Olá, Amigos do site dos Nobres do Grid! A décima quinta edição da Copa Brasil de Kart, disputada entre os dias 16 a 19 de setembro, no Kartódromo da RBC, em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais reuniu 134 pilotos de vários estados do Brasil, mas poderia ter recebido mais pilotos de uma região em particular. Estou me referindo aos pilotos da Região Nordeste. Recordo-me que em julho deste ano quando da realização da segunda fase do 48º Campeonato Brasileiro de Kart, no Kartódromo Júlio Ventura, na cidade do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (CE) muitos pilotos nordestinos convenceram a Comissão Nacional de Kart (CNK), órgão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) a levar os motores para uma categoria com motores quatro tempos, mesmo que já houvesse sido disputada na primeira fase da competição, realizada na cidade Serra, no Espírito Santo. Assim, com a realização da disputa na categoria F4 na primeira fase, fora criada a categoria Super F4 diante da procura dos pilotos nordestinos que realizaram uma espécie de pré-inscrição com mais de 25 pilotos pré-inscritos. Mas o que se viu na pista foram 16 pilotos disputando o título que ficou nas mãos do cearense Marcus Vinícius, o Kinho. Passado o Brasileiro veio a Copa do Brasil. Dos 134 pilotos, apenas sete nordestinos. Francisco Porto (PE), Manuel Batista Júnior (MA), Elias Ávila (BA), Rafael Câmara (PE), Sérgio Crispim Filho (PB), Pedro Fortes (AL), e João Vieira (MA) formaram a “delegação nordestina”. Apenas sete pilotos da região Nordeste foram à Copa Brasil, em Vespasiano-MG. Eram 134 inscritos! Não me canso de ouvir perguntas como: quando a Stock Car vai ter etapa no Ceará ou em Pernambuco? Quando a Fórmula Truck volta para o Ceará? E a GT não vem pro Nordeste? E o Brasileiro de Marcas? Agora eu pergunto: O que é hoje o automobilismo nordestino mesmo com um presidente da CBA de Pernambuco? João Vieira conquistou o título da Graduados na Copa do Brasil de Kart. A exemplo do cearense Kinho, Vieira mostrou que podemos ter campeões nacionais. Valdeno Brito e Beto Monteiro mostram que é possível ter piloto da região em categorias de ponta. E os bambas do Rally? Mas o que está sendo feito para renovar esses talentos? Fora os campeonatos regionais de Kart, o automobilismo no Ceará e em Pernambuco não passa das categorias de turismo, e isso não é pecado, mas falta uma categoria regional que possa atrair esses novos talentos para uma fórmula que alie baixos custos e competitividade. Ou se faz algo ou vamos continuar com essa participação minguada em competições nacionais. Organização é a palavra inicial para qualquer projeto. Os campeonatos metropolitanos na região não conseguem crescer. Um caminho poderia ser fazer um regional. Mas como? Qualquer empresa séria só coloca seu nome em algo que tenha um mínimo de retorno, e aí que as Federações e a CBA deveriam entrar, buscar união em torno da realização de uma categoria regional. Essa não é a primeira vez que escrevo sobre isso e defendo essa ideia neste nobre espaço. Acabo sendo repetitivo, mas não posso me calar diante da indagação de um colega jornalista que me perguntou onde estavam os pilotos cearenses que não foram para a Copa Brasil. Falar o quê? “Robério! O Ceará não vai mandar piloto pra Minas Não? Vocês querem que os pilotos do Sul disputem competições aí e não vão nem para Minas, que fica no meio do caminho!” (SIC). Responder o quê? Alguma ideia? Até a próxima. Robério Lessa |