Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Recebi hoje uma notícia (Nota do Site dos Nobres do Grid: Matéria de Wagner Gonzales, no Blog Auto Entusiastas) que posso chamar de presente de natal: A Mitsubishi, que já desenvolve diversos projetos de automobilismo no Brasil como competições de Rally, Enduro, seu campeonato monomarca de carros de turismo no interior de São Paulo e participa do Campeonato Brasileiro de Marcas dá mais uma mostra de que é a montadora instalada no Brasil mais comprometida com o automobilismo. O novo projeto da montadora é a estruturação de uma categoria de fórmula, seguindo o regulamento da FIA para a Fórmula 4, o que seria uma enorme conquista para o automobilismo nacional, uma vez que desde os anos 90, nenhuma montadora tomava a iniciativa de estabelecer e dar suporte oficial para uma categoria de monopostos no país. Até o momento não há definição do chassi a ser utilizado neste projeto de Fórmula 4 brasileira, mas o piloto Renan Guerra já realizou cerca de 500 km de testes em Mogi-Guaçu com um chassi construído por José Minelli, que construiu alguns dos chassi que participam da Fórmula RS 1.6. O motor utilizado foi o mesmo que equipa o Mitsubishi Lancer, original, capaz de gerar 165CV sem preparação, mas que precisaria ser restringido para atender a faixa de potência estabelecida pela FIA para a categoria, que fica entre 140 e 160CV. O protótipo testado foi feito com dimensões próximas de um Fórmula 3, sendo utilizada uma caixa de cambio sequencial “Sadev”, de seis marchas e os pneus instalados foram os mesmos pneus Pirelli usados pela Fórmula 3 sulamericana este ano. Conforme foi informado pelo departamento esportivo da montadora, o programa de testes Terá seguimento em fevereiro do próximo ano, sempre na pista do Velo Città, quando, segundo um dos diretores do departamento da montadora, dois ou três pilotos serão convidados a participar do processo de desenvolvimento. Além de avaliar diferentes estilos de pilotagem também será analisada uma caixa Hewland. Contudo, fazer uma “categoria FIA” não é algo simples e o maior entrave está no regulamento da entidade, que impõe o uso de chassi em compósito de fibra de carbono, algo ainda proibitivo em termos de custo para a realidade do automobilismo brasileiro. Contudo, há opções. No Japão foi adotado um modelo de construção que usa este material sem “honey comb” (colmeia), solução que barateia o veículo e facilita a confecção por construtores de pequeno e médio porte. Como alternativa, A empresa está enviando à Europa profissionais com o objetivo de visitar fabricantes de chassi e fornecedores de peças. Tomara que dê certo e que este exemplo da Mitsubishi sirva de inspiração para as demais montadoras instaladas no Brasil enxerguem o automobilismo como a poderosa ferramenta de marketing que ela é. O exemplo disso está espalhado pelo mundo inteiro. Antes do meu “axé” já tradicional, venho comunicar que a coluna Mão na Graxa vai mudar. Quando me propus a escrever para o site dos Nobres do Grid, minha ideia não era a de uma coluna semanal, falando sobre automobilismo de competição, mas um espaço para falarmos sobre coisas do nosso cotidiano, que circula de carro por ruas e estradas. Assim, nosso próximo encontro está marcado para o final de janeiro. Até 2014, Feliz Natal e muito axé pra todo mundo, Maria da Graça |