Olá amigos do Nobres do Grid. Com certeza você já deve ter ouvido alguém mencionar a expressão: “o cavalo selado não passa duas vezes na nossa porta”, ou “as oportunidades são carecas”. Passaria todo o dia escrevendo alguns ditados que se aplicam ao atual momento que passa o Campeonato Cearense de Automobilismo, sobretudo para as categorias Protótipo e Superturismo. Com transmissão de TV assegurada para o ano de 2014, as duas categorias têm, novamente, a oportunidade de se unirem e formarem o maior grid de uma categoria protótipo em toda a região Nordeste, no entanto, a falta de um pensamento maior, e um pouco mais de boa vontade pode colocar por terra esta nova chance de alinhar na reta de largada mais de 25 carros, coisa que nem mesmo a categoria Marcas (a que mais reúne pilotos atualmente no Ceará) não consegue com seus 23 concorrentes. Se a experiência em 2011 deixou muita gente insatisfeita por ver os carros Spirit (motores 1.8), à frente dos Superturismo (motores 1.6 e 1.4), este ano a direção do clube que reúne os carros mais potentes já sinalizou que pretende usar meios para equalizar os carros e, como primeira medida fará testes com um restritor no coletor de ar. Usando o dispositivo que deixa a mistura ar/combustível mais pobre, os motores 1.8 não terão o mesmo desempenho e aí, para melhorar a tocada dos carros com motor 1.6 há a sugestão de usar pneus 185 no lugar dos 175, além de modificar o mapa da injeção eletrônica.
Carros bonitos, bem feitos e bem preparados. As categorias Spirit e Super Turismo são expoentes no nordeste. As três medidas podem surtir o efeito desejado para fazer os carros andarem mais próximos, mesmo que concorram em categorias distintas, mas que fariam aplacar o ego daqueles que pensam estar andando atrás dos outros, embora (insisto) não disputem diretamente. Com a solução apresentada e a disposição de buscar outros meios (aumentar peso dos carros mais potentes, por exemplo) para deixar todo mundo andando igual, fica faltando um pequeno detalhe que se torna gigantesco. A boa vontade de alguns reticentes pilotos. O que está sendo deixado de ser colocado é que essa união só traria benefício aos que disputam as duas categorias, pois teriam um argumento maior junto aos patrocinadores, afinal, por a marca em uma corrida com seis carros é bem diferente de se colocar em outra com 25 carros, reforçada pela transmissão da TV Diário. Buscar o equilíbrio pode fazer união das categorias um sensacional festival de cores e criatividade 'made in CE' com 25 carros. Não consigo entender o motivo dessa resistência em unir os carros em torno de uma categoria única, formada por modelos construídos no Ceará. A união seria algo maior que as querelas deixadas por conta dos acidentes registrados em 2011, mas que fariam, com certeza, um automobilismo mais forte e competitivo. Dar um crédito nesse momento aos que apontam soluções para deixar todos os modelos andando mais próximos, embora ache que isso não seria necessário, parece ser a melhor opção no momento, mas receio que a falta de consenso acabe prevalecendo. Como gostaria de estar errado, mas a união da Spirit, CTM e Superturismo tem um forte adversário, que também é um dos maiores pecados do homem, o orgulho. As pessoas que fazem automobilismo precisam aprender que somar é muito melhor do que dividir. Gostaria de estar errado. Até outra. Robério Lessa |