Ciro Cayres nasceu na cidade de Bebedouro, interior do Estado de São Paulo, em 06 de novembro de 1932. Filho de Aurélio Cayres e Maria Conceição, seu pai era um bem sucedido comerciante de origem portuguesa. Em 1939 quando Ciro tinha seis anos a família mudou-se para São Paulo indo morar na Rua Pernambuco, bairro do Pacaembu, onde também montaram negócio. Ciro, com 7 ou 8 anos, junto com o irmão Ary, gostavam de abrir o capô do carro do pai, um Ford, e “examinar a mecânica”. ‘Seu’ Aurélio, percebendo o gosto dos meninos, os levou anos mais tarde ao Autódromo de Interlagos, o que só fez aumentar esse gosto, infectando-os de vez com o “velocitococus”. Mas lá o pai os avisa que não gostaria de ver nenhum dos dois se envolvendo com corridas. Mal sabia ele que não só os meninos, mas também suas duas filhas – Leonie e Marize – viriam a correr um dia. Como morava no bairro do Pacaembu, Ciro Cayres assistiu em 1949, quando tinha quase 17 anos, a prova Circuito do Pacaembu, disputada nas ruas do bairro, ai promete para sí mesmo que um dia vai correr. Muitas das “aventuras” de adolescente dos irmãos Cayres envolveriam carros. E assim foi que Ciro cumpriu seu destino: dois meses após a morte do pai, participou de uma prova para estreantes em Interlagos, com o Ford, o mesmo carro que seu pai usava para ir ao trabalho. O 4° lugar obtido não era importante pela classificação em si, mas pelo que poderia representar a partir deste feito. Os dois irmãos começam a correr escondidos da mãe, e usando os pseudônimos de Arigó I e Arigó II, corriam com recursos próprios e contavam com a ajuda de amigos, pois mesmo com a família bem de vida não podiam revelar essa nova atividade. Contudo, como é complicado se manter segredo deste tipo de coisa, acabaram tendo seus “disfarces” revelados por uma amiga de sua mãe, uma costureira. Os irmãos Cayres não tiveram apoio dos pais para correr. Mesmo assim, até as irmãs foram para a pista. Dona Maria Conceição foi a Interlagos, em dia de corrida, criou um enorme tumulto No final, acabou orgulhosa quando viu o filho, Ary, ganhar a prova. Ali, com o filho premiado, acabava a oposição doméstica, mas isso não mudou a questão do apoio. Ela não proibia, mas não apoiava. Com benção, mas sem apoio. Em 1950, Ciro correu com um carro inglês marca Riley, de 1.500cc. na categoria Força Livre abaixo de 2.5, Conseguindo um 3° lugar numa prova na qual participaram Godofredo Viana, Amaral Junior, Arlindo Aguiar e Nicola Losacco. seu irmão participa em outra categoria com carro Fiat, na corrida seguinte trocam os carros e corre então de Fiat na categoria Turismo até 2.0 e novamente tira o 3º lugar. Em 1951, esteve presente das primeiras 24 Horas de Interlagos, corrida disputada só com carros Mercedes Benz, e chegou em 11°, compartilhando um modelo Diesel, cedido pelo fabricante, com Raphael Gargiulo. Também dirigiu um MG e um Allard, obtendo o 5º Lugar por duas vezes. Os irmãos Cayres compraram um Fiat que foi usado durante as temporadas de 1952 a 1954. Neste, Ciro chegou a obter um 2º lugar nas 2 Horas de Velocidade de 1953. Já com o Allard J2 Cadillac, Ciro obteve a sua primeira vitória de classe, na Prova Prefeitura de São Paulo, de 1953, com uma Ferrari 195S, na I Prova da Independência de 1953. Numa época em que correr era tudo, valia até correr até de Romiseta. De fato, as grandes vitórias de Ciro ocorreriam com carros italianos, Ferrari e Maserati, seja com motor original, ou com motores adaptados, na categoria Mecânica Nacional. Ciro obteve algumas boas colocações em 1954 a 1956, inclusive uma vitória no Circuito da Boa Vista, com um Simca, em 1954, e vitória no Circuito de Pirajuí, com o Allard, em 1955. Em 1954, Ciro Cayres quase venceu as 2 Horas de Velocidade, perdendo para Celso Lara Barberis por que teve que trocar um pneu na última volta, e chegou a liderar as 100 Milhas do IV Centenário, até o câmbio quebrar, em prova disputada por Chico Landi, Barberis, Godofredo Viana, Eugenio Martins e Luis Carlos Valente, entre outros. Ciro correu com esta Ferrari até 1955, tendo com ele disputado a última edição da corrida da Gávea, em 1954. Contudo, não concluiu a prova devido a uma quebra. Em 1955 também tentou iniciar uma carreira internacional. Disputou as 10 Horas de Messina, na Itália, em dupla com Gino Muraron numa Ferrari, abandonando a prova. Ficou 43 dias na Europa, mas infelizmente o timing foi terrível: estava lá justo quando ocorreu o pior acidente da história do automobilismo, nas 24 Horas de Le Mans, e diversas corridas foram sumariamente canceladas no continente inteiro. Quebrou nas provas do Campeonato Sul Americano em Buenos Aires e Uruguai, no mesmo ano. Nos anos 50, era comum se montar motores americanos em carros europeus. Era a "Mecânica Nacional". Após obter um sexto lugar na I edição das Mil Milhas, em 1956, correndo com um Volvo com Francisco Azevedo e enfrentando as poderosas carreteras, com o dobro da cilindrada. Ciro iniciou a melhor fase da sua carreira em 1957. Participou de sua única corrida de campeonato mundial, os 1000 km de Buenos Aires, fazendo dupla com Bino Heins, em um Porsche 550S. Abandonou na quadragésima quinta volta. Ciro comprou um motor Corvete e um Maserati, este último adquirido "fiado" a Ângelo Juliano. Toni Bianco foi contratado para instalar o motor americano na Maserati, embora insistisse que o carro não agüentaria a cavalaria. Aguentou: Ciro obteve duas excelentes vitórias com a Maserati Corvette de Mecânica Nacional, em 1957, na Prova Jornada Sudan, comandando a corrida inteira e em uma Prova do Cinquentenário do ACB, ganhando outra prova do Cinquentenário, desta feita com uma Ferrari Corvette, e marcando a volta mais rápida. Naquele que foi o mais grave acidente de sua carreira, a vítima foi uma espectadora. Com a Maserati-Corvette, quebrou o recorde absoluto de Interlagos, marcando 3m37”, que deteria até 1967! Na primeira edição dos 500 km de Interlagos, ainda com a Ferrari Corvette, Ciro marcou a pole position, liderou 105 das 154 voltas pelo anel externo de Interlagos, mas na volta 106, na curva 3, seu carro perde a roda traseira esquerda que atinge 4 espectadores fazendo uma vítima fatal, uma moça que era Miss Campinas. Seu carro capotou e Ciro sofreu diversos ferimentos, trincando uma vértebra, arrebentando o joelho e com grande corte no quadril. Duas semanas depois, diversos amigos corredores o levaram para Interlagos, e lhe disseram que ele estava acabado para as corridas. Todo engessado, Ciro aceitou o desafio, entrou num carro de corridas e apesar das dores, saiu em disparada. Aqueles anos eram tempos em que, como só havia Interlagos, aconteciam diversas corridas de rua, mesmo com carros potentes. Ao chegar no boxe, os colegas que haviam armado o desafio para tirar qualquer trauma que o acidente tivesse deixado. Foi efusivamente aplaudido. Nas Mil Milhas, Ciro geralmente participava em carros sem chance de vitória geral. E assim foi em 1957, compartilhando um DKW com Eugênio Martins, abandonando a corrida. Em 1958, com uma Fiat Stanguellini, em companhia de Leone Bracalli, e com um DKW, em 1959, em dupla com o futuro “cobra” Bird Clemente (chegaram em 11º). Todas essas edições foram ganhas por carreteras com motores V8 de pilotos gaúchos. Ainda em 1958, nos 500 Quilômetros, Ciro era considerado o azarão, pois largava em último por não participar da classificação, mas dada a largada vai ganhando posições e quando já estava entre os primeiros, acaba rodando bem defronte aos boxes, obrigando os demais concorrentes a fazerem malabarismos para não atingir seu carro, que depois de duas rodadas de 360 graus acabou parado no meio da pista. Mas era em Interlagos que aconteciam as grande disputas, como esta entre Celso Lara Barberis, Ciro Cayres e Chico Landi. Neste ano de 1959, Ciro casa-se com Iracy, que o acompanhou durante toda sua carreira e após também, mas não tiveram filhos. As corridas eram poucas na época, e assim que pilotos geralmente não recusavam nenhuma chance de correr. Assim Caíres chegou a correr em numa prova de Romisettas em Interlagos, em 1958, chegando em terceiro. Mas as grandes performances de Ciro se davam nas provas de Mecânica Continental, com Ferrari Corvette e Maserati Corvette. Na primeira não teve muita sorte, mas no último marcou o recorde de volta nos 500 km, ainda em 1959, com 1m11s02, ganhou o Torneio Triangular Sul Americano, em 1959, batalhando intensamente com Camillo Christófaro, além de vencer o GP Cidade do Rio de Janeiro e a Segunda Etapa do Torneio Sul Americano, em Interlagos, já em 1960. Nos 500 km de 1960, largou em 2º, e esteve muito tempo entre os primeiros, terminando por abandonar a corrida. Em 1960 faz sua primeira corrida com um carro Simca nacional em parceria com Bird Clemente, nas 24 Horas GEIA e chegam em 9º lugar. Bird viria a ser seu cunhado pois casa-se com sua irmã, Marise. Voltou a disputar as Mil Milhas com DKW, em 1960, compartilhando o Vemag número 10 com Marinho, chegando em 10º. Na III Etapa do Torneio Sul Americano, de 1961, nova vitória com o Maserati Corvette, e pole position e 16º lugar nos 500 km. Ciro Cayres disputou diversas vezes as Mil Milhas Brasileiras. Algumas em parceria com o então cunhado, Bird Clemente. Nas 24 Horas de Interlagos, deu-se sua primeira participação com um Simca brasileiro, correndo em dupla com Bird Clemente. Clemente/Cayres estiveram entre os primeiros, mas terminaram em 11º. Nos próximos anos grande parte da sua carreira seria dedicada aos carros da montadora francesa. A SIMCA FOI BUSCAR EM CIRO O CAMINHO PARA AS VITÓRIAS. Em 1961 a Simca monta sua "escuderia" e chama Ciro para comandá-la, ainda não era uma "equipe oficial de fábrica", o que só aconteceria no ano seguinte quando o Departamento de Propaganda cria o Departamento Esportivo, logo mudado para Departamento de Competição… mas nem tudo funcionou como deveria, ao menos de início. O Simca, apesar dos seus 2,5 litros de capacidade, era pesado e tinha relativamente pouca potência. Por sorte, a equipe contou com Ciro, além de outros pilotos especializados em mecânica como José Fernando “Toco” Martins, Jayme Silva e Chico Landi, que pouco a pouco aumentaram a potência dos sedãs. No biênio 61/62, os melhores resultados obtidos por Ciro com o Simca foram segundos lugares no Circuito da Barra, em Salvador, em 1961, e nas 6 Horas da Guanabara, em 1962, no último em dupla com Toco. De consolo, duas vitórias em classe, no Circuito de Araraquara e nas 500 Milhas de Interlagos. Ciro também adaptou um motor Simca, na sua Maserati, assim disputando provas de Mecânica Nacional, sem notável sucesso no primeiro ano, usando esse carro nos 500 km de Interlagos. Acumulando a função de dirigente com a de piloto. Sua Maserati recebe um motor V8 Simca e dessa forma continua a participar das provas de Mecânica Nacional. Quando a Simca montou sua equipe, Levou Ciro Cayres para chefiar o time, que contava com Jayme Silva e 'Toco' Martins. Em 1963, finalmente a primeira vitória com a Simca de fábrica, nos 1600 km de Interlagos, dividindo um Simca Rallye com Jayme Silva. Nessa prova participaram diversas carreteras, inclusive a potente Chevrolet de Catharino Andreatta/Breno Fornari. Além disso, conseguiu um 2º. lugar com o Maserati-Simca de Mecânica Nacional em Araraquara. As corridas em 1963 estavam sendo dominadas pelas leves Berlinettas da Equipe Willys, com muito menos da metade do peso do Simca. O presidente da Simca do Brasil, Engenheiro Pasteur, cansado das derrotas, decidiu importar três Simca Abarth para fazer frente aos leves GTs da Willys. Os três carros seriam emprestados pela fábrica francesa, em regime de comodato, durante um ano, devendo posteriormente ser devolvidos.Este ano teve uma peculiaridade: A “Corrida do batom”. Disputada por mulheres, as duas irmãs Cayres, Leone e Marise, esta última era a esposa de Bird Clemente. Ciro cuidou das duas irmãs que competiram e não favoreceu nenhuma delas, mesmo Leonie usando um Simca e Marise, uma Berlineta. Depois dessa prova Bird, sempre espirituoso, dizia ser aquela família “a 'speed' de São Paulo”. A equipe dominou o cenário nacional com a chegada dos Abarth. Nesta época, Walter Hahn Jr. Juntou-se à equipe. Enquanto não chegavam as Abarth, Ciro passou seu tempo ganhando o GP Rogê Ferreira de 1964, com uma Maserati 450 S, puro sangue, e construindo um protótipo que seria chamado de Tempestade, mais tarde “Perereca”, ou para os menos íntimos, Simca TGT. Usando como base o chassis de sua Maserati, motor Simca, e bonita carroceria em forma GT, o protótipo inicialmente recebeu a atemorizante alcunha de Tempestade, logo mudada para Perereca, em homenagem à má dirigibilidade do carro. Eventualmente o carro chegou a ser razoável. Com as Abarth, que chegaram apenas em setembro, era de se pensar que Ciro seria imbatível. Ainda considerado um dos melhores, se não o melhor piloto do Brasil, e recordista absoluto de Interlagos, Ciro certamente daria muito trabalho com a Abarth numero 44. A confiança dele era tanta que ele decidiu assumir unicamente a função de piloto e a Simca chama então Chico Landi para a coordenação da equipe. Além dos carros importados, a Simca fez um protótipo nacional, o "tempestade", apelidado pela equipe de "Perereca". Em 14 meses os Abarth participaram de 12 provas e venceram 10, sendo que uma, as 6 Horas de Brasília de 1964, numa manobra de marketing de Chico e a Simca a vitória fica com o Simca Tempestade pilotado por Ciro, que venceria novamente com esse carro os 500 Quilômetros da Guanabara de 1965 em parceria com Jayme Silva e Jaú, dessa vez sem favorecimento da equipe. Na realidade, com a Abarth, Cayres só ganhou os 500 km de Interlagos de 1964 (junto com Toco Martins) e uma prova secundária na Ilha do Fundão, a segunda etapa do Campeonato Carioca. Marcou melhores voltas, poles, mas a Abarth não lhe deu sorte. De fato, foi Jayme Silva quem obteve grandes sucessos com o carro.Na última corrida dos Abarth no Brasil, os VIII 500 Quilômetros, Ciro pilotou um equipado com o motor Simca nacional, mas não completa a prova por quebra mecânica. Com o fechamento do Departamento de Competições da Simca em 1966, foi convidado a correr na equipe Jolly-Gancia com Alfa Romeo, disputa 3 provas entre 1966 e 1967, sem bons resultados. Nas quatro provas pela Equipe, seu melhor resultado foi um 4º lugar nas 12 Horas de Interlagos de 1967, com Ubaldo César Lolli. Com o fim da equipe oficial de fábrica, Ciro Cayres correu com diversos parceiros, como Graziela Fernandes, na Jolly-Gancia. COLOCANDO O OPALA NAS PISTAS. Apesar de não ser engenheiro formado, Ciro foi contratado pela General Motors para desenvolver o Opala. Esse fato, e o fechamento de Interlagos para reformas em 1968 certamente contribuíram para o afastamento de Cayres das pistas. Entretanto, com a reabertura do autódromo em 1970, Cayres voltou para mostrar que ainda era veloz. Com uma BMW 2002 Spyder da equipe CEBEM, Cyro obteve duas excelentes vitórias nos 1500 km de Interlagos e no Prêmio Tufic Scaff, em 1970, compartilhando o carro com Jan Balder, e marcando a pole e a volta mais rápida em ambas as corridas. Entre os carros que Ciro pilotou, depois da Romiseta, certamente o mais "estranho" foi o BMW 'esquife'. O detalhe interessante deste carro é que ele era, originalmente, um sedã mas Aguinaldo resolveu cortar fora a capota no que foi imediatamente apoiado por Ciro, que talvez relembrando o tempo da Mecânica Nacional dizia: "o negócio é correr com a cuca de fora...", essa passagem Jan conta com a propriedade de quem a vivenciou e com muito mais detalhes em seu livro Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro. Tamb’em com Jan Balder, participou das 24 Horas de Interlagos desse mesmo ano, com Opala, chegando em 7°. Desta vez o fato interessante foi que a GM recusou-se a apoiar oficialmente, mas se ofereceu dar apoio técnico. Ciro então buscou o apoio da Freios Varga e assim aproveitou para testar não só o câmbio (de 4 marchas) e motor (4.100) como também os freios.Ciro novamente teve uma temporada reduzida em 1971. Dividiu uma Alfa GTA com Graziela Fernandes, nas 12 Horas de Interlagos, abandonando, e daí por diante sua carreira se limitou a pilotar Chevrolet Opalas. Os Opala que Ciro Cayres ajudou a preparar dominaram boa parte das corridas disputadas nos anos 70. Chegou em 7º nos 500 km, e participou nas corridas da Copa Brasil, obtendo posições intermediárias, visto que seus concorrentes eram carros esporte. Em 1972 Ciro participou de quatro corridas de Divisão 3, com Opala, obtendo três segundos lugares e um 3º, duas dessas provas do Campeonato Brasileiro de Viaturas Turismo. O terceiro lugar foi uma performance expressiva, visto que o carro era quase standard. Já com quarenta anos, ficava óbvio que o fim da carreira estava próximo. Ciro ficou de fora das corridas em 1973, mas decidiu preparar um Chevrolet Opala de primeira para disputar o Campeonato Paulista de Divisão 3 em 1974. Foram quase três décadas de nas pistas, inúmeras conquistas e o respeito conquistado perante toda uma geração de campeões. Com pouca concorrência, o carro ganhou a maioria das provas disputadas, além de obter diversas melhores voltas e poles. Apesar dos 500 km de Interlagos terem sido disputados com carros da Divisão 3 naquele ano, Ciro resolveu não participar. No fim do ano, após sagra-se campeão, Ciro resolveu pendurar o capacete, aos 43 anos, continuando a trabalhar na engenharia da GM até aposentar-se. O automobilismo, nos anos 50 e 60, estava longe de ser um esporte de massa. Entretanto, um piloto conseguiu ficar razoavelmente conhecido sem nunca ter feito sucesso no exterior, sem ter ganho as Mil Milhas e com relativamente poucas vitórias em provas importantes. Este piloto foi Ciro Cayres, certamente o nosso primeiro piloto com “star quality”, mesmo não tendo conquistado nenhuma vitória nas Mil Milhas Brasileiras, a grande corrida daqueles tempos. Em 1986, Ciro tirou esta foto para uma matéria especial sobre sua carreira. Foi a última vez que ele vestiu seu macacão. No dia 28 de novembro de 1999 em São Bernardo do Campo (SP), Ciro aos 67 anos, veio a falecer vítima de problemas cardíacos e pulmonares. Com sua morte desapareceu um dos ídolos que inspiraram as gerações seguintes de pilotos brasileiros que proporcionaram a conquista de oito títulos mundiais de F1. Fontes: Revistas Auto Esporte e 4 Rodas, Yellow Pages, Obvio, CDO. |