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Entrevista: Luiz Razia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 29 December 2014 22:27

O nordestino é, por natureza, tinhoso. Não é uma palavra difícil de ser aceita ou ter que muito lutar para ir em busca de seus objetivos que o desanima. Pelo contrário, é algo que o estimula e para o qual ele não mede esforços.

 

Luiz Razia, um jovem que cresceu na cidade de Barreiras, no sertão da Bahia, é um exemplo desta obstinação que o povo nordestino tem. Distante a quase 1000 Km do autódromo mais próximo, ele começou correndo em provas de velocidade na terra, em “gaiolas”, comendo e fazendo a concorrência “comer barro”.

 

Depois que conseguiu ir para o asfalto, traçou uma carreira vitoriosa. Foi vice-campeão da GP2, por pouco não conseguiu disputar ao menos uma temporada na Fórmula 1 e agora, com a carreira direcionada para os Estados Unidos, busca conquistar uma vaga na Fórmula Indy.

 

Razia também é um dos apresentadores do programa Auto Esporte, que vai ao ar todos os domingos, fazendo entrevistas e acelerando carros que são o sonho de todo motorista. Além disso, está entrando no ramo empresarial ligado à velocidade, com o projeto Kart Power Team.

 

Fomos no lançamento do evento, no Kartódromo Internacional de Penha-SC, no parque Beto Carrero, fazer uma matéria que o leitor pode ler aqui e conversar com o piloto, apresentador e empresário Luiz Razia.

 

NdG: A gente gostaria que você contasse pra gente como é Barreiras, sua cidade natal. Pouca gente conhece o interior do Brasil e ainda mais uma cidade no sertão baiano. Como é Barreiras por Luiz Razia?

 

Luiz Razia: Barreiras é uma grande polo agropecuário no Brasil. Tem grandes produtores instalados no município, tanto na agricultura, com a produção de soja, algodão e milho, quanto na pecuária, com a criação de gado. A região tem uma grande quantidade de famílias que migraram do Rio Grande do Sul e do Paraná e que formaram uma comunidade de gente com experiência neste seguimento do agronegócio. Esta comunidade também se instalou no município vizinho, que leva o nome de Luiz Eduardo Magalhães, político muito conhecido no país. Eu nasci e cresci lá, passando a maior parte do tempo por lá, mas aos 12 anos eu comecei a sair de Barreiras para poder começar a correr de kart.

 

NdG: Quando você começou a ganhar fama no automobilismo foi como piloto de velocidade na terra, disputando provas na Bahia. Como foi a sua adaptação para o asfalto, que requer uma técnica totalmente diferente?

 

As corridas na terra eram ótimas e foram uma grande escola. Mas a gente terminava coberto de barro e lama!

 

Luiz Razia: As corridas de velocidade na terra que eu participei foram uma grande escola e uma grande experiência para mim. Eram corridas que eram disputadas com a pista molhada. Eles molham a pista para que ela fique o mais escorregadia possível. Isso também fazia com que houvesse muita lama e não tinha jeito de terminar a corrida com o carro e o macacão limpo. Só que durante a corrida a pista vai secando e você tem que sentir como a pista vai mudando e adaptando a sua pilotagem àquela condição. Isso me serviu muito no asfalto. Quando a pista mudava de condição, passando de seca pra molhada ou de molhada pra seca, eu me dava muito bem por conta desta percepção que eu desenvolvi nas corridas na terra. Quanto a adaptação a andar no asfalto, eu realmente tive que mudar a forma de pilotagem, que na terra é completamente diferente, com a gente fazendo as curvas de lado e no asfalto era preciso guiar de forma “redonda”. No asfalto a guiada limpa, precisa e técnica é a que vai fazer você virar tempo. Foram precisos alguns meses, mas eu acho que consegui uma adaptação rápida.

 

NdG: Você ficou pouco tempo no kart. A experiência na velocidade da terra ajudou a “pular etapas”?

 

Luiz Razia: A minha passagem no kart foi realmente meteórica. Foram apenas duas temporadas. As corridas na terra são uma escola, claro, mas o kart requer uma guiada muito limpa e precisa. Ao mesmo tempo, ele tem reações muito rápidas e que faz com que você aprenda rápido e as corridas em velocidade na terra também exigem reações rápidas. Isso ajudou, tanto que eu ganhei a maioria das corridas que disputei no kart e em dois anos já estava andando de fórmula.

 

NdG: Assim como no kart, você não ficou muito tempo andando em fórmulas no Brasil, com a F. Renault e com a F3 sulamericana. Foi o tempo certo para sair do Brasil ou hoje você acha que foi cedo demais?

 

Luiz Razia: Eu acho que tudo foi ao seu tempo. Assim como no kart eu achei que esta hora de partir para os fórmulas, eu também achei que era hora, depois de dois anos, de ter conquistado vitórias em ambas as categorias, dar sequência à carreira e buscar o meu objetivo que era a Fórmula 1. E assim eu segui para a Europa em 2006.

 

NdG: Todos falam o kart é a categoria escola do automobilismo. Ter uma boa base é importante em tudo o que se faz na vida e vemos muitos dos nossos pilotos passando anos aqui no Brasil, diferente do que você fez. O que é que se aprende lá na Europa que não se aprende no Brasil?

 

Eu acho que fiz a progressão da minha carreira no tempo certo. Fui vencendo e subindo de categorias.

 

Luiz Razia: Eu acho que a escola do automobilismo brasileiro é muito boa. Temos muitas pessoas envolvidas aqui há anos que são muito competentes, tanto que nós temos uma história vitoriosa no automobilismo internacional. O ambiente do automobilismo no Brasil tem um ótimo nível de profissionalismo. Mas é preciso melhorar. O kart no Brasil precisa passar por um trabalho de reestruturação, de melhoria na questão de organização e custos, como passou neste último ano a Fórmula 3, que teve um crescimento do grid e parece ter reencontrado o caminho. Na Europa o que acontece é o processo de profissionalização do piloto. Lá a cobrança para se dar resultado é enorme. É pressão o tempo todo e tem que aprender rápido o carro, as pistas, a metodologia de trabalho da equipe e muitas vezes tem que fazer isso sozinho. Esta é uma parte que costuma ser mais complicada para os pilotos brasileiros. Daí só há duas direções para seguir: ou você se profissionaliza e se estabelece ou faz a mala e volta para o Brasil.

 

NdG: Do jeito que você colocou, a Europa é a selva: ou sobrevive ou morre! Na lateral dos seus carros a gente costumava ver o seu nome – Razia – pintado. Até onde você conseguiu desbravar a selva comercial e conseguir patrocínios e até onde foi a dependência do “paitrocínio”?

 

Luiz Razia: Conseguir conquistar patrocinadores no Brasil para desenvolver uma carreira no automobilismo é uma coisa muito complicada. Difícil mesmo. No automobilismo, não adianta você ser “só bom”. Se for bom e sem dinheiro, não arranja carro para andar. O mais difícil para se conseguir um patrocinador é convencer este empresário, seja do setor público ou privado, que ele vai ter retorno, ainda mais com o piloto correndo na Europa, numa categoria que não tem corrida transmitida na televisão. Se ele não consegue “tocar o dedo” no resultado, ele não investe. Para mim sempre foi muito difícil conseguir patrocínio e a minha família sempre foi minha principal apoiadora, foi quem sempre acreditou em mim.

 

NdG: Você enfrentou pilotos que faziam parte destes “programas de jovens pilotos” que algumas equipes estão fazendo. O automobilismo brasileiro está fazendo algo errado, porque não vemos nenhum piloto brasileiro nestes programas. Porque isso?

 

Luiz Razia: O problema não é a formação de pilotos. O Brasil forma pilotos. O problema está nos custos. É tudo muito caro e a situação financeira das equipes no automobilismo mundial não está fácil. A maioria delas está passando por muitas dificuldades e estão à caça de patrocínios... ou de pilotos que leve patrocinadores para elas. Isso deixa a coisa ainda mais complicada, porque o piloto tem que ter, de cara, um suporte de patrocinadores que atraia a atenção destas equipes para aí ele vir a fazer parte de um processo. Um piloto que sai do Brasil para ir para a Europa ou para os Estados Unidos ele quer ser profissional, quer viver daquilo. O jogador de futebol não paga pra jogar, ele ganha para jogar... ele tem uma habilidade. O piloto, de uma forma geral, tem sido visto como um pagante. Ele precisa pagar para correr e isso não está certo. Ter empresas e pessoas patrocinando estes talentos é que deveria ser o caminho. O piloto ser visto, ser incentivado, apoiado e estabelecer sua carreira. A maioria dos “programas de jovens pilotos” que tem na Europa são na verdade “programas de assalto a jovens pilotos”. Em quase todos você precisa levar dinheiro... e é muito dinheiro! Você quer ser piloto de testes? Para andar no carro no P1 da sexta-feira em “X” autódromos custa tanto. Lógico que tem programas que trabalham na busca de talentos, como é o da McLaren, o da Red Bull, o antigo da Renault, que realmente buscavam formar talentos. Os outros, os que tem as equipes pequenas querem o seu dinheiro.

 

NdG: Por falar em equipes pequenas, vimos aí o encerramento das atividades da Marussia e da Caterham. Praticamente dois anos atrás você acabou passando por uma situação que entristeceu a gente que segue automobilismo, que quer ver brasileiros na F1. Hoje, passado este tempo, que lições você tirou para a sua vida pessoal e profissional?

 

Luiz Razia: Manter uma equipe na Fórmula 1 nos dias de hoje é uma coisa absurdamente cara e sem o suporte de grandes patrocinadores ou uma junção de patrocinadores não tão grandes, mas que invistam juntos um volume tal que dê condições da equipe funcionar. O problema é que tem cada vez menos departamentos de marketing enxergando no automobilismo um veículo de retorno de mídia compatível com o valor investido. Nisso alguns campeonatos locais, regionais tem mais sucesso. Como o DTM na Alemanha ou a Stock Car aqui no Brasil, por exemplo, que conseguem atrair grandes patrocinadores. A F1 é mundial e as vezes uma marca não tem interesse em estar em boa parte dos países que a categoria vai. Ela investe nisso pra que? A F1 é interessante para marcas globais, difícil para marcas que não tem um mercado mundial se interessar em patrocinar um piloto ou uma equipe. Além do que, um espaço na carenagem, visível e fácil de se ler ou identificar a logomarca custa uma fortuna! Aí a onde é que as equipes pequenas mais tem dificuldade? As marcas globais pagam para estar nas equipes grandes, dos carros que são mais expostos na TV. Elas não investem nas equipes menores.

 

NdG: Você vê uma forma de se mudar isso?

 

Tirando o programa da Red Bull e o da McLaren, os outros programas são de 'assalto à jovens pilotos'.

 

Luiz Razia: Eu acho que só tem um jeito e o Bernie [Ecclestone] certamente também já deve ter entendido que é preciso a presença das grandes montadoras envolvidas na Fórmula 1. Elas tem como investir no desenvolvimento, no financiamento da categoria, tem como atrair patrocinadores fortes. Mas até nisso há problemas, porque na indústria automobilística aconteceram muitas fusões. Veja a Fiat. Com ela estão a Ferrari, a Alfa Romeo, a Abarth e agora a americana Chrysler. Na Alemanha, Porsche, Audi e Volkswagem é uma coisa só. A Renault e a Nissan também estão juntas... diminuiu o número de opções.

 

NdG: E sobre a tua experiência pessoal, o que ficou desta coisa com a F1 e com a Marussia?

 

Luiz Razia: honestamente, não ficou nada! Era meu sonho chegar lá, participar da Fórmula 1. Eu tentei, todos viram. A equipe tinha interesse em fechar comigo por mérito meu, não apenas por dinheiro. Eu conquistei o vice campeonato da GP2, disputando o título até a última etapa e, talvez, de lição, eu possa dizer que sou um vencedor. Que eu fui para a Europa, venci em todas as categorias que disputei, tive meu talento, a minha capacidade reconhecida. Não consegui concretizar meu sonho, de ser um piloto de Fórmula 1? Paciência! A vida continua e eu estou levando-a pra frente.

 

NdG: Você correu mais um ano na Europa em uma categoria de Turismo. Como foi esta experiência?

 

Luiz Razia: Alguns pilotos acabam dirigindo suas carreiras para as categorias de turismo levados pelo auto custo do automobilismo, mesmo para quem se consolida. Eles me pagaram para correr esta temporada, mas eu vi que continuaria no mesmo sistema que vinha vivendo antes, de ter que estar sempre à procura de patrocínio para correr e se encontrar patrocínio aqui no Brasil para correr na Europa já é difícil, procurar este patrocínio na Europa sendo brasileiro é mais difícil ainda. Foi bom, eu gostei de correr de GT, mas eu sempre corri de Fórmula e foi isso que me levou a ir para os Estados Unidos, tentar o mercado americano. Eles tem uma condição um pouco mais aberta, mais favorável e são mais empreendedores e lá um piloto de fora consegue patrocínios locais pois o campeonato é local, com marcas locais e expor sua marca num carro ela vai aparecer, não importa de onde for o piloto.

 

NdG: Além deste “empreendedorismo”, o que foi que chamou tua atenção em termos de automobilismo em si, nos Estados Unidos, que contrastava com o esporte, com a parte técnica, na Europa?

 

Luiz Razia: Eu gostei muito, me adaptei muito bem e gostaria de continuar correndo lá, com certeza. Nos Estados Unidos o ambiente é mais amigável, as pessoas são mais próximas. A competição é muito acirrada, claro, mas a relação é mais humana. Eu senti muita confiança das pessoas em mim, foi muito apoio, muita troca, muito aprendizado. Eles confiam em você e passam uma confiança também. É uma troca, um investimento onde eles entram com os recursos e o piloto com o talento.

 

NdG: E andar nos ovais? Como foi a sensação de ir chegando numa curva que ao invés de área de escape tem um muro? A primeira vez que o Emerson Fittipaldi andou em um não se sentiu nada à vontade... e foi em Indianápolis, onde você marcou a pole da ‘light’. Você sabia disso?

 

O segredo de andar bem num oval é não 'encanar' com ele. É perigoso, claro, mas o carro é feito pra fazer a curva.

 

Luiz Razia: Não, não sabia... muito interessante isso. A experiência de andar nos ovais foi algo totalmente novo e desafiador. Eles são muito diferentes uns dos outros e a equipe me ajudou muito neste processo. O que eu aprendi foi que você não pode ‘encanar’ muito com eles e confiar no acerto do carro que é feito para fazer as curvas. Eu andei bem em todos os ovais que fizeram parte do campeonato da Indy Lights, fiz a pole em Indianápolis, mas, obviamente, é perigoso, mas a gente corre riscos até descendo a escada de casa, então entre a escada de casa e viver na adrenalina, eu prefiro a adrenalina! Andar nos circuitos de rua dele também foi algo muito diferente, com as mudanças de piso e aderência... foi um processo muito positivo e onde eu aprendi bastante... e tive resultados logo de cara. Consegui vencer, fiz 7 pódios, foi muito bom.

 

NdG: Nos Estados Unidos você andou em circuitos permanentes, ovais, circuitos de rua. Na Europa, em circuitos de vários países e aqui no Brasil, idem, na F. Renault e na F3. Dá pra traçar um parâmetro em termos de pista, sem contar os circuitos onda anda a F1, mas os outros. Estamos muito atrasados em termos de estrutura e segurança?

 

Luiz Razia: Os autódromos brasileiros precisam de mais investimento, de melhoria em suas estruturas. Não apenas isso, precisávamos ter mais autódromos. A Inglaterra é um país minúsculo e tem mais autódromos do que o Brasil. Acho que o pessoal que faz a Stock Car está forçando a que os autódromos melhorem e agora, com este calendário que anunciaram de que vão correr várias categorias juntas isso vai ter que acontecer e eu tenho certeza que as melhorias irão acontecer.

 

NdG: Muita gente ainda acha que vida de piloto é glamour, festas, dinheiro, mas a realidade é bem diferente, sabemos disso. Como é a sua vida de piloto? Como você se cuida para estar em forma?

 

Luiz Razia: Eu cuido da minha preparação como qualquer piloto faz hoje em dia, fazendo um trabalho de condicionamento tanto da parte cardiovascular quanto da parte da resistência física. Para isso faço natação, corrida, pedalo e também um trabalho de musculação. Eu, particularmente, gosto muito de ‘cross fit’, uma modalidade que foi criada em 2002 e é uma coisa que eu até fiz uma certificação na modalidade. Em termos de alimentação, há cuidados, claro, mas eu não me privo de coisas que gosto. Se me dá vontade de comer um cachorro quente eu como sem depois ficar me lamentando ou com peso na consciência. Claro que alimentos integrais, frutas, frutas secas, suplementos, mas eu dou umas fugidinhas da dieta de vez em quando. Comer uma boa carne, uma boa massa também faz bem.

 

NdG: E fora do meio automobilismo, o que dá pra fazer de vida social?

 

Luiz Razia: Eu procuro levar uma vida o mais normal possível, como todo mundo. Dou atenção à minha namorada, a minha família, saio, vou a um cinema, jantar fora, mas claro que como atleta tudo tem que ser feito com moderação. Além da vida social e da vida como piloto, há algum tempo estou fazendo parte da equipe do programa Auto Esporte na televisão e agora estamos fazendo o Kart Power Team que vai levar um piloto para correr comigo na equipe das 500 milhas de kart e ter um empurrão na carreira.

 

NdG: Profissionalmente, em termos de competição, quais as perspectivas para 2015?

 

Eu quero correr profissionalmente. Ser pago para fazer o que eu faço e faço bem. Não quero pagar pra correr.

 

Luiz Razia: A minha intenção é continuar correndo nos Estados Unidos, na Fórmula Indy, correr profissionalmente que é o meu sonho e o sonho de todo piloto. Mas eu tomei uma resolução na vida: eu só vou sentar em um carro para correr se for profissionalmente, se for para receber um pagamento pelo meu trabalho, pela minha capacidade, pelo meu talento. Eu não estou disposto a continuar a investir e investir para conseguir um lugar no grid. Chega de gastar! Eu cheguei num nível da minha carreira que é preciso tomar uma decisão sobre seguir adiante ou não, mas seguir da forma como deve ser, profissionalmente e remunerado. Se eu fosse um jogador de futebol com tudo o que fiz na minha carreira, seria um milionário e jogaria numa grande equipe. No automobilismo, infelizmente, as coisas não acontecem da mesma forma. Um piloto que vence em todas as categorias, que é vice campeão da categoria de acesso à Fórmula 1 e não consegue ter uma carreira realmente profissional mostra a realidade do cenário do automobilismo como ele é.

 

NdG: Correr no Brasil poderia ser considerado uma opção?

 

Luiz Razia: A Stock Car pode ser considerada uma possibilidade. Vai depender do que acontecer neste período entre temporadas e do que eu conseguir negociar. É uma grande categoria,com excelentes pilotos, muitos que correram na Fórmula 1 ou foram pilotos de teste nela, gente que pilotou na Indy e algumas outras grandes categorias internacionais. Contudo, o objetivo vai continuar sendo a Indy nos Estados Unidos.

 

NdG: Depois de tudo o que você viveu, desde as corridas de velocidade na terra até hoje, haveria alguma coisa que você, se pudesse, mudaria algo em sua vida? Faria algo diferente?

 

Luiz Razia: Nada! Eu faria tudo de novo. Erros e acertos! Minha vida foi muito boa até hoje e eu não teria porque mudar. Claro que, com mais experiência, seria até fácil falar, mas isso não seria humano. É bom errar, quebrar a cara faz parte da vida.

 

 

Last Updated ( Tuesday, 30 December 2014 01:21 )