O tetra vice Print
Written by Administrator   
Sunday, 23 September 2012 23:51

 

Caros amigos, neste final de semana terminou mais uma temporada da GP2, a categoria que, queiram ou não, independente da concorrência da Renault World Series, é a principal categoria de acesso ao “Olimpo da Fórmula 1”.

 

Desde sua primeira temporada, em 2005, ou seja, esta foi a oitava temporada desta categoria que substituiu a desprestigiada Fórmula 3000 e tem o suporte do “dono do circo”, Bernie Ecclestone. E em oito temporadas tivemos quatro vice campeões.

 

Três destes “títulos frustrados”, ao menos no sentido daquela máxima do tricampeão Nelson Piquet (O segundo colocado é o primeiro perdedor), foram em sequência, com o próprio filho do Nelson, Nelson Ângelo Piquet, em 2006, que apesar de ter feito algumas excelentes provas, acabou perdendo o título para Lewis Hamilton, que até então pilotava para a melhor equipe da categoria, a ART Grand Prix.

 

No ano seguinte, em 2007, foi a vez de Lucas Di Grassi ficar com o vice campeonato, depois de perseguir sem sucesso um piloto que dera um passo atrás na carreira e que tinha muito mais experiência de pista do que ele: o alemão Timo Glock, que com o resultado, acabou conseguindo retornar para a categoria.

 

Em 2008 foi a vez de Bruno Senna perseguir o título da categoria, correndo pela mesma equipe que Glock correra no ano anterior, mas que também terminou com o mesmo resultado de seus antecessores: um vice campeonato, com o título ficando com o italiano Giorgio Pantano, que não teve oportunidade na Fórmula 1.

 

 

Nelsinho Di Grassi e Bruno: em três anos consecutivos os pilotos brasileiros tiveram que se contentar com o vice campeonato. 

 

O fato interessante na vida dos três brasileiros acima citados é que eles todos conseguiram chegar à Fórmula 1, mostrando que, no caso de todos, eram apostas firmes de um possível sucesso. É claro que a palavra “sucesso” é algo um tanto relativo neste efêmero meio da categoria mais complexa e competitiva do mundo.

 

Nelsinho foi “expurgado” da categoria depois do ‘Singapura Gate’, na explosão daquela triste maracutaia na qual se viu envolvido para beneficiar seu ‘muy’ companheiro, Fernando Alonso. Lucas Di Grassi conseguiu, as duras penas, conseguir disputar uma temporada pela fraquíssima Marussia (que na época ainda era a Virgin) enquanto Bruno Senna, tenta neste ano – depois de penar um ano na Hispânia e não ter se firmado em meia temporada na Nega Genii – está tendo 1 ano de contrato para tentar se firmar numa Williams distante daquela dos anos 80/90 e com o relógio em contagem regressiva por resultados.

 

 

Luiz Razia lutou muito, mas os maus resultados na segunda prova da Bélgica e nas duas da Itália tiraram a chance do título.

 

Agora em 2012 conseguimos “bater na trave” novamente, com o baiano Luiz Razia, que mesmo em uma equipe não tão forte (a Arden nunca havia colocado um de seus pilotos entre os três primeiros colocados até a temporada deste ano) contra um piloto que vinha disputando o campeonato há vários anos (Davide Valsecchi). Esmo com tudo isso, Razia chegou a liderar o campeonato e ter chances reais de conquistá-lo.

 

Razia entrou neste ano para o programa de jovens pilotos da Red Bull, o que, diante dos oscilantes resultados de Daniel Ricciardo e principalmente Jean-Eric Vergne pode acabar abrindo uma perspectiva, senão em em 2013, mas em 2014 para que mais um vice campeão – brasileiro – da GP2 consiga vir a pilotar um Fórmula 1. Se valer a escrita...

 

Enquanto isso, no balcão do cafezinho...

 

Em mais um ‘exótico’ GP de Singapura, com todas aquelas luzes que fazem a noite virar dia, estou cada vez mais convicto que o espanhol Fernando Alonso é o sujeito mais sortudo do grid desde que eu consigo me lembrar. Vai ter sorte assim lá nas Astúrias!

 

Com um carro que, se muito, daria para chegar em um 5º lugar, isso se não fosse atacado por ninguém, Alonso contou com dois abandonos por problemas diversos de dois dos carros que seguiam à sua frente. Primeiro foi o líder da prova e sua maior ameaça no campeonato, Lewis Hamilton. O câmbio simplesmente foi para a posição neutra e lá ficou. O piloto ainda deu duas ou três “porradinhas” no volante pra ver se o “brinquedo” voltava a funcionar... mas não teve jeito. A desolação do piloto da McLaren foi de dar pena.

 

Depois foi a vez de Pastor Maldonado, que mesmo perdendo duas posições após a largada, vinha fazendo uma sólida corrida em 4º lugar. Um problema hidráulico o forçou a abandonar. Com isso, Alonso subiu para um improvável terceiro lugar e, mesmo com a vitória de Sebastian Vettel, o espanhol saiu ainda mais líder da cidade-estado.

 

 

E durante o final de semana do Grande Prêmio de Singapura, Fernando Alonso voltou a pedir pela permanência de Felipe Massa. 

 

O oitavo lugar de Felipe Massa, diante das circunstâncias que envolveram a prova, com seu pneu traseiro esquerdo furado ainda na primeira volta, fez mais uma grande corrida, a terceira em sequência. Ao longo do final de semana, Alonso voltou a defender de forma veemente a permanência de Felipe Massa na equipe. O argumento foi simples: “A Ferrari precisa de um piloto forte na equipe ao lado dele. Tem alguém melhor que Felipe? Eu não vejo outro para seu lugar.”

 

Como esse espanhol é bonzinho...

 

Um abraço e até a próxima.

 

Fernando Paiva

 

 

 

Last Updated ( Monday, 24 September 2012 01:00 )