O 'pule de 10' dos Autodromos Argentinos Print
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Saturday, 03 April 2021 11:29

O automobilismo é considerado (na visão dos admiradores do esporte) como segundo esporte mais popular no país (os admiradores do basquete, influenciados pela geração de Ginobli e Scola, dizem que é o esporte das quadras). Em todo caso, seja o automobilismo, seja o basquete, há décadas que os hermanos nos dão um banho de lavada em matéria de competência.

 

 

 

Voltando o assunto para o automobilismo, por muitos anos lemos e ouvimos que os autódromos dos nossos vizinhos tinham uma qualidade que deixava a desejar. Se eles tem 40 (isso mesmo, quarenta) autódromos e nós menos de 20 (isso contando pistas privadas e de eventos regionais, como a Fazenda Capuava, o circuito de Piracicaba e o recém inaugurado Panamericano, da Pirelli, todos em São Paulo, o Santa Luzia em Minas Gerais, o de Campos dos Goitacazes do Rio de Janeiro e o da Paraíba).

 

Ao longo desta década, as coisas mudaram muito, com um investimento no esporte a motor que colocam nossos vizinhos argentinos em uma posição de destaque internacionalmente, não apenas pelo envolvimento de montadoras e número de campeonatos que – antes da pandemia – levava multidões aos autódromos, vários deles em lugares distantes de qualquer grande ou média cidade.  

 

Cada etapa de qualquer campeonato na Argentina tem, além de um forte apelo popular, a parceria com as montadoras acaba por fazer o que aconteceu no automobilismo brasileiro nos anos 60/70 e que nós “perdemos a mão”. No sentido contrário, os argentinos investiram – mesmo com toda crise que eles vivem – em melhorar a qualidade dos seus autódromos e dentro do grande número de pistas existentes encontramos grandes diferenças em termos de traçados e infraestrutura, gerando um maior desafio para os pilotos, que devem estar condicionados ao estilo do mesmo, para os engenheiros na hora de trabalharrem para encontrar o melhor acerto dos carros, e sem dúvida também para os fãs que têm suas preferências e podem assistir grandes espetáculos.

 

 

 

Falar sobre a diversidade das pistas de corrida e se referir especificamente a variados cenários, sejam pistas de alta, média ou baixa velocidade, mais travadas.


Não seria positivo se a maioria das pistas que uma categoria visita se caracterizassem por ser de um estilo ou de outro, já que quebraria a essência do automobilismo, causaria polêmica ocasionalmente porque há marcas ou modelos que se aproveitariam de sua configuração de chassi, gerando um desequilíbrio na competição, o que faltamente nos levaria a cair em uma monotonia.

 

Façamos, contudo, uma reserva: Totalmente diferente do que é o caso da NASCAR nos Estados Unidos, que é uma categoria quase que totalmente desenvolvida por décadas para competir em circuitos ovais (e mesmo assim, estes tem características bem distintas quanto ao percurso de volta, inclinação das curvas e mesmo o “formato do oval”, se falarmos dos circuitos rápidos na Argentina podemos fazer uma seleção e nos reduzir a três que se destacam, estamos falando de Rafaela (Santa Fé), Toay (La Pampa) e o traçado n°12 de Buenos Aires.

 

Vamos apresentar aos nossos leitores, 10 circuitos de altíssima qualidade que encontramos no país dos hermanos que vão fazer babar todos os leitores e os pilotos que nos acompanham e que nunca tiveram a oportunidade de acelerar neles.

 

Autódromo de Rafaela

O autódromo “Ciudad de Rafaela” é o mais desafiador de todos e o mais rápido. Possui três opções de traçado: o principal, o oval “puro” tem 4.662 metros, com duas retas longas, de 1.477 metros e duas curvas inclinadas em 7°. A segunda e uma variação deste traçado, mas acrescentando-se três chicanes redutoras de velocidade (opção usada nas provas da categoria Turismo Carretera), com 4.880 metros; e a terceira, que ocupa a segunda metade do circuito, com uma variante interna que o atravessa de uma reta para a outra reta, com a extensão de 3.050 metros. Ainda assim, é possível criar mais algumas opções neste terceiro traçado com o uso das chicanes. O traçado mais curto é geralmente usado nas provas dos campeonatos regionais. A largura da pista é de 12 metros.

 

 

 

Foi na Assembleia Extraordinária de segunda-feira, 23 de fevereiro de 1953, que decidiu-se a compra do terreno de propriedade da Faustino Ripamonti Ltda., Localizado a 4 quilômetros ao norte da cidade e com dimensões de 2.200 metros de norte a sul e 600 metros de leste a oeste (134 hectares), para a construção do futuro autódromo onde iria pretendia-se realizar uma prova de 500 Milhas e outros eventos importantes do esporte a motor, e ao mesmo tempo, trazer o prestígio e consolidação da instituição.

 

A inauguração do novo circuito ocorreu em 2 de agosto de 1953 com Juan Gálvez como vencedor. O oval de terra foi usado desde 2 de agosto de 1953 até 1964, época em que foi lançada a 27ª edição das “500 milhas argentinas’. Durante os anos de 1965 e 1966 o sonho de pavimentar a oval se concretizou ao inaugurá-la em setembro de 1966. No domingo, 4 de setembro de 1966, foi realizada a 28ª edição das “500 Milhas Argentinas”, a primeira no oval pavimentado do Autódromo Cidade de Rafaela, que foi ganho pelo Buenos Aires Jorge Cupeiro, com Chevrolet.

 

 

 

Em Rafaela é extremamente importante trabalhar usando o vácuo (como em todos os circuitos rápidos) na hora de classificar para encontrar o melhor tempo possível, embora quem se classifique em um P10 possa se recuperar com calma na corrida, escalando o pelotão, porque as ultrapassagens são garantidas em Rafaela. O recorde final de velocidade máxima foi de 306,38 km/h estabelecido por Gabriel Ponce de Léon a bordo de um Honda Civic da Super TC2000 em 2014. 

 

Autódromo Oscar e Juan Galvez (Circuito Nº 12 de Buenos Aires)

O autódromo Oscar y Juan Gálvez em Buenos Aires foi inaugurado em 1952 durante a presidência de Juan Domingo Perón, sendo Juan Manuel Fangio e Froilán González os grandes promotores do projeto.

 

No domingo, 9 de março de 1952, foi inaugurado o Autódromo Municipal 17 de Outubro, da cidade de Buenos Aires, atualmente denominado Oscar e Juan Gálvez, mas que nasceu para a vida esportiva com o nome 17 de outubro, foi construído durante o governo do Presidente Perón.

 

 

 

Mais de três anos se passaram desde aquele 15 de dezembro de 1948, dia em que se encerrou a etapa Lima-Buenos Aires do Grande Prêmio da América do Sul, quando o Presidente da Nação, Juan Domingo Perón, ouviu os corredores, companheiros e mecânica, o desejo de todos os pilotos argentinos de ter um autódromo em nosso país.

 

A obra foi apresentada por Jorge Sabaté, arquiteto que foi prefeito da Cidade de Buenos Aires (1952-1954) durante a primeira parte da segunda presidência de Perón. A etapa que teve como primeiro nome “Autódromo 17 de Octubre” (em homenagem ao Dia da Fidelidade), foi inaugurada em 9 de março de 1952 com a disputa da "Taça Perón", com a principal atração da categoria Fórmula Livre, vencida por Fangio.

 

Depois, a partir de 1953 e com interrupções, sediou os 20 Grandes Prêmios de Fórmula 1 da República Argentina, que podem ser pontuados entre 1953/60 (exceto 1959), 1972/81 e 1995/98. Também recebeu 10 visitas do Campeonato Mundial de Motociclismo, que voltou ao país em 2014, mas no circuito de Termas de Rio Hondo. Além disso, foram realizadas nove edições dos 1.000 Km da Cidade de Buenos Aires, válidos para a Copa do Mundo de Carros Esportivos, depois denominada Copa do Mundo de Enduro, hoje WEC.

 

 

 

Em 1954/56/57/58/60 foi utilizado um híbrido entre o Autódromo e a Avenida Geral com 9.476 metros. Em 1955 foi ampliado para mais de 17 km, percorrendo também a Rodovia Ricchieri. Depois, entre 1970 e 1972, foi lançada a extensão com as duas costas retas, a Curvón Salotto e a Chicana de Ascari, e aproveitado o desenho nº 14, que era o 15 com uma última bifurcação junto ao arco da entrada principal.

 

No total foram dez desenhos diferentes, embora três deles não existam mais (2, 4 e 14) porque antes havia uma bifurcação mais longa que chegava ao que hoje é o Kartódromo da Cidade de Buenos Aires. Em outras palavras, existem sete rotas atuais.

 

O circuito n°12 é o traçado que é utilizado preferencialmente pela Turismo Carretera e o Super TC 2000 para suas competições. Possui três longas retas, a curva de Salotto, o “S” do Veado e a chicane Ascari. É um cenário de grandes definições de campeonatos, seu design é muito bonito pela diversidade de setores que possui e aquela impressionante curva “Salotto” onde o comportamento do chassi é fundamental para seu trânsito. 

 

 

 

Ao mesmo tempo, a estética maravilhosa do “Coliseo Porteño” é acompanhada por suas arquibancadas, o ritual dos torcedores e o “Lago de Regatas” como testemunha no meio do palco. A velocidade média é de 219,93 km/h para um carro Turismo Carretera, estabelecida por Agustín Canapino, da Chevrolet, em 2020.

 

Autódromo de La Pampa

Em 11 de novembro de 2012, foi inaugurada esta nova pista localizada na cidade de Toay, a aproximadamente 20 quilômetros de Santa Rosa, capital de La Pampa. Foi com a penúltima data do Turismo Carretera e TC Pista e é um modelo de autódromo na Argentina, com todas as novidades solicitadas pelo ACTC. 75.000 pessoas viveram o festival do automobilismo com a paixão dos pampeanos, que mais uma vez viram o automobilismo de alto nível, algo que não acontecia há 26 anos...

 

A final da máxima foi vencida por Juan Bautista De Benedictis, seguido por Martín Ponte e Gabriel Ponce de León no pódio de abertura da categoria mais popular e importante da Argentina. E no TC Pista a vitória foi de Nicolás Trosset, seguido de Luciano Ventricelli e Nicolás Bonelli.

 

 

 

A imponente reta, de 1600 metros, permite ultrapassar as velocidades médias alcançadas, e suas curvas traçam um percurso lúdico e divertido. O circuito onde correrá o Turismo Carretera tem uma extensão de 4.148,40 metros em seu traçado geral e variantes para categorias zonais de automóveis, duas chicanes, que totalizam 5.222 de traçado asfaltado. A largura em todo o seu comprimento é de 16 metros, com a largura de asfalto variável de até 4 metros nas zebras internas e externas das duas curvas principais.

 

Esta obra, que posiciona a província no calendário nacional, ultrapassou os 80 milhões de pesos. Também foram construídos o setor de box, obras de serviços, segurança, energia e áreas ajardinadas. A área da cava é composta por uma praia pavimentada de 63.942,20 m2 e possui uma torre de 360 ​​m2 com diferentes áreas funcionais, adequada para a organização de uma competição automóvel.

 

No piso térreo é proposto um espaço para sala de conferências e/ou reuniões, com a respectiva área de serviço. No primeiro, segundo e terceiro andares, existem salas em plano aberto, incluindo grandes espaços com serviço de fibra ótica para que diferentes meios jornalísticos possam trabalhar no âmbito da tecnologia digital. Como os cronometristas e os comissários de esportes, enquanto o quarto e último nível é um terraço com uma esplêndida vista panorâmica.

 

 

 

Em um setor próximo à torre de controle, foi considerada a localização do pódio elevado ou setor de premiação. Ressalta-se que os pilotos terão acesso direto do setor de parque fechado e da Técnica a este setor do pódio, o que permite agilidade operacional do ponto de vista do trabalho jornalístico, proposto em cada competição.

 

Possui um edifício VIP de 300 m2, destinado a ser utilizado para diversas funções, uma sala de conferências, um local para espectadores especiais, ou como confeitaria, com a respectiva área de serviço.

 

O prédio de 350 m2 da Técnica terá um setor onde ficarão localizados o sistema de controle de altura, peso e segurança junto ao Braço do Farol da ACTC, e outro setor equipado com uma fossa que servirá não só para a utilização das diferentes equipes que precisam da infraestrutura para o desarmamento, mas também para os desarmamentos finais que as equipes técnicas desejam realizar.

 

Autódromo de La Plata

O Autódromo Roberto Mouras em La Plata foi criado em meados da década de 1990 e batizado com o nome de um grande herói da categoria argentina Turismo Carretera, o tricampeão Roberto Mouras, morto alguns anos antes. O circuito foi ideia de um grupo de parceiros que investiu na Fundação Autodromo La Plata para criar e operar o circuito.

 

A primeira corrida aconteceu em 20 de outubro de 1996, quando o Turismo Carretera fez sua primeira visita. Depois de vários atrasos devido à chuva, Emilio Satriano conquistou a vitória inaugural da corrida. Nos primeiros anos, os carros TC usaram a chicane antes da longa primeira curva, embora nos anos subsequentes as corridas tenham contornado isso completamente.

 

 

 

Várias melhorias foram feitas ao longo dos anos; em 2001, um pequeno percurso foi adicionado, criando uma opção de traçado curto, enquanto uma segunda chicane (que pode ser usada em combinação com o circuito curto) foi adicionada em 2005. A adição mais notável foi a adição de uma nova instalação de boxes em 2012, com 25 boxes na reta principal, que tem 1300 metros de comprimento. A pista tem largura de 12 metros. Alem disso, tem outras 50 garagens e há também lugares para 5.000 pessoas, além de salas VIP, imprensa e conferências.

 

Uma atração adicional no local é o Museu Turismo Carretera, que também foi inaugurado em 2012 e conta a história do campeonato mais famoso da Argentina. Entre as peças expostas estão os carros campeões de Roberto Mouras e do nove vezes campeão da categoria, Juan Gálvez, que muitos argentinos dizem ter sido um piloto melhor que Juan Manuel Fangio.

 

 

 

Hoje, o circuito continua sendo um dos pilares do calendário do Turismo Carretera (mais recentemente como o final da série), ao lado de mais visitas ocasionais do TC2000 e do Campeonato Uruguaio de Carros de Turismo. Em 2011, a corrida Buenos Aires 200 Super TC2000 foi transferida para La Plata devido a dificuldades com seu anfitrião habitual, o Autódromo Juan y Oscar Gálvez.

 

Autódromo de Paraná

Um clássico para todas as categorias do automobilismo argentino é o sempre bem apresentado Autódromo do Paraná. É um circuito de competições de esportes motorizados localizado na periferia da cidade de mesmo nome, na província de Entre Ríos, Argentina. É um dos circuitos mais extensos da República Argentina com 4.219 m em sua variante mais longa.

 

 

 

Seu layout foi pré-inaugurado em 21 de setembro de 1969 e inaugurado oficialmente em 7 de dezembro do mesmo ano. A sua administração está a cargo do Clube de Volantes Entrerrianos, dono do circuito. É o circuito mais importante da Província, considerando também o Autódromo da Ciudad de Concordia como segunda opção para o automobilismo nacional e zonal.

 

Ao mesmo tempo, é uma praça muito visitada pelo automobilismo argentino, já que é onde se desenvolvem as competições das categorias mais importantes do automobilismo argentino de velocidade, como Turismo Rodoviário, Competição de Turismo 2000, Top Race e o turismo nacional.

 

Foi por sua vez palco de competições transcendentes como a 1000ª corrida do Turismo Rodoviário disputada em 5 de setembro de 2003, que terminou com a vitória de Juan Manuel Silva com a Ford Falcon, enquanto em 27 de novembro de 2006 foi disputado o GP da coroação. do TC 2000 que terminou com vitória e campeonato para o piloto Matías Rossi com um Chevrolet Astra.

 

 

 

Embora não tenha muitos setores de bypass, as curvas dois, três e quatro (que fazem parte das parciais dois e três) são fundamentais para as ultrapassagens, proporcionando belos shows onde os pilotos brilham. É um cenário com muita atividade, visto que é visitado por divisões nacionais e regionais.

 

Autódromo de San Nicolás

 Um dos últimos autódromos inaugurados e que se incorporou ao calendário automobilístico argentino é o de San Nicolás, localizado em um ponto estratégico da rodovia Rosário - Buenos Aires, a 60 km. da cidade da bandeira. Está a funcionar há dois anos e meio, com uma extensão de 4000 metros e inclui um trioval perimetral de 1,5 milhas.

 

Pode haver poucos locais que combinam um showground com um circuito de automobilismo, mas é exatamente isso que o Autódromo Ciudad de San Nicolás faz, e com bastante sucesso.

 

 

 

Inaugurado em 2018, o circuito foi construído pela cidade de San Nicolás, que fica na estrada principal entre Rosário e Buenos Aires. Situado em 119 hectares de terreno, o complexo possui um curso de estrada principal, clube menor e circuito de treinamento, bem como um curso oval de 1,5 milhas de extensão. O circuito misto tem 4.000 metros de extensão e largura de 13 metros. São 3 opções de traçado para quem levar seu evento para lá. Não há boxes, mas um grande espaço para instalação de tendas, de acordo com a dimensão do evento.

 

O Autódromo da Cidade de San Nicolás Ciudad está localizado em San Nicolás, Argentina. O aeroporto mais próximo é o Aeroporto Internacional Rosario-Islas Malvinas, pouco mais de uma hora ao norte, enquanto o Aeroporto Internacional de Ezeiza fica três horas ao sul, em Buenos Aires.

 

O circuito está localizado nas margens da Rodovia Buenos Aires-Rosario (RN9) no quilômetro 225. O acesso ao local é feito pela Rodovia 118, a estrada principal para San Nicolás (também conhecida como Av. Hipólito Irigoyen). A sinalização para o circuito / feiras pode ser encontrada logo após a saída da RN9, com a estrada de entrada à direita. O recinto foi inaugurado e, desde 2017, recebe a feira Expoagro, uma vitrine agrícola de quatro dias que atrai multidões de mais de 165.000 pessoas.

 

 

 

O circuito, que sempre foi pensado para complementar o showground, estava pronto para a ação em outubro de 2018, quando a popular categoria Super TC2000 visitou para a corrida inaugural. Diante de uma multidão de 90.000 espectadores, Mariano Werner venceu pela Peugeot.

 

Seu design foi criado para poder receber todas as categorias nacionais e também eventos esportivos internacionais. É um moderno, mas atraente de dirigir, com uma curva inicial ampla onde a configuração é fundamental para o tráfego ideal. Então, você entra em uma zona mista para terminar em um exigente hairpin final e se encontrar novamente com a reta principal.

 

Autódromo de Posadas

Se formos falar de estética e beleza natural, é impossível não falar no Autódromo de Posadas, hoje conhecido como Autódromo Rosamonte. É um circuito maravilhoso de se pilotar, segundo a descrição dos pilotos, com várias variáveis ​​e duas freadas extremamente difíceis que exigem o máximo dos freios.

 

 

 

O Autódromo Rosamonte passou por uma grande transformação em 2006, com um novo loop adicionado e a direção invertida. Agora patrocinado pela empresa de erva-mate Rosamonte (uma espécie de chá de ervas local), o circuito recebe a popular série Turismo Carretera, bem como corridas regionais.

 

Localizado nos arredores da cidade de Posadas, na província de Misiones, o circuito foi construído como uma instalação para corridas regionais em 1980. Corrido no sentido horário era um circuito misto, com uma reta relativamente longa na qual os boxes estavam localizados e depois uma seção de retorno mais sinuosa, incluindo uma série exigente de curvas de baixa velocidade para completar a volta, que ficou conhecida como a seção 'Carrossel'. Havia também um circuito para eventos de clubes, mais curto, que contornava metade da pista, reduzindo o traçado.

 

Posadas viu os primeiros sinais de mudança em 1993, quando os pits e o paddock foram realocados para fora do circuito, permitindo uma maior expansão das instalações. As mudanças marcaram a chegada da série TC2000 dois anos depois, a primeira vez que campeonatos nacionais visitaram o campo. O evento foi a corrida de abertura da série de 1995, testemunhou a primeira vitória de Juan María Traverso para a Peugeot, ao mesmo tempo que acolheu o final da temporada, vencido pelo Ford Escort de Guillermo Ortelli.

 

 

 

O TC2000 visitou por mais duas temporadas - embora apenas para uma única rodada a cada ano - após as quais foi retirado do calendário, para grande decepção do Automóvel Clube de Misiones.

 

O circuito seguiu em frente, mas começou a fazer planos para atrair a categoria principal do automobilismo argentino: Turismo Carretera. Isso exigiria um investimento significativo e alguma reconfiguração substancial; em geral, os organizadores do TC preferiam percursos mais longos e de alta velocidade, com curvas rápidas e radicais, em vez do percurso de velocidade mais mista em Posadas.

 

Demorou vários anos de planejamento cuidadoso, mas em 2006 a reconfiguração começou. Um novo loop, essencialmente compreendendo duas retas unidas por uma curva de 180 graus, foi adicionado a leste do circuito original, enquanto houve um alargamento geral de todo o percurso e uma nova estrada de ligação construída para conectar as antigas curvas 3 e 6. A instalação concluída – agora funciona no sentido anti-horário – composta por nove curvas e medido 4.470 metros de extensão, com 12 de largura.

 

Em 2007, o circuito revisado sediou sua primeira corrida Turismo Carretera, a primeira do gênero na região Nordeste. Guillermo Ortelli conquistou aquela primeira prova pela Chevrolet e o circuito permanece no calendário desde então. Um evento único da Top Race V6 em 2007 é a única outra visita significativa da série desde a reconfiguração.

 

 

 

Em 2011, as curvas 4 e 9 foram atenuadas, enquanto a curva 6 foi reconfigurada e alargada, com seu ápice sendo trazido para dentro do campo a fim de criar espaço adicional para uma área de escoamento no lado externo. Isso também significava que a corrida para a Curva 7 agora poderia ter uma largura consistente. Em 2015 foram feitas novas alterações com a adição de um circuito de kart no campo interno e a construção de uma chicane na reta principal em frente aos boxes, embora esta não seja utilizada pela Turismo Carretera.

 

Autódromo de San Juan

O Autódromo "El Villicum" é o mais recente de uma nova safra de circuitos na Argentina, projetado para trazer as corridas nacionais e internacionais de alto nível para a província de San Juan pela primeira vez desde que o circuito de El Zonda caiu em desgraça por motivos de segurança.

 

 

 

Localizado próximo à cidade de Albardón, o novo circuito está ao lado da simbólica Rota 40, uma estrada de 5.000 km que se estende de norte a sul da Argentina, ao longo da impressionante Cordilheira dos Andes. A Rota 40 é uma atração turística não só para os fãs do automobilismo, mas para todos os viajantes que vão descobrir as melhores paisagens do país.

 

e vai receber uma ronda do Campeonato do Mundo de Superbike depois de assinar um acordo com os organizadores Dorna, bem como a popular série local Turismo Carretera.

 

Anunciado pela primeira vez pelo governo de San Juan em 2015, o projeto de 170 milhões de pesos teve inúmeras iterações de design, com a contribuição da FIM resultando no layout final, escrito pelo arquiteto argentino Leonardo Stella. A pista de 2,657 milhas / 4.276 metros possui 19 curvas (11 à esquerda e 8 à direita) com constantes subidas e descidas ao longo do percurso, geradas artificialmente com uma movimentação de solo de mais de 700.000 m³, o que oferece belos cartões-postais deste cenário. Além disso, conta com uma arquibancada permanente para até 10.000 pessoas. Homologado para os padrões FIM Grau A e FIA ​​Grau 2, os circuitos também possuem um impressionante edifício pitlane com até 64 boxes, enquanto também há planos para um hotel no local.

 

 

 

Os trabalhos começaram em outubro de 2016 e avançaram até 2017, com sua abertura oficial em 14 de outubro de 2018, apresentando as séries World Superbike e World Supersport no fim de semana de abertura. Jonathan Rea conquistou duas vitórias para a Kawasaki nas Superbikes Mundiais, enquanto Jules Cluzel venceu a corrida de Supersport. No final do ano, o Turismo Carretera e o TC Pista também fizeram suas primeiras apresentações.

 

Em agosto de 2019, foram feitas as primeiras modificações no percurso por sugestão dos pilotos da Turismo Carretera. Uma nova seção curta de reta foi adicionada entre a Curva 12 e a Curva 14, efetivamente passando a Curva 13 completamente. A mudança aumenta a velocidade da Curva 12 e permite uma corrida direta até as duas curvas finais. Esperava-se que os tempos das voltas caíssem em cerca de 5 segundos, enquanto as mudanças no consumo de combustível que isso trará devem abrir novas opções estratégicas para as corridas.     E se falamos de percursos rodoviários bonitos e modernos, devemos acrescentar ao circuito El Villicum, localizado em Albardón, San Juan, com uma extensão de 4.254 metros. Está localizado na Serra de Villicum, que pertence à cordilheira central ou Precordillera de San Juan, no centro-sul da província.

 

 

 

Apresenta constantes subidas e descidas ao longo do percurso, geradas artificialmente com uma movimentação de solo de mais de 700.000 m³, o que oferece belos cartões-postais deste cenário.

 

Autódromo de Termas de Río Hondo

Atualmente, o mais importante dos autódromos da Argentina é o de Termas de Rio Hondo. Inaugurado em 2008 e tendo sido construído pelo governo provincial a um custo de 144 milhões de pesos. A tradicional categoria Turismo Carretera atraiu uma multidão de mais de 65.000 espectadores. A série de carros de turismo TC2000 e a Fórmula Renault local também competiram no circuito, que estava entre os mais longos da Argentina, com uma reta principal de 1350 metros. Varientes com uma chicane no meio da reta principal e um curto-circuito contornando a segunda metade do circuito também foram utilizados. O circuito tem grau 2 da FIA.

 

 

 

No final da temporada de 2012, o circuito passou por uma reforma substancial em uma tentativa de melhorar as instalações e atrair o automobilismo internacional. O especialista italiano em design de circuitos, Jarno Zaffelli, foi contratado para trazer o circuito aos padrões FIM Grade A. Usando o software de simulação de computador sofisticado de sua empresa Dromo, o novo percurso foi projetado com áreas seguras de corrida para motociclismo e uma superfície de pista totalmente nova colocada. As alterações de layout incluem um novo loop interno, criando uma primeira curva rápida de 180 graus que retarda a entrada eventual na reta longa. O setor curvo do meio é quebrado com a adição de uma reta mais longa, para criar um novo ponto de ultrapassagem. A curva final também foi ligeiramente apertada e uma entrada revisada do pit lane instalada.

 

As instalações de pits são modernas e de alto padrão, com uma grande torre de controle sobre a entrada da pista. Uma característica incomum é a presença no final do pit lane de um novo museu de automobilismo, contando a história da área e a rica herança do automobilismo do país em geral. O redesenho cumpriu os seus objetivos, com a FIM incluindo o circuito no calendário do MotoGP para 2013.

 

 

 

Com uma extensão de 4265 metros, uma largura de pista de 12 metros e é altamente dependente do pneu devido ao desgaste gerado pelo asfalto, razão pela qual a prova de qualificação (especialmente a primeira curva rápida) é fundamental para conseguir um bom registo que te permita seguir em frente, tendo em conta que não existem grandes lugares a vencer.

 

Palco de diversas etapas do WTCC e da MotoGP, em 5 de fevereiro de 2021, as instalações do autódromo sofreu com um grave incêndio de grandes proporções que causou perdas enormes na área de pit, sala de imprensa, setores VIP e Controle de Corrida, o que exigirá uma obra de recuperação de alto investimento para se recuperar os danos.

 

 

 

Além destes 9 autódromos permanentes de excelente padrão – todos eles com mais de uma opção de traçado – os argentinos ainda possuem um circuito semipermanente que pode ser classificado como um dos mais belos do mundo.

 

San Luis – Potrero de los Funes

Uma joia que cerca o lago

Originalmente construído em 1987 e reconstruído em 2008. Está localizado a 14 km (8,7 milhas) de San Luis, capital da província de San Luis, Argentina. O circuito é semipermanente, com extensão de 6,27 km (3,90 mi). Foi criado com a modificação do anel viário que circunda o Lago Potrero de los Funes, no centro do campo.

 

O circuito recebeu muitos elogios dos motoristas por suas ondulações significativas e inúmeras curvas e curvas de alta velocidade, que representam um grande desafio de direção.

 

 

 

O layout da pista mudou ligeiramente de seu layout original. Parece que a curva antes do poço agora está apertada para criar uma curva mais íngreme antes dos poços e talvez para diminuir a velocidade da linha de corrida após a nova saída do poço. No lado oposto do lago, onde costumava ser a largada/chegada, foi adicionada uma chicane na primeira curva de alta velocidade desse trecho. Além disso, na descida inicial ao longo do lago, outra chicane foi adicionada para diminuir a velocidade na próxima curva que limitou o escoamento. Portanto, o curso original tinha um comprimento ligeiramente menor de 6.186 km (3.844 mi).

 

Um trabalho que durou dez meses conseguiu mudar definitivamente o ritmo de desenvolvimento da comunidade.

 

Em 23 de novembro de 2008, somente na Argentina, mais de quatro milhões de telespectadores acompanharam a transmissão mundial das competições TC 2000, FIA GT1 e GT2.

 

 

 

A inauguração do circuito "foi o principal gatilho para avanços em Potrero de los Funes e em toda a região", afirma seu prefeito, Daniel Orlando. O desenvolvimento de um novo centro turístico beneficia não só a cidade, mas o progresso chega até aqueles que compõem o circuito turístico que forma El Volcán, El Trapiche, Juana Koslay e Estancia Grande.

 

O Circuito Potrero de los Funes produziu um boom turístico incomum a outros circuitos ou percursos rodoviários. Quando se trata de explicar algum dos motivos que o levaram a se destacar acima das pistas da Argentina e da América do Sul.

 

Da Redação

 

Texto de referência: Diversidad de Autódromos em La Argentina, de Franco Peretti 
Last Updated ( Wednesday, 13 April 2022 08:09 )