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Written by Administrator   
Wednesday, 12 May 2021 21:13

Caros Amigos, O automobilismo, além de ser um esporte, é um negócio. Além de ser um negócio onde volumes consideráveis são investidos para que haja retorno. Estes investimentos vão desde as equipes à própria promoção do evento.

 

Mudanças nos processos de gestão costumam vir com o passar dos anos e conceitos são aprimorados, ou mesmo revistos, na busca de uma maior eficiência de gestão. Um bom exemplo disso foi a transformação da Fórmula 1 pelas mãos de Bernie Ecclestone.

 

Este processo é algo dinâmico, um bom exemplo foi o que vimos quando o Grupo Liberty Media comprou a categoria e implementou uma série de mudanças que enfrentavam alguma resistência por parte de Bernie Ecclestone. No meio corporativo, isso é chamado de gestão de inovação.

 

Este processo pode se dar em qualquer nível e um exemplo recente – que eu tenho visto com ótimos olhos – vem aqui do nosso país, mais especificamente na Stock Car, que vem recebendo um conjunto de ideias positivas por parte do novo CEO da VICAR, Fernando Julianelli, que assumiu o cargo no início de fevereiro deste ano e vem, com uma considerável frequência, atraindo – positivamente – os holofotes pelas iniciativas que a categoria implementou nos últimos 90 dias.

 

Isso é conhecido no meio corporativo como Gestão de Inovação. A gestão de inovação é a estruturação de um processo concreto de inovação, com começo (entradas), meio (processamento) e fim (saídas e geração de resultados). Em suma, a gestão de inovação consiste em estabelecer meios e métodos para gerar valor, concretizando ideias. Este processo envolve a sistematização dos processos de inovação, determinando quantas etapas e quais rotinas ele terá, quais recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos.

 

Fazer um evento que tem como um de seus princípios a fidelização e o envolvimento do público, como é o caso do automobilismo, ser realizado em um período como este que o mundo está vivendo, requer dos gestores uma eficiência nos processos muito maior do que seria exigido em condições normais. Estamos indo para o segundo ano sem os lucrativos HCs, onde a questão do valor do acesso é o mínimo, ante ao ambiente de negócios que gravitam em torno do evento.

 

Entretanto, considero algo de extrema coragem o projeto apresentado de, em parceria com o BRB, para assumir a recuperação do autódromo de Brasília, inativo desde 2014 e alvo da especulação imobiliária na capital federal. Caso consigam realizar este feito, tanto a categoria quanto o BRB terão escrito uma página de peso na história do automobilismo nacional.

 

Processos como este podem – precisam – servir de inspiração para que parcerias neste nível possam ser feitos para a recuperação e/ou modernização dos autódromos de Caruaru em Pernambuco e Eusébio no Ceará. Com isso poderemos ter meios concretos de levar não apenas a Stock Car para eventos no nordeste do Brasil, bem como outras categorias nacionais.

 

Que venham mais inovações em breve. Novos ares costumam ser bem vindos.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva