E aê Galera... agora é comigo!

Na semana passada, tivemos corrida em Cascavel da Stock Car. Esta semana a festa foi da Copa Truck, que realizou uma rodada dupla, com corridas no sábado e no domingo. Quatro corridas no total.

Além da Copa Truck, tivemos em Cascavel as etapas com suas rodadas duplas da GT Sprint Race e da Copa HB20. Eu vou propor para vocês, galera, a gente deixar pra falar das duas categorias no próximo final de semana, que não vai ter corridas do calendário nacional (a menos que eu tenha errado a montagem do calendário ou tenham mudado os calendários e eu não fiquei sabendo). Eu pensei em fazer isso com a Porsche, mas seria injusto (o advérbio não era bem esse...) com a nossa categoria Gourmet, que já fez esse “sacrifício” algumas semanas atrás. Combinado? Agora que já cabe a foto do Ogro que a Chica da Silva, Rainha da Bahia coloca aqui no canto, vamos falar de corridas.

Uma mudança lógica: Estavam marcadas corridas em Curitiba para os dias 1° e 22 de agosto e agora estas corridas vão acontecer em finais de semana seguidos – dia 1° e 8 de agosto – e a segunda corrida vai ser no anel externo.

O ponto positivo dessa mudança tem a ver com logística (sendo as corridas na mesma cidade, no mesmo autódromo, mais fácil locar por um período conjunto do que dois separados) e lógica (A mudança do traçado fará com que sejam “duas corridas diferentes” e evita o choque de datas com as 24 Horas de Le Mans, o que tiraria da etapa local alguns dos pilotos, inclusive o atual líder da pontuação, Daniel Serra, ale de Tony Kanaan, que estará nos Estados Unidos no final de semana anteriormente agendado).

Mas tudo tem seu lado que dá errado e a nota distribuída pela assessoria de imprensa ignorou (o verbo não era bem esse, não é Presidente...) para a Stock Light e para categoria associada, a Turismo Nacional, que estavam agendadas para o dia 22 de agosto e nada foi falado sobre elas. A mudança da data também mandou pro vinagre uma possível vinda de Jimmie Johnson para correr no lugar de Tony Kanaan. Foto colocada pela Chica da Silva, vamos falar das corridas em Interlagos.

Tivemos fog londrino em Cascavel na manhã do sabadão da rodada dupla da Copa Truck, o que atrasou um pouco o início dos trabalhos, mas o pessoal da organização da D. Vanda (com V e não com W) conseguiu reorganizar as coisas e, na hora da corrida dos brutos, estava tudo de volta ao planejamento normal para o cumprimento dos horários da televisão.

O começo das atividades iniciou com a definição da Pole Position, que teve o paranaense Wellington Cirino marcando o melhor tempo. Na corrida, Cirino largou bem, conquistando uma certa vantagem em relação a André Marques, seu companheiro de equipe, que ocupava a segunda posição e o que vimos foi um domínio dos caminhões Mercedes.

  A Mercedes dominou os treinos e o sábado em Cascavel e André Marques venceu a primeira corrida (Reprodução: youtube)

A briga pela ponta ficou “em casa”, com o patrão (André Marques) e o empregado (Wellington Cirino) e faltando 9 minutos para o término da corrida o patrão passou o empregado para assumir a liderança e seguir para a vitória na corrida 1. Quem também fez uma grande corrida foi Danilo Dirani, que mesmo não sendo da mesma equipe, fechou o Top 3 com outro caminhão Mercedes. O primeiro “não Mercedes” foi Roberval Andrade, com VW, seguido por Beto Monteiro.

Na segunda corrida, com a “inversão em movimento” teve uma largada espetacular de Danilo Dirani, que não deu sossego ao pole position, nosso querido Dr. Smith, dos comentários na Band, que resistiu o quanto podia, mas não conseguiu segurar o piloto do Mercedão que tomou a ponta pra fazer as pazes com a vitória. Apesar da vitória da Mercedes, desta vez o pódio foi mais democrático, com Felipe Giaffone ‘Smith’ na P2, com um IVECO e Beto Monteiro na P3, de VW.

No domingo, mais duas corridas e muita emoção, apesar do frio que chegou até aqui até no Mato Grosso de onde estou escrevendo na segunda-feira. Falando como meus filhos, vou dar um ‘spoiler’ e dizer que os vencedores do dia foram exatamente os mesmos de sábado: André Marques na primeira corrida e Danilo Dirani na segunda, ambos de Mercedes Benz, mas no domingo a briga foi mais dura contra os concorrentes da VW e Volvo.

Com as posições invertidas no grid em relação ao sábado, André Marques largou na pole, tomou a ponta e foi seguido por Wellington Cirino da primeira até a última volta, preservando o emprego e não atacando o patrão! Beto Monteiro, que não vem conseguindo repetir os resultados dos anos anteriores, foi o terceiro, mas a grande disputa foi pela P4, com Roberval Andrade levando a melhor sobre Danilo Dirani.

Na dançinha do boi bumbá da inversão dos 8 primeiros do grid, novamente o Dr. Smith (que pilota muito e não comenta nada) foi novamente pra primeira posição, mas ser o 8° duas vezes mostra que ainda falta alguma coisa para o seu caminhão e logo depois da largada foi superado por Leandro Totti, o ‘Marvado’, e Danilo Dirani, que protagonizaram uma disputa fantástica (o advérbio não era bem esse...) pela ponta.

 Danilo Dirani fez as pazes com as vitórias na categoria vencendo as duas corridas n°2 (Reprodução: youtube)

Danilo Dirani só conseguiu superar o ‘Marvado’ faltando 4 voltas para o final da corrida depois que o Volvo deu uma destracionada na saída de curva da entrada da reta e lá no ‘Bacião’, Dirani tomou a liderança. Roberval Andrade foi o terceiro, seguido do Beato Salu e do Dr. Smith. A disputa entre Danilo Dirani e Leandro Totti foi a melhor disputa por vitória até agora no campeonato, que na próxima etapa vai para o igualmente fantástico (o advérbio não era bem esse...) Tarumã, no Rio Grande do Sul.

Em Interlagos tivemos mais uma etapa da categoria gourmet, a mais chique do nosso automobilismo, a Porsche Carrera GT3 Cup. Depois de ser o mais rápido com pista seca no treino livre e molhada na definição da pole, Marçal Müller puxou o pelotão na largada da Carrera Cup que a direção de prova, mesmo com a pista úmida, determinou pneus de chuva e largada atrás do Safety Car, os gentleman drivers só tiveram bandeira verde na abertura da 2ª volta, mas ele voltou na volta 4.

Werner Neugebauer foi excluído da tomada de tempo. Largou de 23º e último no grid, mas em 1 volta de bandeira verde subiu para P16. A Bandeira verde veio na volta seguinte e o homem dos chocolates continuou avançando enquanto Marçal Müller e Mguel Paludo disputavam palmo a palmo a liderança. Marçal rendia mais que Paludo nas retas, mas o hexacampeão pressionava muito no trechos mais travado de Interlagos. Marçal Müller segurou a ponta até o final, com Miguel Paludo e Alceu Feldmann fechando o top3.

 A Porsche GT3 Carrera Cup fez grandes corridas no sábado e no domingo em Interlagos (Foto: divulgação Brandt).

Assim como na prova da Carrera Cup, os carros da GT3 largaram sob regime de safety-car em fila indiana. Raijan Mascarello, que também foi o mais rápido com seu Porsche colheitadeira de soja no seco e no molhado manteve a ponta nas primeiras voltas com bandeira verde e foi abrindo vantagem e ignorou a concorrência, abrindo mais de 9s de frente para o 2° colocado, ajudado pela briga que os adversários travavam. Daniel Correa foi o 2° e Leonardo Sanchez o 3°.

No domingo teve sol, pista seca e o Nenê Gomalina, nosso colunista e diretor de provas da categoria gourmet (teve gente me perguntando se ele usava gomalina ou chantilly. Por favor, dirigir as perguntas à redação). O Grid invertido da Carrera Cup colocou Eloi Khouri na pole, mas Werner Neugebauer foi pra cima e tomou a ponta no fim da reta oposta. Com carros e pilotos mais rápidos mais atrás, a corrida ficou animada e sem mais corridas depois, a pilotada ficou afoita e acidentes aconteceram, colocando o Safety Car na pista.

Na relargada, faltando dez minutos para o início da volta final. Werner saltou bem, assim como Enzo. Eloi se aproximou de Paludo e tentou o ataque por fora. Como consequência perdeu a melhor tangência na entrada da reta Oposta e virou presa para Fran Lara e Pedro Boesel após espalhar na descida do Lago. Neugebauer foi abrindo e deixando a briga entre Paludo e Enzo Elias pela P2, que foi interrompido pela panca monstro no início da reta oposta, após rodada de Nelson Marcondes este acabou envolvendo os carros de Frangulis e Giaffone. 3 carros destroçados na pista e faltando 5 minutos para o fim, não teve tempo pra mais nada. A corrida acabou com Safety Car.

 Estreando no automobilismo após alguns anos de kartismo, Caio Castro venceu sua primeira corrida na categoria (Reprodução: youtube)

Na GT3, também com o grid invertido, tivemos André Gaidzinksi tomando o ‘S’ da Sadia na frente, seguido por Caio Castro, que no fim da reta oposta Caio conseguiu passar e tomar a ponta. O produtor de soja, Raijan Mascarello, atropelou o pelotão com sua colheitadeira turbo e foi de oitavo para terceiro, mas acabou freado pelo Safety Car que entrou na 2ª volta. Na relargada, ele tentou repetir a manobra e atacou Gaidzinski no ‘S’ da Sadia. Eles bateram porta e a colheitadeira pegou a “guia alta” atrás da zebra, rodou, atravessou a pista e bateu nos pneus do guard rail que separa a pista da saída de box. Fim de prova pro fazendeiro e Safety Car de Volta. Quem se deu bem foi Max Mohr, que subiu pra P2. Após a relargada, o ator das novelas globêsticas (a segunda vogal não era bem essa...) e Max Mohr travaram uma grande disputa pela liderança e no final, o ator, que começou há alguns anos correndo de kart com colegas artistas venceu sua primeira corrida em carros de corrida. Agora vamos ver se vão fazer um remake da novela “O véu da noiva”.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Como era de se esperar, meu amigo e camarada, o Sinestro, deu um mais uma aula de como se deve narrar uma corrida para os seus colegas de ofício na transmissão da Copa Truck. No mais, a coisa foi complicada nesse final de semana.

- Como não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo e a Band não é o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) quase falido que transmite tudo do estúdio, a Porsche ficou – no domingo – nas mãos do Ivan, o Terrível. Que narra bem, mas não sabe a diferença de “por dentro” e “por fora”.

- Pior foi o caprichoso, que na curva à esquerda disse que a curva era pra direita. Ah, antes que eu esqueça, ele também parece que não sabe que no câmbio por borboleta o piloto não “debreia” o carro para passar marchas. Nem “pra cima” e “nem pra baixo”. Meu Jesus Cristo (a expressão com 3 palavras não era bem essa...), agora ele vai ter o eixo das ordenadas além do das abscissas pra se enrolar!

- Colocaram o Prosdócimo para colocar a F2 desde o começo do ano... pelo amor de Deus, deixem ele na Porsche, sua zona de conforto. Foi difícil e, pra ajudar, apareceu a “versão Band” do Will Robinson.

- Vamos ser francos: foi a melhor primeira volta de corrida que vimos nos últimos 10 anos (ou mais)! A quantidade de “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) que gritei foi ouvido em toda cidade.

- Abaixo o nutelismo. O Neguin não fez nada errado. As imagens de seu carro mostra isso. Mas teve gente, colega e até parça falando que a punição tinha que ser maior. Queriam o quê? Amarrar o Neguin no troco e dar umas chibatadas nele? Onde? Atrás do Paddock ou na frente das arqibancadas?

- Mas o melhor mesmo foi ter uma transmissão sem o palhaço Arrelia e a Chapolin Colorada tentando serem engraçados e antenados. Band, deixa os dois no Japão.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar