A expectativa pelo início da ação Print
Written by Administrator   
Monday, 11 February 2019 00:45

Olá leitores!

 

Enquanto esse vosso colunista está sonhando em assistir alguma etapa de rali na Escandinávia, Canadá, ou algum lugar em que esteja realmente fazendo frio (não estou conseguindo lidar com o calor que faz em São Paulo esses dias, definitivamente não nasci para altas temperaturas), o mundo do esporte a motor começa a se mexer após as férias de virada de ano… seja em duas ou quatro rodas, temos um aquecimento para as emoções que nos acompanharão esse ano.

 

Começando com a pré temporada da MotoGP em Sepang, que se bobear deve estar mais fresquinho que em São Paulo, onde a Ducati mostrou que continua em busca do tão sonhado título… entretanto a Ducati me lembra muito a Ferrari dos anos 80: nos testes de pré temporada, desempenho excelente, depois durante as corridas… ficava para trás. Realmente torço para estar errado, e que os italianos façam uma moto capaz de disputar o título até a última corrida. Até porquê a moto está espetacular com a nova pintura, com nítido predomínio da cor vermelha. A Yamaha testou, testou, testou… e aparentemente o equipamento está mais equilibrado que o de 2018 (não que precise muito para isso, na verdade, mas…), mas não obtiveram tempos tão bons quanto a Ducati. Provavelmente devem se destacar na constância do equipamento durante a corrida, pois a não ser que o motor evolua consideravelmente até a primeira corrida (ou que eles estivessem escondendo o jogo) não pareceu ser moto para disputar o degrau mais alto do pódio. A Honda tem um “dream team” nas mãos, mas não foi possível ver o real potencial do Team Repsol devido às condições de saúde de seus dois pilotos, ambos se recuperando de problemas físicos apresentados durante o ano passado. Pessoalmente acho muito, mas muito difícil, que Lorenzo ande mais que Márquez, mas… torço para que andem juntos e disputando posição boa parte da corrida. Quero é ver o circo pegar fogo!

 

Ainda sobre motos, Ducati e Yamaha continuam testando até onde vão os limites da FIM com seus pacotes aerodinâmicos. Pessoalmente acho muito complicado esse negócio de aletas aerodinâmicas em motocicletas justamente pela possibilidade de toque entre a carenagem de uma moto com o piloto da outra, e eu na FIM já teria proibido definitivamente todo tipo de aleta aerodinâmica, mas… as duas fábricas mencionadas testaram novas carenagens com aletas mais eficientes e sem pontas que possam machucar  (em tese) o adversário. Acho que a FIM está esperando algo de sério acontecer para proibir, só pode ser isso.

Mudando para o mundo das 4 rodas, as equipes de F-1 estão com uma nova “bobeira”: colocar áudio do motor dessa temporada funcionando pela primeira vez do ano… sinceramente: se fosse na época dos V-12, V-10, V-8, maravilha… mas esse ronco abafado desses V-6 com unidades de potência híbrida realmente não é das coisas mais empolgantes auditivamente falando. E o problema não é o turbo: ouçam o ronco dos motores turbo de 1983 a 1987 e perceberão que mesmo com a turbina o som emitido era bem mais interessante.

 

E por falar em turbos com ronco mais interessante, tivemos em Laguna Seca um único dia de testes de pré temporada da Indy e o Marcus Ericsson já mostrou a que veio: 17º lugar entre os pilotos que foram pra pista no primeiro dia, e uma lista de desculpas e justificativas considerável. Só faltou dizer que era apenas um suequinho no mundo… menos, menos, pelo jeito ele saiu da F-1 mas a F-1 ainda não saiu dele. De Laguna Seca os carros irão para Austin para mais testes, e confesso que estou curioso para saber a diferença de tempos da F-1 pra Indy. Foi muito curioso ver Laguna Seca após uma época pouco mais úmida do ano, com a vegetação ao redor da pista verde ao invés da aparência ressecada que normalmente tem. O mais veloz na Califórnia foi Max Chilton, com o carro da Carlin, seguido pelo estreante Felix Rosenqvist, novo titular do carro #10 da Ganassi. Infelizmente os carros da Foyt preferiram já ir direto pra Austin, pelo que não tivemos brasileiros na pista.

 

Na F-1, expectativa para os lançamentos dos carros durante essa semana e para os testes em Barcelona… e enquanto ninguém acelera (ao menos fora da bancada do dinamômetro) a piada fica por conta da declaração de Claire Williams que, após um tenebroso 2018 e perdendo a grana do Lance Stroll, a Williams “pode brigar para ser a 4ª força do campeonato” e “competimos com um orçamento saudável”… sei… bela demonstração do humor britânico, mais um pouco merece ser alçada ao patamar do Monty Python. E a Academia de pilotos da Ferrari tem um novo integrante, Mick Schumacher. Sobrenome ajudou, claro, e espero que ele seja mais pro lado do pai que do tio…

 

E o calendário ainda não foi divulgado, mas estou na expectativa para ver a Copa Truck esse ano, com os Fogaça correndo juntos na mesma equipe (e mais um 3º caminhão para Fábio Carvalho), Débora Rodrigues se mudando pra Mercedes após 20 anos correndo de VW, e com a ida de Beto Monteiro e Paulo Salustiano para os VW. Pena que o calendário completo ainda não está no site da categoria…

 

Para encerrar, a NASCAR teve nesse domingo o Clash, prova extra campeonato que marca a abertura dos trabalhos para o ano lá em Daytona, encerrada com menos voltas por conta da chuva e com a vitória de Jimmie Johnson após um longo e tenebroso 2018; mesmo com JJ tendo sido o causador do último “big one” antes da chuva, um desempenho animador.

 

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini