Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Ano novo, vida nova! Todo mundo já falou isso pelo menos uma vez na vida, não é mesmo? A partir desde mês, a minha vida aqui no site dos Nobres do Grid vai ser uma vida nova também, onde a gente vai poder conversar um pouquinho sobre as coisas do dia a dia com este nosso companheiro, o carro! Como primeiro assunto, começo com uma pergunta: você cuida bem dos seus pneus? A gente viu nos últimos anos na Fórmula 1, os pneus se desmanchando após poucas voltas. Dechapando, estourando... É claro que os pneus dos carros de rua são bem diferentes dos pneus – feitos sob encomenda – das competições que assistimos na televisão, mas não se enganem: se não cuidarmos bem dos nossos pneus, eles podem deixar você na mão! As partes de um pneu. Primeiro, vamos conhecer o nosso pneu. Um pneu não é apenas uma circunferência de borracha, cheia de ar dentro dele. Desde o primeiro pneu feito por John Boyd Dunlop até os dias de hoje, a tecnologia produziu verdadeiras maravilhas. Atualmente existem compostos específicos para diversos usos, materiais sintéticos e malhas de aço que dão maior resistência e durabilidade a eles. Além disso, um pneu tem “partes”, como o corpo humano.
Banda de rodagem – A banda de rodagem é a parte fica em contato direto com o chão. Ela é dividida em três partes: os sulcos, as ranhuras e as barras. Sulcos – A função dos sulcos é drenar a água, evitar deslizamentos e refrigerar os pneus. A diversidade entre os desenhos, profundidade e percentual da área sulcada são feitas com base em estudos e aplicados para distintos propósitos e eficiência em superfícies molhadas. Ranhuras – É por elas que o ar passa para refrigerar a borracha do pneu. As ranhuras também são responsáveis por diminuir a ressonância. Barras – As barras geram a tração e são a parte em contato com o solo. A barra do pneu é diretamente ligada à potência. Talão – Quando se fala em pneus, se lembra muito de borracha. Mas na estrutura do pneu há peças até de aço, que é o caso dos talões. Localizados nas duas extremidades, eles são fios de aço cobertos por cobre, que tem como função a fixação do pneu na roda. Estanque – Basicamente, o estanque é a parte interna que substitui a câmera nos pneus radiais. Lonas de reforço – São fios de poliéster que reforçam a estrutura da carcaça do pneu. Cintas estabilizadoras – Também formadas por fios de aço, fazem parte da estrutura e da carcaça. As cintas fazem com que o pneu tenha mais contato com o solo, e assim tornem o carro mais estável. Elas também evitam que objetos perfurem a carcaça. Pneus para veículos que atingem velocidades mais altas possuem uma segunda cinta. Flancos – A parte lateral do pneu é a responsável pelo conforto. Quanto mais fino for o pneu, menos confortável ele será para o motorista. A lateral é flexionada cerca de 800 vezes por segundo enquanto o carro roda, e por isso tem tanta importância. Ombro – A estabilidade do veículo também está ligada ao ombro dos pneus, que trabalham principalmente nas curvas. “Cabelinhos” – Eles não é exatamente uma parte do pneu, mas todo pneu novo tem estes pequenos filamentos de borracha. Estes pequenos fios, na verdade eles são o resultado da eliminação de pequenas bolhas de ar durante o processo de fabricação. Calibragem. A primeira coisa que o dono de um carro deve cuidar em relação aos pneus é para que eles estejam sempre com a pressão correta. Isso é bem fácil de fazer: tente lembrar-se de, uma vez a cada 15 dias – se possível, uma vez por semana – verificar se os pneus do seu carro estão com a pressão recomendada pelo fabricante. Esta é facilmente encontrada, em geral, na parte interna da porta do motorista, mas também está no manual do carro. Seguir o que é recomendado pelo fabricante é de vital importância e no caso da calibragem dos pneus, quanto menos eles tiverem rodado, do período em que o carro ficou parado até a chegada ao posto, melhor. A elevação da temperatura interna altera a pressão do ar dentro do pneu e, se for possível, calibrar o pneu com ele tendo rodado pouco, é bem melhor. Quando rodamos boas distâncias, fazemos curvas, freamos, o pneu aquece e com isso, a pressão interna aumenta. Para cada modelo disponível no mercado, o fabricante instala um determinado tipo de pneu, com especificações adequadas àquele veículo, levando em consideração altura do carro em relação ao solo, peso do veículo e especificações da motorização. Fazer alterações fora do que o fabricante recomenda, é assumir riscos. Mas voltemos a calibragem. Usar a pressão inadequada nos pneus pode causar instabilidade no veículo, e em maiores velocidades, isto pode provocar um acidente. Mas mesmo que isso não aconteça, você estará diminuindo a vida útil do seus pneus, deixando a área de contato do pneu com o solo não uniforme. Caso a pressão esteja abaixo da recomendada, o pneu tende a elevar o desgaste mais próximo ombros na banda de rodagem. O excesso de pressão, provoca o efeito contrário: tendendo a gastar mais o centro da banda de rodagem. Logicamente, uma pequena variação não fará seus pneus ficarem inutilizados do dia para a noite, mas ter o cuidado adequado com coisas assim, evitará problemas. Rodízio. Você pratica o rodízio dos pneus do carro? As pessoas que fazem as revisões regulares já observaram a assistência técnica fazer esta troca de posição dos pneus. Este procedimento existe porque os pneus do carro não se desgastam uniformemente. Os da frente costumam ter vida útil menor que os de trás, pois são submetidos a maiores esforços, provocados pelo sistema de direção e também de tração, que é dianteira na grande maioria dos automóveis, além disso, há o peso do motor está sobre ou muito mais próximo do eixo dianteiro. Então, em determinado ponto, troca-se os componentes de eixo, para equilibrar a vida útil. Muitos fabricantes de pneus recomendam o rodízio a cada 10 mil quilômetros. Esse prazo vale como parâmetro, mas não deve necessariamente ser seguido à risca, pois o desgaste pode sofrer variações em função do tipo de condução e das características relativas às vias pelas quais o automóvel circula. Assim sendo, é recomendável que o proprietário faça inspeções visuais para conferir o estado dos pneus e constatar se já é hora de adotar o procedimento. Dificilmente um fabricante se arrisca a dizer quantos quilômetros seu pneu pode rodar. Isso acontece porque seu desgaste depende de uma série de fatores, como a marca do pneu e suas características de construção, a carga a qual ele é submetido, o tipo de piso onde trafega, a temperatura ambiente e o “estilo” de condução, entre outros. Um exemplo: quanto mais trechos de curvas, assim como serras, subidas e descidas, arrancadas ou freadas bruscas, menos o pneu vai durar. A topografia conta muito. Cidades cheias de morros, como Belo Horizonte, tendem a fazer um pneu durar até a metade do que duraria em locais planos, como Brasília, por exemplo. Como topografia ou quantidade de peso são fatores que fogem ao controle, a recomendação mais importante para fazer um pneu durar o máximo possível começa na calibragem (olha ela de volta!). O erro mais comum é se esquecer da calibragem. Estudos mostram que uma pressão 10% menor que a recomendada reduz a vida de um pneu em 5%. Está rodando com pressão 20% abaixo do ideal? O desgaste será 16% maior. Com 30% a menos de ar, a vida útil cai em 33%. Além disso, pneu com pressão baixa aumenta o consumo de combustível! Os mesmo 20% de perda de pressão, aumenta o consumo em 2%! Mas se o seu carro é um carro usado e você não vai num revendedor autorizado fazer revisões, mas sim naquela “oficina de confiança”, como cuidar do rodízio dos pneus? A figura acima é válida para veículos de tração dianteira e mostra como fazer o rodízio em carros equipados com pneus normais e unidirecionais. Esses últimos só podem rodar em um sentido e são comuns apenas em modelos de maior performance. Se o seu veículo tiver tração traseira, a ação é diferente: os pneus posteriores devem ser levados para frente em linha reta, enquanto os anteriores vão para trás de forma cruzada. Se a tração for integral, basta mudar os componentes de lugar fazendo um “X”. Caso o estepe seja igual aos quatro pneus que estão em uso (alguns modelos novos estão adotando “pneus de uso emergencial” como sobressalentes), os mesmos devem entrar no rodízio. Após fazer o rodízio dos pneus, devem ser feitos outros dois procedimentos: o alinhamento e o balanceamento. Mas isso vai ser assunto para a nossa próxima coluna. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça
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