Maria da Graça diz que a melhor parte dela está no nome, que é enorme, com outros quatro sobrenomes. Mas maior do que o nome de Maria da Graça é a força de vontade, a tenacidade desta mulher de luta desde a infância. Filha de um encanador e uma doméstica, Maria da Graça lutou muito, junto com os três irmãos homens para ter uma vida melhor do que a que seus pais tiveram. De tanto ouvir em casa que “a única coisa que a gente pode dar é estudo”, Maria foi uma das melhores alunas de sua escola (pública) em Camaçari, cidade industrial próxima a Salvador. Passou com sobras no vestibular para engenharia mecânica na Universidade Federal da Bahia – sem ajuda de cotas – e formou-se com louvor, aplaudida de pé ao final do seu discurso como oradora da turma, escolhida por unanimidade. Assim como Maria, todos os seus irmãos estudaram na UFBA e se formara, sendo – na visão de seus pais – seus maiores orgulhos. O conceito de família é muito arraigado em sua casa. Casada há 19 anos, mãe de três filhos, consegue dividir seu tempo de forma harmoniosa para ser uma boa mãe, uma boa esposa e uma boa profissional. Em sua casa, a filosofia de seus pais continua sendo a pedra fundamental na educação de seus filhos: “educação é o maior bem que tenho para dar”. Fã de automobilismo desde os tempos que fazia carrinhos de rolimã ou brincava correndo rolando pneus com dois cabos de vassoura para empurrá-los pelas ruas do bairro onde cresceu, Maria descobriu o site dos Nobres do Grid por alguns colegas de trabalho e, mesmo sem ser colunista (ainda) começou a escrever pequenos comentários nos minutos após o almoço. Parecia estas coisas de sexto sentido que as mulheres dizem ter. Quando surgiu a oportunidade, apresentou um projeto e um texto ao Editor-Adjunto, Fernando Paiva... e foi desafiada a escrever uma coluna semanal. Encarou! Maria da Graça não é mulher de fugir da raia. Não deixe de ler a coluna “Mão na Graxa” no site dos Nobres do Grid |