, do meu camarada Pedro Malazartes, o homem do penteado de cabelo ‘boi lambeu’, mas com o áudio original, com o sempre bom Alexi Lalas na narração e comentários de muita propriedade do piloto Gabriel Casagrande, que é natural da região e substituiu o sobrinho torto do patrocinador do evento, acometido de Covid. Melhoras para o Bruno que não vai deixar o império cair!

A corrida foi uma montanha russa de emoções. Na corrida mesmo, a agonia de Gustavo Kiryla e Vicente Orige, que depois de largarem na pole e se recuperarem de um pneu furado ainda na primeira metade da prova, depois de retomarem a ponta e estarem à caminho da vitória, o câmbio do protótipo AJR #444 travou na quarta marcha. Sem ter como virar voltas rápidas o outro AJR da equipe motorcar guiado por Lucas Kohl, Emilio Padron e Marcelo Viana começou a tirar a diferença que os separavam, tomando a liderança na última volta e conquistando a vitória na classe P1 e na geral.

 As 4 Horas de Curitiba, no AIC de Pinhais foi uma grande corrida, com a definição do vencedor ficando para a última volta.

A resistência dos protótipos AJR tem melhorado e mostrado o bom trabalho da engenharia nacional que tem um histórico desde os tempos de Tony Bianco. No pódio da geral tivemos ainda a dupla Pedro Queirolo e David Muffato em terceiro, o trio Christian Castro, Anderson Toso e Tuca Antoniazi, em quarto, também protótipos AJR, todos da Categoria P1. Completando o pódio da geral tivemos a McLaren de Marcelo Hahn e Allam Khodair, que estreou em Goiânia e ficou em quinto no AIC, fazendo da dupla da dupla da Blau Motorsport os vencedores na categoria GT3, categoria que também teve seu pódio com Hahn e Khodair no alto do pódio e uma volta de vantagem sobre o trio formado por Maurizio Billi, Marco Billi e Max Wilson, nosso goleiro de pebolim que tanto fez falta na transmissão da F1.

Na GT4, Átila Abreu e Leo Sanchez, atuais campeões da categoria, conquistaram a segunda vitória na temporada, onde o maior adversário na classe nesta corrida sofreu o grande acidente da corrida, assunto que vou deixar para o final. Junto com Átila e Leo, o pódio teve o trio da BMW M4 formado por Henry Visconde, Lucas Foresti e Paulo Sousa, que ficou na segunda colocação. Na GT4 Light, a vitória inédita de Guilherme Bottura e Pedro Burguer a bordo de uma Ginetta. Já na GT3 Light, a Ferrari de Tom Filho e Ricardo Mendes superou o Aston Martin  dos atuais campeões Sérgio e Guilherme Ribas. Fechando a premiação, Aldo Piedade Jr e Jindra Kraucher, da equipe Sigma venceram na categoria P2 e Tiel Andrade e João Pedro Maia, da Mc Tubarão ganharam na P3.

 Tivemos um grave acidente na corrida, com interrupção da prova. Felizmente o piloto saiu ileso.

Alguns abandonos tiveram alguma dramaticidade, como o carro de Cacá Bueno, mas nada como o impressionante acidente com o McLaren #43 – que aparentemente perdeu os freios – deixando o piloto Leandro Ferrari como passageiro. O carro saiu reto na curva do pinheirinho, pegou quase de frente a barreira de pneus e capotou por cima do guard rail, caindo do outro lado do mesmo e ficando com as rodas para o ar! Felizmente o anjo da guarda estava de plantão e Leandro Ferrari foi socorrido sem nenhum arranhão.

No domingão de sol em Interlagos e uma corrida atrás da outra nos 4.309 metros do principal autódromo do país. Foram duas grandes corridas, com 18 carros com modelos CLA45 AMG e 14 300-S (dois carros não foram para o alinhamento no grid). Na primeira corrida o pole, Betão Fonseca não vacilou e tomou a ponta, sendo perseguido por Adriano Rabelo que veio brigando com Roger Sandoval.

Com 10 minutos de corrida a vantagem de Betão Fonseca foi pro vinagre com uma entrada do safety car devido a um grande vazamento de óleo no final da reta oposta. Na relargada, Adriano Rabelo tomou a ponta de Betão Fonseca. César Fonseca, que não fez tempo pra largar era o 5°.

 Finalmente tivemos a abertura do Mercedes Challenge em 2021. Duas corridas com ótimas disputas e um grande acidente!

César vinha ganhando terreno e em 3 voltas era o 3° e se aproximava dos 2 primeiros quando uma panca com ‘P’ maiúscula entre Marcio Giordano e Khayan Ghazzaoul na freada do ‘S’ da Sadia e desmancharam as duas Mercedes, espalhando destroços por toda a área de escape.

Não teve como recuperar a pista e Adriano Rabelo escapou do ataque dos irmãos Fonseca. Na última volta o vice líder, Betão Fonseca abandonou, mesmo sob bandeira amarela. César Fonseca herdou a P2 e Roger Sandoval foi o 3°. Na 300-S Witold Ramasauskas foi o vencedor.

Pouco mais de 1 hora e o grid estava montado, com o resultado da corrida servindo como grid, sem inversão, sem nada. Primeira fila prometendo disputa de primeira com Adriano Rabelo e César Fonseca na primeira fila. Adriano Rabelo largou muito bem e César Fonseca muito mal, perdendo várias posições, mas já na primeira (na verdade abrindo a segunda) volta o campeão do ano passado já recuperava a P2 no ‘S’ da Sadia e partiu pra buscar o líder.

 Na parte final da primeira corrida tivemos um acidente sério, fazendo a corrida terminar em bandeira amarela.

A distância entre Rabelo e Fonseca girava em torno de 3 segundos nos primeiros 10 minutos de corrida, mas César Fonseca começou a virar volta mais rápida sobre volta mais rápida e veio tirando a diferença. Os dois deixaram os demais concorrentes para trás e começaram a fazer uma disputa particular e na 7ª volta o carro do piloto cearense pareceu passar a perder rendimento. César Fonseca encostou rápido e tomou a liderança duas voltas depois na subida do café com uma facilidade que parecia os push-to-pass da Stock Car. César Fonseca foi pra vitória, com Adriano Rabelo em 2° e André Bragantini Jr. em 3°. Witoud Ramasauskas voltou a vencer na 300-S.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Meu Jesus Cristo (a expressão idiomática com 3 palavras não era bem essa...), não foi preciso nem 30 segundos para o filho do Palhaço Arrelia despejar um monte de bobagens (o advérbio não era bem esse...) no início da transmissão da F1. Band, abram com o a equipe de transmissão, deixem esse pessoal do estúdio do Show do Esporte quieto pra falar do resto.

- No final da transmissão, tentando participar, o Arrelia Jr. atravessou o comentário do Dr. Smith (que já não é lá coisa que se aproveite) e pitacou que o Neguim não apertou o pedal do meio... meu Jesus Cristo (a expressão idiomática com 3 palavras não era bem essa...), esse cara tem um padrinho mais forte do que o Nhonho tem no canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) por assinatura.

- Falando no Dr. Smith, além de estar perdido no espaço, ele é incapaz de traduzir os rádios e entrevistas e para quem sabe inglês ainda atrapalha o áudio original. Infelizmente o Goleiro de Pebolim estava no Brasileiro de Endurance e tivemos que nos virar com ele.

- Outro problema tem sido a constância dos “tilts cerebrais” do Matuzaleme. Durante a corrida ele e o Dr. Smith resolveram relembrar (do nada) o episódio do Couthard com o Enrique Bernoldi (é sem H mesmo), uma vez que o brasileiro era o Piloto Comissário em Baku. Aí, o Matuzaleme reslove falar sobre as voltas que Bernoldi segurou Couthard na corrida em Mônaco, 2001 e falou uma daquelas bobagens (a interjeição não era bem essa...) fenomenais, dizendo que os dois bateram. NÃO BATERAM! O Couthard passou quando Bernoldi parou nos boxes para trocar seus pneus. O “meu Jesus Cristo” (a expressão idiomática com 3 palavras não era bem essa...) que eu mandei foi ouvido num raio de 5 km!

- Achei legal o Caprichoso fazer umas homenagens ao Januário de Oliveira. Os bordões do Januário são melhores do que os do Caprichoso!

- No Brasileiro de Endurance tivemos o acidente da McLaren que tinha um Ferrari pilotando (acho que o carro resolveu dar o troco no piloto). No melhor estilo Jade Barbosa, ele fez o “salto sobre o cavalo” com perfeição. O susto foi grande e eu pensei logo no que o diretor de prova ia fazer... e quem era o diretor de prova? Ele mesmo, o PIROCA! Ele foi rápido e preciso em colocar a bandeira vermelha.

- Mas o melhor ficou por conta do promotor da F1, que resolveu homenagear o falecido Max ‘Chicotinho’ Mosley com um minuto de silêncio. Fizeram tudo errado! Tinham que colocar um pelotão de Nazi Girls, vestindo cinta-liga, e fazendo um desfile marcial (estalando os chicotes, claro). Chica, se você deixar essa, mando um tonel de azeite de dendê pra sua casa no Canadá!

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar